Escolhas

Capítulo 8

As mulheres acabam sorrindo e Regina esconde seu rosto no pescoço da outra, sentindo a pele do seu rosto esquentar de vergonha. Emma beija delicadamente o pescoço da empresária e as duas se levantam, decidindo voltarem para junto dos outros.

•§•

— Que tal brincarmos de desafio? — Ruby sugere, interrompendo as conversas paralelas entre o grupo.

Agora, estavam todos sentados formando um círculo, dentro da enorme biblioteca da mansão, já devidamente secos, enrolados em roupões oferecidos gentilmente por David, e bebendo vinho para se esquentarem.

— Não seria verdade ou consequência? — Regina questiona de cenho franzido. — E, eu acho que já estamos grandes demais para brincarmos disso. — Cruza os braços, deixando claro que não iria participar. A última vez que aceitara, não gostou muito das tais consequências.

— Ela só quer um motivo para poder beijar na boca livremente, sem medo de receber negativas, amor. — Killian se manifesta, olhando para Ruby e depois, sem discrição alguma como só ele sabia fazer, para Isabelle. Lucas passara a noite toda se insinuando para a garota.

— Eu prefiro só desafio. É mais interessante. — Seu tom deixa claro o que Killian dissera. — Eu já sei quase tudo de alguns de vocês, então não teria graça se tivesse a parte da verdade também. — Acrescenta, fazendo um bico. — E, Regina?

— Sim? — Responde, já imaginando o que a amiga diria.

— Pare de ser chata e adulta. — E mostra a língua para a mulher, que retribui mostrando a sua também, gargalhando logo depois.

— Então... — Tinker se levanta, colocando uma das garrafas vazias de vinho no centro do círculo. — Vamos começar... — E então, com o auxílio das duas mãos, a loira gira a garrafa. Minutos depois, sua ponta para apontada para Ruby e o fundo para Killian. — Vocês preferem verdade ou consequência?

— Desafio. — Respondem juntos, animados.

— Killian desafia a Ruby. — Informa, apontando de um para o outro.

— Vamos lá... — Faz uma expressão pensativa. — Quero preparar algo bem constrangedor para você. — E esfrega as palmas das mãos uma na outra.

— Vá em frente! Você sabe que eu não tenho vergonha. — Rebate, usando seu tom mais confiante. Ruby já havia brincando bastante com Jones e sabia que quanto menos medo demonstrasse, mas fáceis seriam os desafios.

— E não tem mesmo! — Regina comenta, fazendo a morena de mechas ruivas se achar ainda mais.

— Ruby, eu te desafio a botar uma pimenta no cu e gritar que pimenta no cu dos outros é refresco, mas no seu arde mesmo. — Desafia, chocando os outros, exceto quem ele queria que chocasse. A desafiada.

— Desafio aceito! — Responde sem pestanejar, surpreendendo todos e até o próprio, que pensou que ela arregraria. Afinal, a traseira é sagrada e Ruby leva isso muito a sério. Todos sabem disso.

— O que? Está brincando, não é? — Regina se manifesta, preocupada com o rumo daquela brincadeira. O amigo nega, segurando o riso. — Killian!

— Deixa, Gina! O que é dele está guardado. — Olha desafiadoramente para o rapaz. Em sua mente, já preparava a vingança perfeita.

— Ruby, você não precisa fazer este desafio, ok? — O rapaz avisa em tom sério, cedendo ao pedido de Mills. — Eu só estava brincando com você, amor. — E pisca para a amiga.

— Agora que fui desafiada eu quero fazer. — Rebate decidida, já se levantando. — Onde eu posso encontrar pimentas? — Pergunta ao dono da enorme casa.