Betting Her - Adaptação Bughe...

By litrolouis

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Ele era o membro de uma banda pop, ela era membro do clube de teatro. Ele sabia colar, ela era a cola perfeit... More

Cap.1 "Please, allow me to introduce myself" (Rolling Stones)
Cap.2 "But like none of em are (like you)" (Ciara)
Cap.3 "If you put me to the test, if you let me try" (ABBA)
Cap.4 "Would you tremble if I touched your lips?" (Hero - Enrique Inglesias)
Cap.5 "She's perfect, so flawless, I'm not impressed" (John Mayer)
Cap.6 "She's perfect, so flawless, I'm not impressed" (John Mayer)
Cap. 7 "Please let me know that my one bad day will end" (Blink 182)
Cap.8 "You know it's only just begun" (Nickelback)
Cap.9 "I wonder what's like to be loved by you."
Cap.10 "I wonder what's like to be loved by you"
Cap.11 "Do you care if I don't know what to say?" (There Is - Box Car Racer)
Cap.12 "It's just that no one makes me feel this way" (Justin Timberlake)
Cap.13 "I said too much again" (My Stupid Mouth - John Mayer)
Cap.14 "You make it easier when life gets hard" (Lucky)
Cap.15 "Can you feel the love for the first time?" (V Boys)
Cap.16 "My heart beats faster when you take me over" (Mariah Carey)
Cap.17 "One thing I can say, girl, love you all the time" (The Beatles)
Cap.18 "It may be over, but it won't stop there" (James Blunt)
Cap.19 "Back under the stars, back into your arms" (Avril Lavigne)
Cap.20 "I just don't wanna miss you tonight" (Iris - Goo Goo Dolls)
Cap.21 "You fave my life direction, a game show love conection" (Train)
Cap.22 "I've had you so many times, but somehow, I want more" (Maroon 5)
Cap.24 "The truth hurts, the lies worse" (Broken Strings)
Cap.25 "I'm sorry for the things that I did not say" (Akon)
Cap.26 "You're acting like you're somebody else" (Avril Lavigne)
Cap.27 "Somebody made a bet, somebody paid" (Bruce Springsteen)
Cap.28 "And she comes and goes, like no one can" (John Mayer)
Cap.29 "Only you can cool my desire, I'm on fire" (Bruce Springsteen)
Cap.30 "Inside I know it's over, you're really gone" (Mariah Carey)
Cap.31 "That kinda lovin' turns a man to a slave" (Crazy - Aerosmith)
Cap.32 "Only in hopes of dreaming that, everything would be like it was before"
Cap.33 "Let's go all the way tonight, no regrets, just love" (Katy Perry)
Cap.34 "What if you did? What if you lied? What if I avenge?" (Creed)
Cap.35 "I knew about your plans to make me blue" (Marvin Gaye)
Cap.36 "I can't ignore you, you sent me spinning" (Boomerang - Plain White T's)
Cap.37 "But if you need me, I'll be there" ('ve Got You - McFLY)
Cap.38 "I don't want you to say a single word" (The Pussycat Dolls)
Cap.39 "The day has come and now you'll have accpet" (Oasis)
Cap.40 "I've found out a reason for me to change who I used to be" (Hoobstank)
Cap.41 "Espera, que o sol já vem" (Mais Uma Vez - Legião Urbana)
Cap.42 "Eu sou um acidente em câmera lenta" (Hear Me Out - Frou Frou)
Cap.43 "Trying to recall what you want me to say" (Kings Of Leon)
Cap.44 "But Angie, Angie, ain't it good to be alive?" (The Rolling Stones)
Cap.45 "In the way she moves, attracts me like no other lover" (The Beatles)
Cap.46 "And I don't know which way it's gonna go" (James Morrison)
Cap.47 "And you won't be alone, I am beside you" (Angels & Airwaves)
Cap. 48" I said, for you I'm a better man" (Better Man - James Morrison)
Cap.49 "I hate to look into those eyes and see an ounce of pain" (Guns N' Roses)
Cap.50 "I die when he comes around to take you home" (Damien Rice)
Cap.51 "I'm hanging by a moment here, with you" (Lifehouse)
Cap.52 "Forget yesterday, we'll make the great escape" (Boys Like Girls)
Cap.53 "With your pretty mouth, laughing with your broken eyes" (The Corrs)
Cap.54 "You made me feel like our love was not real" (Chris Brown)
Cap. 55" Give me reason, but don't give me choice" (James Blunt)
Cap.56 "Sishing to kiss you, before I rightly explode" (Jason Mraz)
Cap. 57"You see, she hides 'cause she is scared" (Red Hot Chilli Peppers)
Cap.58 ''And I don't wanna lose you" - Don't Let It Go To Waste - Matt Willis
Cap.59 ''Pois quando eu penso em você, eu não me sinto tão sozinha" - Owl City
Cap.60 "I just feel complete when you're by my side" - A Day To Remember
Cap.61 "Looking in your eyes, hoping they won't cry" - McFLY
Cap.62 PARTE I "Close your eyes, listen to my voice, I'm by your side"
Cap.63 PARTE II "Thousand miles seems far, I'd walk to you if I had no way"
Cap.64 "You and I know what this world can do" - Bruce Springsteen
Cap.65 "So much has changed, now it feels like yesterday I went away" - McFLY
Cap.66 "Cada palavra que você diz, deveria anotar. Não quero esquecê-las"
Cap.67 "Eu tenho uma última chance para encontrar a mim mesmo" - Last Chance
Cap. 68 "I forgive you for been away for far too long" - Far Away
Cap. 69 "It's been an everlasting summer since we found each other" - McFly

