― Pode ter certeza que eu tenho as melhores das intenções com sua filha, sou muito séria e respeitadora, Sr. Mills. ― Emma responde no lugar de Regina, surpreendo a fotógrafa e os seus pais. — E é ela, não ele. ― Corrige brincalhona, para tentar quebrar o clima tenso.

Então a linha fica silenciosa. Regina não tinha coragem para falar qualquer coisa e o silêncio dos seus pais estava-a matando lentamente por dentro.

Cora pede o celular para conversar com a filha e quebra o silêncio, aliviando Regina e Emma, mesmo sem entender o que foi dito e que já começava a se arrepender pelo que fez.

Henry passa o celular para a esposa e avisa que depois volta para conversar mais com Mills.

― Regina, querida. ― Cora murmura, em um tom carinhoso, mas não é o suficiente para acalmar a mulher.

― Oi mamãe. ― Responde com a voz trêmula, com medo do que a sua progenitora falaria.

Está tudo bem, meu amor. Eu estou do seu lado. ― Diz com tranquilidade e Regina olha com incredulidade para o aparelho telefônico, como se estivesse olhando para a própria Cora Mills.

― Isso é sério? ― Indaga, desacreditada.

— Sim, meu amor. ― Cora confirma e Regina se joga nos braços de Emma. Logo as lágrimas começam a descer não só pelas bochechas da morena, mas de Swan também.― Só tenho duas condições para poder da a benção a vocês. ― Finge um tom sério. — Quero netos, quero conhecer minha nora e que ela cuide muito bem de você. ― Exige, causando risos em Emma e Regina.

― Mamãe, você disse dois e ouvi três condições. ― Mills rebate, ainda rindo.

― Perdão, eu só me lembrei da outra no momento em que estava falando. ― Defende-se entre sorrisos. — Mas agora falando sério, minha filha... ― Seu tom volta a ficar sério e Emma e Regina também param de sorrir. ― Eu te apoio, eu te aceito, eu estou do seu lado. Eu te amo, Regina, e só quero a tua felicidade. ― Diz sinceramente, aquecendo o coração da morena. — E só mais uma coisa, a fruta que você está provando, eu já provei também. ― Confessa, chocando a filha.

― Você já ficou com mulheres? ― Seu tom é incrédulo. Não conseguia imaginar sua mãe com mulheres, ainda mais por ela ser de uma época bem menos liberal que agora.

Sim, eu já beijei mulheres. ― Confirma e as duas mulheres se entreolham de olhos arregalados. ― Na verdade, apenas uma. Eu fui apaixonada por uma mulher antes de conhecer seu pai, mas ela teve que ir embora da cidade que morávamos e eu nunca mais tive notícias dela. ― Conta, deixando a filha ainda mais surpresa. — Mas não estamos aqui para falar de mim e sim de você. ― Ao fundo Regina escuta Henry pedindo para falar com a filha e em seguida a voz da mãe pedindo que espere mais um pouco porque ainda não acabou a conversa entre elas. — Então minha querida, eu quero sua ficha completa, sim? ― Entendendo que a mãe estava falando com Emma, Regina passa o celular para ela. ― Qual o seu nome, quantos anos você tem, em que você trabalha... E por favor, diga-me como está o meu inglês.

— Emma Swan, prazer em conhece-la, Sra. Mills. Tenho 29 anos, sou modelo e o seu inglês está perfeito, parece nativa. ― Responde completamente séria e Regina lhe cutuca com o cotovelo e solta um "babona" bem baixinho.

― Oh! Obrigada, querida. ― A senhora agradece, toda se achando. ― Prazer em conhecer você, Emma Swan. Seja bem-vinda à família Mills. Espero te conhecer logo e espero que cuide bem de minha filha. ― Diz em um tom sério para intimidar a loira.

― Pode deixar, sogra. ― Deixa escapar e olha preocupada para Regina. ― Posso te chamar assim? ― Apressa-se em perguntar, hesitante.

― Fique à vontade, querida. ― Responde com tranquilidade e as duas respiram aliviadas. ― Agora eu vou passar para o Henry. Ele já está quase fazendo um furo no chão. ― Diz bem-humorada, mas Regina não consegue rir. A tensão do começo da conversa tinha acabado de voltar.

As mulheres escutam a movimentação do outro lado da linha e Emma entrega o celular de volta para a dona.

― Princesa! ― Ao ouvir como seu progenitor a chama, Mills suspira aliviada. Ele sabia, ele a apoiaria também. ― Acho que eu não tenho muito o que falar. Faço das palavras de Cora, as minhas. Eu só quero o teu bem, a tua felicidade. A tua alegria é a minha também. ― A morena se agarra a namorada e começa a chorar, agradecida e aliviada por tudo ter dado certo.

― Sr. Mills, sua filha está se desmanchando aqui. ― Emma comenta brincalhona e não só Henry rir, mas a morena também. — Aliás, Emma Swan, prazer em conhece-lo também.

― Prazer, querida. ― Responde gentilmente. ― Seja bem-vinda à família e, por favor, cuide bem dessa preciosidade.

― Pode deixar, Sr. Henry, ela está em boas mãos. ― Emma garante, beijando sua cabeça e abraçando-a fortemente.

A conversa entre Regina, Emma, Henry e Cora se estende durante toda a manhã e até Ariel e Graham aparecem para fazer parte. Coincidentemente, eles tinham ido fazer uma visita ao casal Mills. Eles colocam a fofoca em dia e conhecem um pouco mais da mulher que roubou o coração da mais jovem dos Mills.

•§•

Durante o domingo apenas a secretária substituta de Mary Margareth trabalhava na Mills e alguns poucos dos outros setores, que também não eram os mesmos que trabalhavam durante a semana. A Mills não parava.

Basicamente, Boyd estava ali apenas para atender ligações e um ou outro desavisado que não sabia que Regina Mills não trabalhava no domingo e que a maioria dos assuntos são resolvidos com hora marcada e muitas vezes com reuniões.

― Boa tarde, eu gostaria de falar com Regina Mills. ― Uma voz grossa fala, assustando Ashley brevemente.

― Boa tarde, senhor! ― Responde gentilmente, levantando-se. ― Ela não trabalha dia de hoje. Quer marcar horário? ― Pergunta, já puxando a agenda e abrindo-a.

― Você pode marcar um dia para eu vir fazer uma seção de fotos? ― Ele pergunta educadamente, tentando esconder a frustração por não ter encontrado Regina.

― A menos que o senhor venha através de alguma agencia, revista, site, marca, só trabalhamos com mulheres. ― Responde sem graça por só estar dando informações negativas para o rapaz.

― Tudo bem. Eu entendo. Obrigado pelas informações. Tenha um bom dia! ― Lancaster oferece um sorriso à jovem e vira para ir embora. Antes da porta do elevador fechar, ele observa o lugar com um olhar orgulhoso por você a conquista de sua amada.

Desde a última vez que Robin viu Regina, decidiu que tiraria um tempo para si. Iria cuidar de sua aparência, aprender inglês, conseguir um trabalho e sair do hotel para ir morar em um apartamento.

Agora que havia conseguido tudo isso, estava pronto para reencontrar a sua amada.



A partir de agora as coisas vão mudar um pouco. Espero que tenham aproveitado todo o amorzinho gostosinho delas.

PS: O Robin não vai machucar nenhuma das duas e não vai forçar nada com Regina, (do tipo agarrar a força ou beijar). A barra que ele vai forçar é a da aproximação mesmo. E ele não vai ser o tipo que fica armando, fazendo planos para tentar separar as duas, ok?

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