Capítulo 50

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olá, mores, voltei com mais um capítulo, dessa vez mais rápido 🙏 e que só não foi ainda mais porque eu quebrei meu notebook 😔 enfim, boa leitura! 🤪


Três dias depois...

— Bom dia... — Um homem todo de branco, saúda-a de forma cautelosa, que está deitada de costas para ele, encarando a parede branca a sua frente. — Emma...? — Chama-a com cuidado, dando passos curtos e silenciosos. Parecia estar pisando em um chão coberto por ovos que não poderiam ser quebrados.

— Se veio aqui para me dar mais uma dose desses medicamentos ruins que me trazem sensações ruins, pode dar meia volta e ir embora. Estou muito bem e não preciso mais tomá-los. Já faz quatro dias que eu estou aqui e não estou usando nada. Estou limpa, já. Não há necessidade de tomar mais alguma coisa... — Murmura mal-humorada, ainda sem se virar para o homem.

— Aí é que você se engana, minha querida, você...

— E também não precisa ser gentil comigo. — Acrescenta, interrompendo o homem que sorri e balança a cabeça negativamente.

— Você teve uma crise ontem... — O homem continua em tom plácido. — Seu corpo está sentido falta da substância e seu organismo ainda precisa de uma limpeza profunda. Uma limpeza que só aquele remédio ruim que você tomou, pode ajudar a fazer... — Devagar, aproxima-se mais um pouco e para de frente para a cama. — Se você quer ficar logo bem, se quer logo voltar para casa, para sua família e amigos, você precisa sim, mesmo sentindo-se bem... — Agacha-se na altura da modelo e toca seu braço. — Mesmo no momento não sentindo falta das substâncias... Porque uma hora o seu corpo vai sentir e você sabe o que acontece quando esse momento chega. — Finaliza de forma sussurrada. — Eu já estive no seu lugar, porém por causa da bebida. — Revela, apesar de não poder, pegando tanto Emma, quanto a enfermeira que acompanhava tudo, de surpresa. — Esse momento não é fácil... — Suspira pesadamente. — Nunca é e nunca será... Mas você vai conseguir... — Seu tom é esperançoso. — Só precisa aceitar a ajuda que eu quero te dar. — Volta a ficar de pé e se afasta da modelo. — Eu vou lhe dá um tempo para pensar e depois eu volto aqui. — A enfermeira que o acompanha abre a boca para protestar contra sua postura, mas ele levanta a mão e dá uma piscadela acompanhada de um sorriso, então ela balança a cabeça e se vira para sair do quarto, ele o acompanha logo em seguida.

Quando os ouvidos de Swan capitam o barulho da porta sendo fechada, ela finalmente se vira. Seus olhos estão marejados, o nariz está vermelho, sua pele está toda suada e arrepiada e o corpo está se tremendo. Seu corpo está sentindo falta da droga. Ela está, mais uma vez, em abstinência.

Emma sabia que o médico estava certo, sabia que seu organismo ainda precisava de uma limpeza, mas não queria ter que tomar o remédio ruim novamente.

Tremendo de frio, a modelo se levanta e puxa os lençóis do colchão para se cobrir.

— Eu consigo sozinha, eu consigo sozinha, eu consigo sozinha. — Fala baixinho, agarrando-se mais ao pano que cobre o seu corpo. — Eu consigo sozinha, eu consigo sozinha, eu consigo sozinha. — Repete com dificuldade por causa do frio que está sentindo.

De repente, a porta é aberta novamente e o médico e a enfermeira voltam. Pela rapidez que voltaram, era provável que nem foram embora realmente. Sem dizer uma só palavra, ele se aproxima da loira e lhe estende a mão.

Emma observa a mão estendida em sua direção, alterna o olhar entre ela e o seu dono, olha para si rapidamente e decide se render. Não tinha um jeito melhor de passar pelo que estava passando. Se queria ficar bem logo, tinha que passar pelo tratamento ruim com o remédio. Então, ela solta o lençol, coloca sua mão para fora e com firmeza segura a do médico.

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