Cap.23 "If you wanna fight, I'll stand right beside you" (The Heart Never Lies)

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By litrolouis

- O QUE VOCÊ QUER? - O grito de Jellybean ecoou dentro da minha cabeça, suspirei com os olhos fechados.
- Bom dia pra você também. - Murmurei, me afastando de sua cama e arrastando a porta do seu armário, suas roupas me atacaram, literalmente, desmoronando sobre mim. - Uau, organização é mesmo seu forte.
- O que você quer? - Ela repetiu, pausadamente e entredentes.
- Preciso da sua ajuda. - Respondi, chutando algumas peças.
- Minha ajuda pra quê, Jughead? - Sua expressão quase me repeliu, mas só pelos primeiros segundos.
- Come on, Jellybean, coloque mais amor no seu coraçãozinho. - Caçoei, atirando uma blusa grande e amassada sobre a cama, junto com um short jeans.
- Jughead, que horas são, só pra início de conversa?
- Quase dez. - Respondi com as mãos na cintura, esperando que ela concordasse de uma vez.
- Você é louco? Porra, garoto! - Esbravejou, ela.
- Por favor! - Cedi, Jellybean me olhou com estranheza, depois semicerrou os olhos, esperando que eu começasse a rir, eu acho.
- Ok, o que você quer? Diz de uma vez.
- Só preciso que vá comigo até o shopping. - Dei de ombros, cruzando os braços.
- Shopping? Está brincando? - Parecia assombrada, rolei meus olhos.
- É, shopping! - Murmurei sem paciência - Preciso escolher um vestido pra Elizabeth e, sabe como é, eu não faço idéia de como procurar!
- Precisa ser...
- Agora! - Acrescentei antes que ela terminasse.
- Me dá...
- Dez minutos, 'tô te esperando lá embaixo.
- Pra que isso? Porra, ninguém vai exterminar os vestidos até as 10:30!

Ignorei Jellybean, que ficou resmungando sem parar, como uma velha. Desci até a sala de jantar. Meus pais estavam em silêncio absoluto, fingi não notar a cara de poucos amigos que minha mãe estava no rosto. Me sentei e peguei um dos waffles empilhados em um prato.

- Eu achei que estivesse acordada, mas acho que estou sonhando. - Minha mãe zombou, rolei os olhos, rindo.
- Se está sonhando que Jughead acordou às nove em um sábado, devo estar no seu sonho também. - Meu pai reforçou a piada mal formulada, continuei olhando pra eles, esperando que terminassem.
- Onde você passou a noite, mocinho? - Mamãe quis saber, encarando-me como se fosse descobrir por conta própria.
- Com a Betty. - Respondi, ela abriu a boca e eu estava ciente que iria começar um sermão... Se eu deixasse - Sim, mãe, a gente se cuidou... - Respondi, antes que ela perguntasse - E, não, eu ainda não dormi, nem vou. - Minha mãe bufou e meu pai começou a rir.
- Jughead! - Reclamou ela.
- Vou sair, vou ao shopping.
- Comigo. - Jellybean entrou pela cozinha, sentando-se em uma cadeira ao meu lado.
- Vocês...
- Não, mãe, não estamos com fome, vamos comer no shopping, ou no caminho pra lá... Preciso da minha irmã pela primeira vez na minha vida... - Mamãe fez menção de falar, mas eu continuei - Sim, falo assim dela. - Minha mãe bateu as mãos na mesa, impaciente com a minha brincadeira.
- Pára com isso, Jughead! - Protestou.
- Eu sei que você me ama, mãe... Agora temos que ir. - Levantei-me e trouxe Jellybean comigo.
- Jughead...
- Não vou voltar aí, mãe, até mais tarde. - Gritei, já a caminho da porta.

