Capítulo 8

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— Se você pudesse ir ao Brasil amanhã, para qual cidade iria? — Regina pergunta de repente, tirando sua atenção dos amigos, que praticamente tomavam banho com as suas respectivas bebidas, os drinks brasileiros. Pareciam nunca terem bebido na vida.

— Em qual cidade você morou mesmo? — Emma pergunta, fingindo tentar se lembrar enquanto olha para cima com os olhos estreitos e o dedo nos lábios, que ainda estão pintados, surpreendentemente.

— Rio de Janeiro. — Responde com um sorrisinho, balançando a cabeça negativamente, já imaginando qual seria a resposta da modelo.

— Bem, acho que minha escolha já está feita. — Diz, fingindo seriedade, bebendo mais um pouco de sua caipirinha. Ela havia adorado a bebida.

As mulheres continuam conversando animadamente, conhecendo-se ainda mais, principalmente sobre gostos, até Regina pegar o seu celular na bolsa e ver as horas.

— Acho melhor eu ir embora. — Termina sua bebida em um gole e coloca o copo em cima da mesa. — Já está um pouco tarde. — Levanta-se, pronta para avisar aos amigos, que se divertiam com alguma coisa em cima de outra mesa. Depois que as bebidas chegaram, Mary e David e Emma e Regina engataram em conversas particulares e acabaram se afastando um pouco dos outros.

— Não vai. — Emma pede, pegando suavemente no braço da empresária. — Fica mais um pouco. Amanhã é sábado. Você não tem que trabalhar. — Argumenta, fazendo um biquinho e uma expressão triste.

Regina olha para o contato da mão de Emma em seu braço, que lhe deixou brevemente arrepiada, imagina os milhões de toques que ainda poderia ter durante a noite, agora madrugada, e quem sabe até algo mais provindo desses toques, olha para os seus olhos tão pidões e lindos, pensando no quanto poderia ver mais deles se aceitasse ficar, olha para os amigos se divertindo, e por fim se rende, voltando a se sentar.

— Ok! Você venceu. Eu fico. — Diz, levantando as mãos no ar, fazendo a outra mulher abrir um enorme sorriso, feliz por sua decisão.

— Obrigada por ficar. — Olha fundo nos seus castanhos e aperta a sua mão, abrindo mais um sorriso.

•§•

Às três e meia da manhã, um pouco cambaleante, Ruby se levanta, arrastando Killian consigo, e se posiciona bem no meio do grupo, chamando a atenção de todos. David, o anfitrião, e Mary Margareth, ainda conversavam em uma mesa só para os dois, Regina e Emma ainda conversavam em uma mesa só para as duas também, e Isabelle, Elsa e Tinker, estavam jogadas na grama por acharem ali mais confortável.

— Eu gostaria de anunciar que tenho uma ideia para melhorar a nossa noite. — Diz com dificuldade. Sua voz saindo embolada pelo alto teor de álcool em todo o seu ser.

— E o que você sugere para apimentar esta noite tão fria de Nova Iorque? — Killian pergunta, tomando um gole do seu rum, fazendo logo em seguida, uma expressão de prazer ao sentir o líquido descer por sua garganta.

— Eu não falei apimentar. — Rebate de cenho franzido, levantando um dedo.

— Que seja! Diga logo, loba! — Chama-a por um antigo apelido, dado por um antigo caso da morena de mechas ruivas.

— Loba é? — Seu tom sai sensual. — Adoro! — E passa sua língua pelos lábios, piscando para o moreno, que retribui com um sorrisinho safado. — Mas enfim... — Volta a olhar para os seus ouvintes e franze o cenho, coçando a cabeça. — Eu esqueci o que iria dizer por causa de você, Jones! — E dá uma tapa no braço do rapaz, que faz uma falsa careta de dor.

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