Capítulo 10

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Quando amanheceu, Emma abriu os olhos lentamente, acostumando-se com a claridade feita no quarto e sentiu um desconforto no braço esquerdo. Ao olhar para o lado, viu a fotógrafa dormindo tranquilamente em cima dele, como se fosse um travesseiro. Ela estava de costas para a modelo.

Lentamente, a loira puxou o seu braço e se livrou do peso de Regina. Olhou-a de cima à baixo, vendo como a morena dormia toda encolhida e suspirou pesadamente, achando fofo. Cenas dos seus últimos momentos com a mulher antes de pegarem no sono, invadiram a sua mente sem permissão e ela se pegou sorrindo e desejando repeti-los.

O que ela deveria fazer quando Mills acordasse? Deveria agir como se nada tivesse acontecido? Deveria beija-la novamente, mostrando que não iria fingir que nada aconteceu? Deveriam conversar sobre o assunto? Deveria deixa-la acordar sozinha? Deveria acordá-la com beijos e carinhos? Talvez, trazer um café-da-manhã na cama?

Concluiu que, pelo menos, a última opção, definitivamente, não seria a escolhida e que era demais para tão pouco tempo.

Ela ri de si mesma, balançando a cabeça negativamente, achando-se patética por ter aqueles pensamentos. Não podia acreditar que estava agindo exatamente como nos livros e filmes românticos, sendo clichê, sem saber o que fazer na manhã seguinte após uma noite de amor. Exceto que não houve a transa, contudo, houve o vinho, a conversa e o beijo.

Batidas na porta trazem-na de volta a realidade e acabam com a sua indecisão de como acordaria Regina Mills, já que, mesmo com o barulho baixo e delicado, a fotógrafa se espreguiça, dando sinais de que iria despertar.

Com preguiça, Swan levanta da cama e abre a porta, dando de cara com David, coberto com um roupão e uma aparência de que já acordara há algum tempo, totalmente o oposto dela, que estava com as roupas amassadas e o rosto inchado.

— Bom dia! — O homem deseja, animado. Emma o inveja por ter toda essa animação logo cedo, apesar dela nem saber que horas eram.

— Bom dia! — Devolve com bem menos animação e Nolan sorri.

— O café-da-manhã já está pronto. — Avisa. — Esperamos por vocês.

— Já estão todos acordados? — O homem assente. — Em alguns minutos nós descemos.

Os dois se despedem e Emma fecha a porta, voltando para dentro do quarto, dando de cara com Regina sentada na cama, observando-lhe, fazendo um esforço para manter os olhos bem abertos.

— Bom dia! — Emma senta-se na ponta da cama. — Dormiu bem? — Puxa assunto para evitar que falassem sobre o beijo. Não sabia o que falar ou fazer, então, para evitar momentos tensos e desconfortáveis que pudessem acabar com a magia da noite passada, acabou decidindo pela primeira opção. Iria fingir que nada tinha acontecido, mesmo que estivesse louca para beija-la novamente. Regina balança a cabeça afirmativamente à sua pergunta, enquanto se espreguiça.

— Minha boca está amargando. — Reclama, fazendo uma careta. Swan, mais uma vez, acha aquilo adorável. Perguntava-se em que momento da madrugada, enquanto dormia, tinha, deliberadamente, se apaixonado pela fotógrafa, para estar assim, reagindo feito uma boba apaixonada à qualquer coisa relacionada a ela. Até onde se lembra, até noite passada, estava muito interessada nela e gostando mais que o normal, mas não estava apaixonada.

— David disse que o café-da-manhã já está pronto. Vamos descer? — Chama, já se levantando e seguindo para a porta.

— Não vamos arrumar a cama? — Aponta para a bagunça de lençóis que elas deixaram.

Emma dá a volta e a ajuda a deixa-la como tinham encontrado na noite passada.

Já na porta, antes de saírem do quarto, Emma para de repente e fecha porta, fazendo Regina esbarrar nela. Antes de saírem do cômodo e irem se encontrar com os outros, decidiu que não seguiria sua opção escolhida sobre fingir que nada aconteceu e precisava fazer algo que estava com vontade desde que acordou e ficou observando a outra toda encolhida, ainda dormindo.

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