Ouvi dizer que ninguém discute sozinho mais de dez minutos e até então essa regra era universal, mas descobri, naquela manhã, que ela não se aplicava à minha irmã. Ela reclamou exatos 23 minutos, o que não era nem mesmo a metade do caminho até o shopping. As pessoas estavam saíndo para trabalhar, por esse motivo as ruas estavam entupidas de carro. Trânsito já é ruim, trânsito com Jellybean faz mal à saúde mental!
Segui minha irmã pelo shopping, ela parecia estar buscando por algo, alguma loja talvez. Eu estava muito interessado na parte que viria depois: comida. Eu estava faminto e só de pensar na praça de alimentação ainda vazia pelo horário, meu estômago se debatia.

- Você ao menos já sabe o que quer, Jughead? - Perguntou ela, com os braços cruzados e uma expressão carrancuda, olhei ao redor e soltei o peso dos ombros, negando com a cabeça.
- Um vestido. - Respondi e só depois percebi o quão óbvio isso era, talvez por isso Jellybean tenha rolado os olhos.
- Isso eu sei, débil mental! - Reclamou ela, impaciente - Curto, longo, cor de preferência, tecido... - Sua voz esganiçada irritava meus tímpanos enquanto ela estralava os próprios dedos e atropelava as próprias palavras.
- Curto não... - Neguei subtamente, como se eu quisesse exterminar todos os vestidos curtos da loja - Nem apertado demais... Sabe?
- Sei. E você 'tá parecendo o pai dela. - Sorriu com cinismo, fiz o mesmo, erguendo meu dedo frente ao seu rosto.
- Não precisa ser no pé, nem uma camisolona, só... Bonito, mas não vulgar, ela não é vulgar e eu não quero que os caras fiquem reparando nela.
- Jug, 'tá vendo aquele puff lá no canto? - Questionei-me o motivo daquela mudança de assunto, olhei para um amontoado de puffs coloridos e concordei com a cabeça lentamente - Senta lá e espera, antes que eu vá embora e te deixe fazer isso sozinho. - Suspirei, com os olhos semicerrados.
- Vê se respeita minhas condições! - Exclamei, indo me sentar.
- Cala a boca, qual tamanho ela deve usar? - Quis saber, dei de ombros.
- Ela tem o corpo da Lizbeth.
- Jug, você não vê a Liz desde o Natal de três anos atrás.
- Jellybean, você gosta de complicar as coisas ou quer me irritar? - Perguntei, inquieto em meu lugar - Ela tem o corpo igual ao que Liz tinha no Natal de três anos atrás, satisfeita?
- Eu não sei por que eu ainda tento ter uma conversa civilizada com um búfalo como você, não sei como Elizabeth pode te aguentar, pobre garota.

Calei-me, não ia adiantar discutir com Jellybean, quer um conselho sobre ela? Ela sempre ganha, mesmo quando você tiver razão. Eu via a atendente ir e voltar por toda parte, estendendo pequenos pedaços de tecido sobre o balcão pra que Jellybean visse. Cores neutras, gritantes, laços, bolas, fitas... O universo feminino diante dos meus olhos que ardiam pra caralho com o sono que eu estava sentindo.
Quando novamente ergui minhas pálpebras, sem saber se eu tinha cochilado ou só estivera ausente demais, notei Jellybean parada em minha frente com uma grande caixa colorida em formato circular. Levantei, atordoado, e fui até o caixa acertar a conta.
A segunda pausa foi na loja de sapatos, Jellybean vasculhou por tudo, ela não se cansou até encontrar um sapato gigantesco, ela afirmou que era confortável e que Elizabeth iria gostar, eu não acreditei, tampouco concordei, mas quando vi ela já havia pedido que ela embrulhasse, não um par de sapatos, mas dois... Um, é claro, era a recompensa por ela estar ali comigo. Eu já devia esperar.

- Jug, estou aliviada. - Ouvi Jellybean dizer assim que deixei nossas bandejas sobre a mesa e me sentei à sua frente.
- Por quê?
- Eu achei que você era gay, mas depois dos brincos que você escolheu, tenho certeza que você não é. - Rolei os olhos.
- Eu tinha gostado deles.
- Por favor, Jug, vai à merda, eram terríveis! - Protestou, revoltada com minha falta de senso para a moda - Você não entende que se uma mulher está usando uma gargantilha, ela não pode usar um brinco longo?
- Não, por mim dá na mesma. - Dei de ombros, devorando meu lanche.
- Deus te ilumine.

