Capítulo 30 - Doriam

Começar do início
                                    

Eram preces mais doentes que outras, são mentes sujas é fétidas. Viro-me lentamente em direção a minha esposa. Chocado com o que concluímos, ela está com os olhos arregalados, sua cabeça nega, enquanto lagrimas riscam seu belo rosto.

-Você não é paixão, é Depravação. –Falo me aproximando e chacoalhando-a. –Como ousou mentir para todos?

Ela me olha assustada lagrimas riscando sua pele de marfim. Seus soluços invadem o aposento.

-Doriam, eu juro. –Diz ela pegando em minhas mãos. –Eu não sabia, quer dizer... eu desconfiava que não era paixão, as vezes ouvia pequenas preces de amor, e Doriam, foi isto que me manteve sã. Toda vez que ouvia um gardiano pedir para estar ao lado de seu amor, eu me identificava, pois também queria um amor assim, você...

-Não ouse mentir, sua... sua depravada. –Grito. –Como minha esposa talvez você não saiba, mas seus poderes também são meus, sou mais forte Terna. Sou determinação e sua depravação me atinge, faz parte do que sou agora, e a culpa é sua...

-Por favor, juro que não sabia, senti algo diferente ao casarmos... mais força em meu poder, mas sempre o mantive afastado, não atendo as preces dos gardianos, apenas aqueles que pedem por paixão... Doriam eu sempre quis você por que sei o que é lidar com trevas. Elas moram dentro de mim e.

Minha mão está esmagando seu rosto. Ela pisca assustada. Sem entender estou sorrindo, existe uma certa facilidade em deixar este poder me atingir. É errado, mas divindades... é muito bom. É como aprender uma nova forma de respirar, e descobrir que é muito fácil do que se fazia antes. Solto Terna, que recomeça a falar e pedir perdão, ela abraça meu corpo, eu permito. Como soberano da determinação Drakon me via como alguém certo para resistir as trevas, pois este lugar é sombrio, e desde que ele me elegeu o dono deste lugar, meus poderes aumentaram. Resisti ao fato de manter mais semi soberanos sobre meu controle, sabendo que quanto mais ficassem na trevas, mais difícil seria continuar resistindo as sombras que me cercam, desta forma, sempre ajudei meu irmão, envie a ele os semi soberanos que consegui convencer a voltar para a luz, fortalecendo meu irmão mais novo, e me enfraquecendo, mas ao trazer Terna para cá, ou seja, uma soberana assim como eu, nossas forças somaram.

Finalmente me rendo as trevas.

-Vejo tudo com clareza agora. –Digo, arrastando seu corpo para a cama. –Mas nada vai ser completo sem que consumarmos o ato.

Ela parece confusa, e afago seus cabelos. Ela não precisa saber ao que sucumbi, e talvez em breve ela faça o mesmo. Lembro que meu pai, o supremo soberano, sempre me parabenizou por manter minha mente clara e com objetivos puros. Mal sabe ele que ao me prometerem a Terna, a própria Depravação, finalmente não haveria outra escapatória se não sucumbir. Agora como ela? Observo Terna com calma, como ela conseguiu nos enganar por tanto tempo? Será que não sabia mesmo sobre suas tendências, afinal se sou determinação é por que é aquilo que me move, então, como ela, aquela garotinha que se imitava os movimentos de minha mãe, se tornou tão recatada e tímida.

Meu coração acelera, a lógica me invade, depravação é tudo que ela não é... por isto as divindades a fizeram dona deste poder, desta forma ajudara os Gardianos a não cometerem tais atos... Um sorriso diabólico se forma em minha face, e preciso me afastar de Terna e beber um whisky para entender tudo. As divindades não conseguiram prever o que eu estava prestes a me tornar, não sabiam o quanto estava perto para que eu, soberano da determinação sucumbisse as trevas, então pensaram que ela estaria segura dividindo a carga de poder comigo.

-Você esta bem? –Pergunta ela tímida. –Eu, eu entendo se não quiser conversar, mas me dê uma chance Doriam, vou provar que não sou depravada, vou provar que posso continuar afastando os gardianos deste mal, e vou ajuda-lo a convencer os semi soberanos a voltarem para a luz.

Os Soberanos de GardiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora