Capítulo 14

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Na manhã seguinte, logo cedo, Emma é a primeira a despertar. O casal tinha dormido no sofá mesmo. No meio da noite, Mills se acordou apenas para tomar um remédio para dor de cabeça e para pegar uma coberta para as duas.

Assim como na outra manhã, na casa dos Nolan, a fotógrafa dormia tranquilamente nos braços da modelo. Mas dessa vez, o peito da loira era o seu travesseiro e ela estava bem encaixada agarrada em sua cintura e pernas entrelaçadas. Era a segunda vez que Regina dormia nos braços de Emma.

Como da outra vez, Swan se empenha em admirar a beleza do seu rosto sereno, observando os pequenos detalhes, como a sua cicatriz no lábio superior, e logo se perde em devaneios mais uma vez, mas seu momento de admiração não dura muito, pois logo ela fecha os olhos novamente, pretendendo fingir estar dormindo ainda, quando percebe que Regina está despertando.

— Eu sei que já está acordada e estava me observando enquanto eu dormia. ― A fotógrafa sussurra com sua voz rouca do sono, e Emma se entrega, sorrindo e abrindo os olhos, encontrando os castanhos lhe observando bem de perto.

— Fui pega no flagra. ― Emma lhe responde em um tom brincalhão e as duas sorriem. — Bom dia! ― Pega a mão de Regina que estava envolvendo sua cintura e dá um beijo delicado nos dedos. — Está se sentindo melhor?Passa a mão livre pela testa dela, referindo-se a dor de cabeça e checando sua temperatura também.

— Estou apenas sentindo uns enjoos de novo, mas nada muito forte. ― Faz uma careta, passando a mão pela barriga.

Você tem sorte de hoje ainda ser domingo. ― Levanta-se devagar, descobrindo-se e desfazendo o entrelaçado de suas pernas com as da morena, e se senta, colocando as pernas de Regina em cima das suas coxas. ― Tem mais sorte ainda de a empresa ser sua e não precisa ir todos os dias. ― Acrescenta, iniciando uma massagem suave em suas panturrilhas e pés. Regina geme de satisfação quando a loira aperta nos pontos certos.

— Não é só porque tudo lá é meu que eu devo faltar, Emma. ― Sua voz sai grogue em decorrência do prazer que sentia e Emma acha graça. ― Eu tenho que dá exemplo aos meus colaboradores. ― Acrescenta, fechando os olhos e se deleitando com os suaves apertos que estava recebendo em suas pernas.

Emma tinha uma ótima mão, Mills constatou, acrescentando a informação na listinha de qualidades da loira.

— Você não é acostumada a beber muito? ― A modelo pergunta. Regina abre os olhos e se espreguiça. Emma interrompe a massagem e estende sua mão, oferecendo ajuda para que a outra se levante. Mills agarra sua mão, mas não faz nenhum esforço, deixando todo o trabalho com Emma, que lhe puxa de uma vez.

— Eu sou acostumada a beber muito. ― A morena se levanta do sofá, espreguiça-se mais um pouco, fazendo alguns ossos seus estalarem no processo, e dobra o lençol que usaram. ― O problema foi a dor de cabeça que tive, que depois gerou uma enxaqueca. ― Segue para o quarto e Emma a segue. ― Além de que, da sexta para o sábado, eu misturei as bebidas. Tenho certeza que isso contribuiu e que alguma coisa atacou o meu fígado. ― Deixa o lençol em cima da cama e segue para o banheiro. Swan hesita em continuar lhe acompanhando, então permanece no quarto e se senta na cama, ficando de frente para a porta do banheiro que estava aberta. ― Não tive as consequências quando acordei mais tarde, mas tive depois.Conclui em um tom mais alto por ter visto que a loira não lhe acompanhava mais e enfia a escova de dente na boca, começando a escová-la.

Ao escutar que Regina estava escovando os dentes, Emma sai do quarto e vai direto para a cozinha. Pega um dos vidrinhos de remédio líquido para enjoo que comprou na noite passada e volta para o quarto, vendo assim que chega, a porta fechada e escutando o barulho do chuveiro. Para dar mais privacidade para a fotógrafa, Swan decide voltar para a sala e esperar por ela lá.

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