Regina se move lentamente até ela e a abraça. Mesmo pega de surpresa, a modelo retribui o contato, apertando-a. As duas ficam por alguns minutos abraçadas e em silêncio, até Emma levar a morena até o sofá, deitando-a delicadamente. Senta-se no chão, bem próxima, e leva seus dedos aos cabelos macios e escuros.

― Eu trouxe algumas coisas para você... ― Afastou-se um pouco e com a mão livre pegou as sacolas para mais perto.

― Obrigada... ― Regina agradece, sussurrante. Sorri fracamente e fecha os olhos, segurando sua mão.

― Você está com febre... ― Constata, sentindo a testa da fotógrafa pegando fogo. ― Vamos ao banheiro tomar um banho quente, vai te fazer bem melhor.

Regina resmungou, virando-se no sofá e fazendo manha e Emma sorriu, achando fofo.

― Eu levo você...

Swan retirou o sobretudo, tirou as botas e pegou Regina nos braços, que ao se sentir carregada, agarrou-se ao pescoço da outra e se aconchegou.

― Onde fica o seu banheiro? ― Regina aponta a direção e volta a se aconchegar na outra, que beija sua testa e segue pelo caminho indicado.

•§•

Fazia um dia que Robin tinha chegado à Nova Iorque e estava completamente perdido. Não sabia muito bem a língua do lugar, não conhecia nenhum lugar daquela cidade e não conhecia ninguém. Ele nunca tinha saído do Rio de Janeiro antes, quanto mais do País. Para piorar, não fazia ideia de onde Regina poderia estar e de como poderia encontrá-la. Tudo que sabia, era que sua amada residia em algum lugar no centro daquela enorme cidade. Nem ao menos perguntou a Ariel sobre o trabalho dela, já que a ruiva não sabia nem o endereço de onde ela morava.

Lancaster estava em um quarto do hotel, que só conseguira uma vaga porque o rapaz na recepção sabia um pouco de espanhol, analisando o mapa da cidade na internet, para saber por onde começaria a sua procura. Mas ele não fazia ideia de como faria para procurar e por onde começaria. A cidade não era tão grande, mas também não era tão pequena, além de ter muita gente. Com o problema de não saber se comunicar, só piorava a sua situação. Mas ele não iria desistir. Já tinha chegado até ali e não iria parar agora. E apesar de todos os contras, ele analisava detalhadamente cada parte do mapa, conhecendo os nomes dos lugares e pontos turísticos, usando muito o google tradutor para lhe ajudar em alguns momentos.

O homem estava decidido, ele já estava desde quando saiu do Brasil, não importa quanto tempo passasse, ele iria procura-la e só descansaria quando a encontrasse, mesmo sabendo que corria o risco de ela ainda guardar mágoa dele e não quisesse algum contato.

Após olhar por mais ou menos uma hora e decorar bastante coisa do mapa de Nova Iorque, Robin resolveu ligar para Graham e perguntar ao menos o local de trabalho de Regina. Ter essa informação seria uma ótima ajuda. Contudo, o rapaz não atende, então, ele tenta ligar para Ariel, que infelizmente, caiu na caixa postal.

Frustrado, jogou o celular em cima da cama e foi até a janela, observar a cidade e esfriar a cabeça. Ele estava em um lugar completamente estranho para ele, não dominava a língua falada por ali, tudo que sabia falar era o que a própria Regina tinha lhe ensinado anos atrás, quando o mesmo precisou de um emprego que exigia saber pelo menos o básico do inglês, na época Regina até o pediu para que fizesse um curso, mas ele era tão turrão e achava que nunca precisaria aprender tal língua e que já estava ótimo o que ela o tinha ensinado, que se negou veemente a ouvir o conselho, também não sabia onde Regina estava, não sabia por onde começar, não sabia nem onde ela trabalhava, e os únicos que sabiam, aparentemente, estavam ocupados demais para atender a sua chamada, que tinha sido um pouco difícil de conseguir fazer.

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