No final das contas, Jellybean saiu com mais presentes do que eu pretendia dar a ela, mercenária do inferno! Empilhei, sobre a caixa do vestido, a caixa com o sapato e a pequena caixa retangular com a gargantilha que eu havia escolhido. Pensei em escrever um cartão, mas não consegui pensar em nada bom o suficiente para escrever. Toquei a campainha e fiz meu caminho até o carro, torcendo pra que tivesse alguém em casa, do contrário alguém poderia roubar os presentes.
Naquele dia mal consegui comer, eu tinha mais coisas a resolver do que queria e não podia adiar mais um dia que fosse. Por isso coloquei uma roupa mais surrada e parti para a escola, onde provavelmente os garotos estavam precisando de ajuda para montar os instrumentos... Não suspeito que eles estavam querendo minha ajuda, na verdade, eles provavelmente queriam que eu morresse atropelado por um grupo de camelos, lenta e dolorosamente... Mas não custava nada tentar.
Assim que passei pela porta da quadra, notei que tudo já estava sendo devidamente enfeitado e devia fazer tempo. Havia uma grande quantidade de pessoas trabalhando pra que tudo desse certo e, com certeza, daria. Desci as escadas sem encostar no corrimão, temi desestruturar as tranças de tecido colorido envoltas no ferro. Pude ver, do outro lado da quadra, que o palco improvisado já havia sido montado, os instrumentos também estavam em ordem e enquanto Archie afinava um dos violões, Fangs e Sweet Pea ajustavam o amplificador, sem sucesso. Era sempre eu quem o fazia.
Pude sentir a tensão se instalar entre nós assim que saltei para cima do palco. Meus músculos enrigeceram, eu não sabia o que dizer e por um momento me esqueci até do motivo pelo qual eu estava ali.

