Capítulo 12 - Ravi

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Um ser prateado repleto de luz adentra no grande salão e se curva perante os supremos soberanos. A sua cor é exatamente da cor dos cabelos de Ivy.

- Supremo Soberano do Equilíbrio Drakon e Suprema Soberana da Justiça Fairy. Sou a divindade da lua de todos os reinos melhor dizendo a essência poderosa que habita ali, aliás uma de minhas pedras está em sua orbita. E Santrock, um de meus reinos padece em uma guerra contra seres da escuridão, que tentam roubar nossas terras. Chamo-me Ferock e peço humildemente, e encarecidamente que me auxilie neste momento de crise. – Diz a entidade sua voz lembra vagamente o movimento de pedras em uma ladeira, no entanto com uma lentidão memorável. – Nossos reinos já se uniram outrora, e venho buscar auxilio para que possamos derrotar nossos inimigos.

Drakon observa a entidade sem se intimidar.

-Ferock, estes não são meus inimigos, mas em nome de nossa amizade o ajudarei. –Drakon fita Fairy, a linguagem deles é estranha e não entendo como com um simples olhar conseguem entender um ao outro. –Estamos de acordo em ceder dois dos nossos melhores guerreiros, meus próprios filhos, contudo em troca pedimos que deixe luz e escuridão no nosso reino.

Não me admiro com o fato de meu pai apenas oferecer meus serviços, afinal eu mesmo teria implorado para ir guerrear.

-Fico grato Senhor do equilíbrio de Gardia, no entanto esperava que oferecesse a menina.

-Que menina? –O salão fica obscurecido, a pequenas vozes fazendo sons em nossos ouvidos, ambos os supremos estão atormentados com a proposta. –Se refere à pequena Ivy?

-Me refiro à filha do anoitecer e do amanhecer, a menina que possui os cabelos da cor da lua e os olhos da cor do seu sol. –Diz a divindade agora à voz se torna mais poderosa e as rochas em seu timbre parecem despencar montanhas. –Ela ainda poderá vir a ser uma divindade, e creio que com estas cores estou propicio a invocar que ela se apresente.

-O que diz é um absurdo Ferock, a pequena Ivy ainda é uma menina, não uma guerreira. –Diz Drakon contendo sua fúria. Gostaria de poder falar por Ivy a "Drakon a protege demais, ela ainda não se tornou uma adulta, mas tampouco é menina, já está grande o suficiente para batalhar, e uma divindade vem querendo conhece-la e Drakon não permite"? Ele deve ter seus motivos, então escuto meu irmão Doriam pigarrear.

-Divindade Ferock, a pequena Ivy está treinando ainda, não será de grande ajuda em um campo de batalha, nem mesmo enfrentou seu monstro.

-Este boato de monstro novamente? Vocês são estranhos com suas tradições grotescas, contudo permito que ela fique fora desta investida. –Ele se deixa clarear e podemos olhar com mais precisão suas formas. A divindade é albina com uma beleza impecável e estruturada, ele vagueia o olhar pelo salão. –Ofereço meus seres de luz e trevas para que cuidem de seu reino, ligaremos seu poder ao de seus filhos para que os humanos de Gardia não sejam afetados, se houver algum imprevisto resolvam, não tirem os guerreiros desta luta ela durará tempo demais.

Drakon e Fairy se encaram por um momento.

- Concordamos com os termos. – Drakon concorda finalmente. – Assim como hoje selamos um acordo aonde cedo meus filhos e guerreiros para lutar a sua batalha, espero que este gesto seja sempre lembrado, caso algum dia seja necessário retribuir a gentileza.

- Agradeço a compreensão senhor de Gardia. Aproveito a oportunidade para deixar claro que em breve voltarei a seu reino, para pedir sua benção para cortejar a menina dos cabelos prateados.

Começo a tossir sem razão aparente, estou feliz, finalmente poderemos se livrar da chata e arrogante Ivy. Se ela for reivindicada por um divindade terá que ir. Creio que estou sorrindo e três pares de olhos me olham abismados, apenas Doriam não me fita, ele olha para o chão apertando os punhos.

-Não creio que Esperança poderá negar o cortejo de uma divindade... –Discorre Ferock com um pouco arrogância em sua voz apedrejada. –Farei como pedem, e não deixarei Gardia sem esperança, como não deixarei Gardia sem luz e escuridão agora que levarei seus guerreiros. Agradeço e me retiro, aguardarei lá fora sob a luz enquanto se despedem de seus filhos.

Ele do sai do grande salão sem ao menos olhar para trás, indo em direção ao pátio do castelo. As divindades por vezes eram arrogantes.

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Os Soberanos de GardiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora