O progresso de Emma estava indo bem, em breve ela completaria 3 meses que estava limpa e iria poder voltar a trabalhar. Todos compartilhavam de sua alegria e estavam ansiosamente contando os dias.

Certo dia, Regina estava em seu escritório resolvendo uns assuntos pendentes do dia anterior, quando Mary Margareth adentrou o mesmo, bastante desesperada e nervosa. Assustada, Mills largou tudo que fazia e se aproximou da outra. Ela já sabia que tinha a ver com Emma. No começo, quando a loira estava em abstinência, isso acontecia constantemente.

— Ela está no Goldwater Memorial Hospital... ― Fala antes mesmo que a chefe pergunte e os olhos de Regina se enchem de lágrimas e seu coração começa a bater forte no peito. Se Emma estava no hospital, algo de muito grave tinha acontecido. Ao fechar os olhos as lágrimas descem quente por seu rosto. Quando volta a abri-los, corre até a mesa para juntar suas coisas. ― Você quer que eu te acompanhe? — Mary oferece, vendo o estado da chefe. — Você não está em condições de dirigir, Regina. ― Fala com preocupação.

— Obrigada pela preocupação, Mary, mas, por favor, fique aqui cuidando de tudo enquanto eu estiver fora. Eu vou de táxi. — Sai da sala apressadamente e corre ao ver o elevador aberto. ― Pode desmarcar tudo que tiver para hoje. Não irei mais voltar. ― A morena de cabelos mais curtos assente e ela aperta o botão do térreo com impaciência.

— Tenha cuidado. Espero que tudo esteja bem. — Mary fala antes da porta de metal se fechar.

•§•

Ao chegar ao hospital, Mills identifica-se na recepção, pega informações com a atendente, sobe até o terceiro andar e encontra Lilith consolando Jamie em um canto da sala de espera e David sentado em uma cadeira com o olhar perdido no chão. Ela respira fundo, tentando se acalmar um pouco, e se aproxima das duas.

— O que aconteceu? — Indaga com uma falsa calma, tocando no ombro de Lilith e chamando sua atenção para si.

— Foi tudo muito rápido... — Jamie quem responde, voltando-se para ela. — Emma estava fazendo uma arrumação no guarda-roupa quando encontrou um pouco da droga e a usou...

— Ela simplesmente achou e fez o uso? Não tentou nem ao menos resistir? ― Questiona incrédula e franze o cenho em confusão. Depois de todo o esforço que Emma vinha fazendo para se livrar do vício e de toda melhora que estava apresentando, não dava para acreditar que ela tinha cedido tão facilmente.

— Eu não sei, eu não estava com ela no momento e não tivemos tempo para conversar ainda.

— Vocês não a viram usando? ― A detetive balança a cabeça negativamente.

— Como a Jamie disse, foi muito rápido. — Lilith diz, entrando na conversa. — Eu saí para comprar água de coco e quando eu cheguei a Jamie estava tentando acalmar a Emma, que estava tendo alucinações.

— Eu estava na cozinha para preparar o nosso almoço. ― A detetive explica. ― Elsa e Belle iriam aparecer por lá para passar a tarde conosco. Ela iria me ajudar assim que terminasse a arrumação nas roupas. Disse que sentia falta de cozinhar. — Dá um pequeno sorriso. — Eu achei tudo muito quieto, e assim como um adulto desconfia quando uma criança está muito silenciosa, eu desconfiei da Emma. ― Faz uma pausa e respira fundo. ― Então, quando eu entrei no quarto, ela já estava sob o efeito da droga. — Finaliza com pesar.

— Ela estava eufórica... O cachimbo estava no chão e estava com os lábios queimados... — Acrescenta Lilith.

— Quando a Lilith chegou, a levou a força para o banheiro e eu liguei para o David. — Jamie continua. — Em pouco tempo o David chegou e nos ajudou a acalmar a Emma. Ela havia entrado em um estado depressivo e estava louca querendo mais. — Regina franze o cenho em confusão. — É comum após a euforia acontecer o contrário... Uma forte depressão... — A detetive lhe explica e ela abre a boca em entendimento. Desde que soube de Emma, Regina tem pesquisado todos os dias sobre o assunto, para poder entender melhor e poder ajudar da melhor forma, mas havia muita coisa que não sabia ainda.

— Por que quando tudo isso aconteceu vocês não me avisaram também? ― Questiona com irritação. ― Eu sei que ainda não sei tanto quanto vocês, mas talvez eu pudesse ter ajudado. — Em vez de lhe responder, Jamie levanta a mão em um pedido para que esperasse ela terminar de contar a história. A fotógrafa revira os olhos, demostrando claro sinal de impaciência, mas assente.

Jamie e Lilith caminham até as poltronas para se sentarem e Regina as segue.

— Depois disso, tudo se acalmou, por isso o David não quis te ligar. ― A detetive esclarece. Nolan escuta seu nome e olha para as três mulheres, acena para Mills e volta a posição anterior, pensativo e com o olhar focado no chão.

— E o que trouxe Emma aqui, então? ― Franze o cenho.

— De repente, ela começou a sentir falta da droga... ― Para de falar e deixa Mills inquieta.

— E o que mais? — Pergunta alterada. Temendo uma reação agressiva da parte da fotógrafa, Lilith se senta ao seu lado.

— Ela começou a ter convulsão... — Responde baixinho.

— O que? Emma teve convulsão? Puta que pariu! ― Exclama desesperada.

David se aproxima das três mulheres acompanhado de um homem e chama a atenção delas. Quando Jamie e Lilith percebem de quem se trata o acompanhante de David, suas expressões tristes mudam drasticamente para raiva. Elas conheciam ele. Mais atrás aparece Graham e Killian, a morena tinha ligado para eles no caminho do hospital, e assim que os dois chegam perto, Mills abraça Humbert e começa a chorar. O amigo beija sua cabeça algumas vezes e faz carinho em seus fios negros.

— Regina, esse aqui é James Swan, o pai de Emma.― Toca no ombro do homem e o empurra para frente. — Ele está aqui para assinaro documento de internação da Emma...



tratar de um vício não é uma tarefa simples e ele não vai embora da noite para o dia. é possível tratar dele em casa, mas às vezes é melhor que tenha uma ajuda profissional, até mesmo para garantir maior eficácia. já é a terceira vez que emma está nessa, e é sorte que não tenha sido mais forte que as outras vezes. ela poderia continuar sendo tratada em casa por todos, regina, jamie, lilith, david e os amigos de ambas, mas a cura poderia demorar bem mais para vir, por isso o david tomou a atitude de internar a irmã. não é uma opção que muitos gostam, mas vai ser o melhor para ela. até o próximo capítulo!

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