Capítulo 29

1.1K 99 103
                                    


Nesse capítulo vamos, finalmente, saber com detalhes, ou quase todos, tudo, ou quase tudo, que aconteceu entre Robin e Regina durante 10 anos.



― Você tem certeza? ― Emma pergunta preocupada e a morena assente rapidamente.

― É uma história grande, cheia de detalhes. ― A morena avisa e Emma assente.

― Não me importo de ir dormir mais tarde e ficar menos tempo na cama até a hora de me arrastar para ir trabalhar. ― Responde bem-humorada, fazendo Regina sorrir.

— Bem... ― Ela respira fundo, encosta-se no sofá e olha para frente. ― Eu conheci o Robin quando tinha oito anos de idade. Ele tinha dez. — Revela, pegando a loira de surpresa, que abre a boca e solta um "o que?" em tom incrédulo, bem baixinho. Regina, mesmo sem estar lhe olhando, sorri. — Pois é, faz bastante tempo.

— Vinte anos. — Pontua e Regina assente.

— Bem, continuando... ― Mesmo sem estar Mills estar lhe olhando, Swan assente. ― Ele não morava na mesmo cidade que eu, mas tinha irmãos por parte de pai, o pai dele tem uns 50 filhos espalhados pelo Rio de Janeiro e cidades vizinhas. ― Diz bem-humorada e Emma sorri. ― Bem, ele tinha irmãos que moravam na rua onde morei, e nas férias escolares um desses irmãos levou ele para lá. Foi a primeira vez que nos vimos. Ele vivia com a avó por parte de mãe e dois irmãos, esses filhos da mesma mãe, mas com outro pai. Um dia a avó dele morreu e ele foi morar definitivo por lá. — Faz uma pausa. — Eu era amiga de dois sobrinhos dele e vivíamos brincando juntos. Quando ele chegou, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a sua beleza. ― Emma arqueia a sobrancelha e faz uma careta discretamente. Não tinha achado o homem lá essas coisas, mas também, não havia iluminação suficiente para vê-lo com clareza, então daria um desconto. ― Se formos ver uma foto dele daquela época, era horrível, mas na época ninguém achava isso, nem eu. — Mills sorri. — A primeira pessoa que ele conheceu foi eu, e enquanto nós dois e seus dois sobrinhos brincávamos de qualquer coisa, eu ficava me aproveitando de alguns momentos para me agarrar com ele, até que um dia eu fui e chamei-o num canto e pedi para ficar com ele. Robin era muito besta e se eu quisesse algo, tinha que tomar uma atitude. — Faz uma pausa novamente e volta seu olhar para a namorada. — Eu quem tirei o ''bv'' dele e ainda o ensinei como ficar com uma garota. Ele não sabia de nada. — Confidencia em tom sussurrado como se fosse um segredo ou como se tivesse alguém mais naquela sala e não pudesse ouvir. — Passamos a namorar escondido, mas eu não levava esse namoro a sério e por isso algumas vezes o traí, ficando com outros garotos. ― Fala envergonhada. ― Enquanto ele era romântico e carinhoso comigo eu ficava com outro garoto. ― Suspira pesadamente e balança a cabeça negativamente. Independentemente da idade que tinha, de não ter sido um namoro sério, isso não lhe dava o direito de ter sido tão mal caráter. ― Um dia ele descobriu e acabamos tudo, mas isso não durou muito tempo, pois logo estávamos juntos de novo. Porém, dessa vez o meu pai descobriu e começou a ameaçar ele. Minha mãe que intervia sempre na situação e me ajudava no que podia.

― Sr. Henry Mills? ― Emma pergunta chocada e Regina assente. ― Ele parece ser tão bonzinho. ― Comenta, fazendo Regina sorrir.

― Hoje ele é bem mais tranquilo, mas quando eu e minha irmã éramos adolescentes...

― E eu achando que a maior surpresa era você ter começado a namorar, sei lá, com uns 8 ou 9 anos de idade? ― Fala de um jeito engraçado e Regina dá uma gargalhada.

― Foi com 10... ― Corrige, mas tendo a ciência de que não faria muita diferença. ― Mas que fique bem claro que apesar de ter começado cedo demais, eu não perdi a minha infância e adolescência, porque era namorado e brincando, brincando muito. ― Deixa claro entre risadas. ― Bem, continuando... Anos depois ele conheceu uma garota na escola e foi aí que tudo começou. Ele mudou completamente. Deixou de ser aquela pessoa verdadeira, fiel, carinhosa e romântica de antes, passou a me enganar na cara de pau, mentir para mim como quem bebia água. Foi o pior ano da minha vida, eu acho. Nós já estávamos bem mais velhos. Já tínhamos mais responsabilidade, não era aquela coisa de criança que tínhamos anos atrás. ― Explica e Emma assente. ― A família dele estava louca de preocupação porque ninguém o queria com essa garota, ela era um problema. O irmão dele o vigiava o tempo todo. A família vivia em constante briga com ele por causa dela. Eu recebia todo dia, inúmeras ligações da ex-madrasta dele, que ele sempre a chamou de tia, para ela me contar o que ele fazia. Todos os passos dele eu sabia. Absolutamente tudo que Robin fazia, eu sabia. Nada passava escondido. A mãe da garota só faltava querer matar ele também. Até o pastor da igreja que fazíamos parte vivia conversando com ele, tentando botar juízo em sua cabeça, mas era impossível.

EscolhasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora