Capítulo 6

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Tombando um pouco por causa das doses de Tequila, Regina entra em seu apartamento com um sorriso com tamanho suficiente para iluminar uma cidade. Ela não sabia ao certo o motivo de tamanha alegria, mas sabia que estava feliz por ter estado há poucos minutos, na companhia da modelo. Desde que a conhecera, vem se sentindo assim quando está ao seu lado. Emma estava sendo uma boa companhia depois de seus dias agitados e cansativos, tinha uma conversa agradável, e muitas vezes, engraçada, e sua presença lhe trazia um conforto jamais sentido antes. Desejava poder aproveitar mais de sua companhia.

Ao sentar no sofá, atira seus saltos para longe, e ao encostar-se no encosto, observa detalhadamente, o cartão em sua mão. Lê bem devagar, o nome da modelo, e curva seus lábios em mais um sorriso. Encosta a cabeça no encosto e fecha os olhos por alguns minutos, repassando cada momento da noite que tivera com ela.

De repente, seu trabalho vem à mente, ao se lembrar das fotos que tirou da modelo, e em um pulo, sentindo sua cabeça reclamar, levanta-se do sofá e corre para o banheiro. Já estava tarde, e no dia seguinte precisaria acordar cedo, para ir ao trabalho.

Após um bom banho relaxante repleto de imaginações nada puritanas, Mills passou seu hidrante no corpo, e apenas de calcinha, jogou-se na cama, pegando no sono, minutos depois. Ela tinha sorte de seu ar-condicionado ser programado em uma temperatura boa o suficiente para não sentir frio ou calor, independente da temperatura lá fora.

•§•

Na manhã seguinte, a executiva acorda com uma enorme dor de cabeça, como consequência das doses extras de Tequila que tomara, um gosto amargo na boca, e sentindo-se zonza. Aparentemente, o efeito do álcool não tinha passado completamente. Castiga-se mentalmente por ter passado do limite na noite passada, pois, além das coisas que é capaz de fazer quando está bêbada, que ela, melhor do que ninguém, sabe, tem o tal mal-estar no dia seguinte, que para sua sorte, foi o único que veio como consequência, pois, lembra-se bem de todos os passos dados até chegar em sua cama e apagar, e de tudo que aconteceu durante a noite.

Devagar, fazendo uma careta, levanta-se da cama e segue diretamente para a pequena farmácia que há em seu banheiro, em busca de algo que acabe com aquela dor horrível. Depois de tomar uma aspirina, segue direto para a cozinha, atrás de algo que tire o gosto ruim de sua boca. Ao atacar uma maçã e uma banana, como se não houvesse amanhã, Mills volta para o seu quarto, pretendendo arrumar a bagunça que fizera na noite anterior, mas para assim que, ao tirar tudo de cima da cama, com a intenção de forra-la, seus olhos encontram um cartão com uma marca de batom da cor vermelha em cima do móvel do outro. Com preguiça de dar a volta na cama, estica-se por cima e pega o cartão. Sorri brevemente ao lembrar-se a quem pertence.

Procura o celular para salvar o número, mas não o encontra no cômodo, logo lembrando-se de que o deixou na sala na noite passada. Então, levanta-se rápido e animada, ainda com o sorriso nos lábios, e corre para o cômodo no fim do corredor, logo encontrando sua bolsa.

Quando começa a digitar os números descritos no cartão, o aparelho vibra, indicando uma ligação e lhe assustando brevemente. Após o susto passar, observa o número de quem lhe ligava e seu sorriso aumenta ainda mais pela coincidência de ser justamente o mesmo do cartão.

― Alô? ― Atende, fingindo não saber quem era.

― Regina Mills? ― Pergunta hesitante.

― Sim? ― Com a mão, abafa um sorrisinho.

― Oi, é a Emma.

― Oi, Emma, bom dia! ― Finge surpresa. ― Como conseguiu o meu número pessoal? ― Pergunta verdadeiramente curiosa, pois lembrava-se bem que apenas a modelo lhe dera o número e o contato que lhe passara no dia que se conheceram foi o do seu escritório.

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