Capítulo 25

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Alguém lembra daquelas marcas no braço da Emma? Vamos conhecer um pouco mais dela nesse capítulo.


― Às vezes eu não acredito em tudo que está acontecendo. ― Emma comenta em um tom pensativo, quebrando o silêncio. As duas tinham acabado de almoçar e estavam sentadas no chão da varanda de Regina, recebendo o ar fresco da tarde pouco fria de Nova Iorque. Regina estava deitada no chão, com as pernas por cima das de Emma, que passava carinhosamente as pontas dos dedos por sua pele exposta. — Parece mentira. ― Continua em tom pensativo. Regina gira a cabeça em sua direção e lhe encara curiosa, esperando a conclusão do que está dizendo. — Foi tudo tão rápido e estranho que parece uma mentira. ― A loira encarava o céu pouco claro sem piscar os olhos, que estavam com um verde ainda mais claro. Ela parecia estar hipnotizada. Regina lhe encarava com um pequeno sorriso nos lábios, estava achando-a ainda mais linda. ― Não quero dizer estranho no sentindo ruim, mas sim, no sentindo de improvável, sabe? ― Esclarece temendo ser mal compreendida. — Não pareceu real... ― Finaliza, finalmente piscando e desviando o olhar do céu para a morena.

― E o que você quer dizer com isso tudo? ― Pergunta, levantando-se um pouco e se apoiando nos cotovelos para poder observar melhor a namorada. — Você não gostou da forma como tudo aconteceu entre nós?

― Não é isso... ― Rebate rapidamente, um pouco preocupada com o que a morena possa estar pensando. ― Eu quero dizer que... ― Faz uma pausa procurando as palavras certas para conseguir explicar e ser entendida. — Quando eu te conheci, você era completamente hetero... ― Olha para Regina e ela está toda vermelha, olhando para baixo com vergonha. ― Eu estava em um lugar que eu nem queria estar, conheci uma linda mulher no meio da noite e essa mulher era simplesmente você, Regina Mills... ― Dá ênfase no nome da executiva e ela sorri, achando graça de seu jeito. ― Nós conversamos um pouco e você me deu o seu cartão para eu ter uma sessão de fotos com você. ― Continua, em um tom incrédulo. — Eu fui no dia seguinte e por ser tarde, saímos para beber e nos conhecer melhor, e quando eu fui buscar o resultado, nós saímos de novo. No outro dia, eu te chamei para ir a uma festa de um amigo e saímos de lá completamente envolvidas. ― Regina se levanta completamente e se senta no colo da modelo, rodeando-a com as pernas. — Com que frequência isso acontece com as pessoas por aí? Qual a probabilidade de isso acontecer? Não parece invenção? Coisa de filme romântico mentiroso? ― Questiona séria, mas Regina sorri e ela acaba lhe acompanhando. ― Sério... Dentre tantas modelos que queriam ter a chance de ter o seu número e ir até a sua agência para ser fotografada por você, foi justamente eu que consegui isso. Foi justamente eu que te conheci pessoalmente, em um momento fora do trabalho, peguei o seu número, saí com você e agora estamos namorando... ― Acaricia o rosto da morena e beija seus lábios delicadamente. ― Claro que eu não estou reclamando, eu simplesmente adorei e não quero nem imaginar tudo que aconteceu entre nós, com outra modelo. Mas é estranho, sabe? Dentre tantas pessoas naquela balada, foi logo eu... ― Regina une suas testas, mas mantém os olhos abertos, conectados nos verdes. ― Não foi ruim como tudo aconteceu entre nós, mas poderia ter sido algo mais digno de filmo romântico, não acha? ― Indaga bem-humorada, dando uma piscadela e Mills sorri.

― Mas foi algo digno de filme romântico! ― Retruca animada. ― E daqueles bem clichés! ― Salienta entre risos. ― Você acredita em destino? ― Swan fica na dúvida para responder, ponderando se realmente acreditava, mas decide responder que sim, balançando a cabeça afirmativamente. — Então... Tudo que aconteceu conosco, a forma como nos conhecemos, aconteceu porque tinha que ser desse jeito. Tinha que acontecer. ― Fala com a voz suave, passeando com os dedos entre o rosto da namorada e os seus cabelos. Emma fecha os olhos brevemente, apreciando o carinho. ― Realmente parece mentira como aconteceu e que a probabilidade disso acontecer com outras pessoas é mínima, mas não quer dizer que não aconteça... ― Emma balança a cabeça afirmativamente, concordando. ― E só porque é algo difícil e até meio que inacreditável, não é impossível. ― Beija seus lábios. — Era você naquela balada, naquele dia e naquele momento, porque tinha que ser você e não outra modelo, outra pessoa. ― Sussurra, sem afastar as bocas. ― E se no nosso destino está escrito para que fiquemos juntas, o que eu particularmente acredito que esteja... ― Sorri. — Se não fosse ali, naquele dia, naquela hora, naquele local, seria de outra forma, mas nos encontraríamos de alguma forma. ― Finaliza, puxando o lábio inferior da loira e iniciando um beijo ávido, que logo é retribuído na mesma intensidade.

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