Capítulo 31

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Após a viagem de Emma, Regina praticamente se mudou para a Mills. Seus dias estavam sendo passados dentro do escritório, até mesmo os horários de almoço e pausa para cafezinho no meio da tarde, e seu único momento de pausa era quando, no início da noite, após a Mills fechar, ela pegava o celular e, ignorando as 6 horas de diferença, ligava para Emma.

Elas conversavam por cerca de trinta a quarenta minutos, Swan lhe contava todo o seu dia para a morena e a fotógrafa fazia o mesmo, e após algumas declarações, encerravam a ligação. Em seguida, Regina já dava continuidade ao que estava fazendo antes, até que seu corpo e sua mente pediam descanso e ela se via obrigada a parar para tomar um banho e ir dormir. Apenas no sábado, quase onze da noite, é que ela resolveu voltar para o apartamento. Porém, na segunda bem de cedo, ela já estava na Mills de novo.

Killian, Ruby e Tinker apareciam quase todos os dias para tentar lhe arrancar da cadeira e leva-la para se divertir um pouco ou apenas descansar na casa de um deles, em um momento descontraído e tranquilo como faziam antes, mas era sempre uma guerra perdida e eles acabavam por ficar apenas fazendo-a companhia por algumas horas.

•§•

Na segunda semana, David Nolan apareceu na Mills para chamar não só sua agora namorada, Mary, como a própria Mills e seus amigos, para comparecerem a mais uma festa que ele daria na mansão Nolan. Seus pais estavam viajando, agora para a Itália, e ele não queria passar os dias sozinhos.

Ao ouvir o convite, Regina nem pensou a respeito e já foi logo dizendo que não iria. Porém, ninguém aceitou sua recusa sem ao menos um motivo plausível. Então, sua primeira desculpa foi estar cheia de trabalho. Não era mentira, estava visível que Regina estava bem atarefada, contudo, Regina é a Presidente da Mills e tem carta branca para faltar o dia que quiser ou sair mais cedo quando quiser, além de ter Gerentes e Coordenadores que podem muito bem ficar em seu lugar por um ou dois dias ou mesmo deixar para continuar com o trabalho no dia seguinte, ou seja, ninguém aceitou a desculpa. Eles estavam determinados a só sair da sala quando tivessem uma resposta positiva.

Derrotada, Regina apelou para o cansaço, alegando que estava gastando energia demais e dormindo menos que o que ela costumava achar necessário para repor as energias, porém, mais uma vez seus amigos não aceitaram a desculpa, justificando que ela não faria esforço algum na festa, pois iria apenas beber, comer, conversar e relaxar e que seria bom ela ir, justamente para descansar o corpo e também a mente.

Sem saída, resolveu usar sua última carta na manga.

― A Emma não estará comigo. — Solta a caneta cara na mesa, levanta-se da sua confortável e enorme cadeira giratória e caminha até a maior janela na sala, com a visão privilegiada de Manhattan. ― A última vez que eu fui, eu estava com ela. — Relembra, sentindo o coração bater mais rápido com as lembranças dos momentos que tiveram, passando rapidamente em sua mente. ― Não quero ir sem ela. Já estou sentindo sua falta. Ir para um lugar onde tudo começou entre nós só aumentará o sentimento. — Argumenta, suspirando pesadamente.

Antes que Ruby, Killian, Tinker ou David pudessem retrucar, batidas suaves na porta foram ouvidas e ela foi aberta logo em seguida, revelando Mary Margareth com uma pasta grossa em mãos. Ela balança-a no ar e Mills pede que ela se aproxime.

― Senhorita Mills, aqui...

― Qual o motivo da formalidade se nós sabemos que você a chama pelo primeiro nome quando estão sozinhas? — Ruby pergunta curiosa, interrompendo a morena de cabelos curtos.

― Ainda mais depois de tudo que aconteceu na festa na casa do David... — Killian acrescenta em tom malicioso, fazendo Mary corar de vergonha.

― É verdade... ― David comenta, olhando significativamente para a sua namorada.

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