- What's up? - Cuspi, me sentindo um idiota. Sweet Pea desviou seus olhos de mim e voltou a fazer o que fazia, Archie sequer havia me olhado desde que cheguei, o que eu preferia que Fangs fizesse também, ao invés de me olhar com aquela decepção estampada nas linhas da sua testa.
- O que você veio fazer aqui? Já encontramos alguém que toque no seu lugar. - Fangs disparou e, por mais que eu estivesse afetado, eu não queria bagunçar ainda mais as coisas.
- Precisava falar com vocês, nada sobre a banda. - A situação era a mesma, Sweet Pea e Archie fingindo distração e Fangs me examinando, como se procurasse algo, esperasse algo.
- Agora você precisa? - Disse ele, dando um passo em minha direção e cruzando seus braços sobre o peito - Quando você fodeu tudo e precisava de alguém pra culpar, você nem pensou em conversar, falar... Você simplesmente veio, socou o Archie e virou as costas pra nós todos! - Pisquei lentamente, tentando respirar fundo e não ceder ao nervosismo.
- Eu achei que pudesse confiar em vocês, vocês eram as únicas pessoas com quem eu contava, já que o resto da escola mal podia esperar que Veronica abrisse aquela boca de merda e colocasse tudo a perder! - Fangs desviou seus olhos, ainda sem perder sua pose artificial de rigidez, Sweet Pea me encarou, com ar superior.
- Desde que essa garota entrou na sua vida, tudo o que você tem feito é fazer de tudo por ela, você esqueceu da nossa amizade, da nossa banda, você simplesmente ignorou todo o resto, tudo por uma boce...
- Não se atreva! - Ergui o indicador em sua direção, sentindo meu corpo todo vibrar de raiva - Eu não precisaria ter me afastado de vocês pra ficar com ela caso vocês tivessem me apoiado... - Meu tom de voz perdeu a força, mas eu ainda sentia a adrenalina percorrer minhas veias, fazendo-as pulsar - Come on, vocês não se preocuparam nem por um minuto com a maneira que eu lidaria com isso, vocês só foram lá e foderam com tudo!
- Você fodeu com tudo, ninguém além de você! - Sweet Pea ralhou, levantando-se do banco onde estava sentado.
- Agora sou eu?! - Exclamei, indignado.
- É, Jughead, se você não tivesse aceitado a porra da brincadeira, ou tivesse pelo menos evitado se apaixonar por ela... - Forcei uma gargalhada alta e cheia de cólera, deixando que restasse apenas um sorriso irônico no fim dela.
- Claro, com certeza é assim que funciona pra vocês, não é? Aliás, para todo mundo, só que eu não escolho quando me apaixono, o resto do mundo escolhe a pessoa certa, na hora certa, quase me esqueci! - O sarcasmo era quase palpável - Não foi uma escolha! Nunca foi uma opção, pelo contrário, eu não pude evitar e eu não estou culpando vocês por isso... Eu deveria mesmo é agradecer por terem escolhido-a para essa porra toda de aposta... - Meu tom de voz, uma oitava acima do que eu estava acostumado a usar com meus amigos, fazia minha garganta arder - O que eu estou dizendo é que ninguém aqui tem o direito de foder com a minha vida! - Exclamei e vi Archie erguer seus olhos sob os cílios, fitando-me com cautela - Ninguém tinha o direito de passar aquelas fotos, porque eu confiei quando decidi mostrar a vocês, porque vocês são os caras que ficavam jogando video game e comendo porcaria em casa, vocês são os caras que me ajudaram a formar a banda que era algo que eu tanto queria e nem acreditava, vocês são os caras que trocavam revista pornô comigo, porra! Vocês são meus amigos, o mínimo que eu podia esperar era a consideração de vocês! - Eles me encaravam, agora em profundo silêncio - Você me traiu, mate. - Murmurei, diretamente a Archie, que encolheu seus lábios e mirou o chão - Você traiu minha confiança por causa da Veronica, uma porra louca que te usa sempre que pode...
- Você fala isso agora, mas não lembrou de todas essas merdas que a gente passou juntos quando não apareceu nos ensaios da banda só pra buscar a Elizabeth no ballet, ou...
- Mas eu não traí nossa amizade por porra alguma! - Vociferei, lá se ia meu controle tão almejado - Eu nem fiquei com a Lindsay no primeiro ano porque você gostava dela, você ao menos se lembra disso? - Eu falava alto, sem conseguir controlar minha irritação - Ela era a garota mais gostosa da sala e eu ignorei ela todos os dias, de todas as formas, porque eu sabia que você queria ficar com ela! - Archie continuava a olhar pra baixo, sem valor - A nossa amizade sempre foi prioridade, todos os dias, eu fiz de tudo e tudo o que eu esperava em troca era consideração! Nada mais que consideração! - Arfando, interrompi meu discurso, o silêncio parecia incômodo, eles não iam dizer nada, se é que havia algo a ser dito - Eu amo a Elizabeth... - Seus olhos me buscaram, pareciam surpresos apesar de todas as minhas demonstrações - E eu sei que eu posso perder ela a qualquer momento, mas vocês não têm idéia do que isso significa... - Neguei com a cabeça, sentindo minha garganta trancar de repente.
- A Veronica não vai fazer nada. - Archie disse baixo, ainda me encarando.
- Eu não confio nela.
- Ela não vai, eu conversei com ela. - Ele me garantiu - Eu pedi que ela fizesse isso pela própria prima, eu expliquei suas intenções, ela pareceu entender... - Archie deu de ombros e eu permaneci o encarando, procurando sinal de mentira.
- Acho que isso resolve tudo. - Sweet Pea disse, em tom de praticidade - Aqui está o repertório... - Empurrou uma folha contra meu peito, segurei um pouco atordoado e o encarei - Busca seu instrumento e termina de montar a porra do amplificador, o Fangs é um imprestável. - Ele dizia, saltando do palco e se afastando - Eu preciso comer alguma coisa... Mesmo que for uma menina. - Gargalhamos, vendo Sweet Pea andar apressado até a saída, Fangs se acercou e deu um tapa em meu ombro.
- Faz isso por nós, perdoa aquele cabeça de pinto, ele não teve a intenção de estragar tudo, cara... - Fangs me dizia em tom maternal, era bem a cara dele fazer isso - Eu não sei o quanto isso é ruim, mas precisando de qualquer coisa, nós vamos estar aqui por você.
- Valeu, mate. - Sorri sem jeito, Fangs balançou a cabeça uma vez e saltou do palco, depois olhou pra Archie.
- Você vem? - Archie assentiu, levantando-se e deixando o baixo sobre o suporte.
- Te encontro lá fora. - Disse ele, vindo em minha direção devagar, com as mãos escondidas no bolso da bermuda - Posso te fazer uma única pergunta? - Indagou ele, fazendo-me contrair o cenho por um momento - Você faria qualquer coisa pela Elizabeth?
- Faria. - Respondi sem precisar pensar.
- Eu também faria pela Veronica, pelo mesmo motivo, então me desculpa pelo que eu fiz, mas acho que você consegue me entender... Eu também amo, Jug.

Eu nada respondi, eu não sabia se deveria dizer tudo o que eu estava pensando, como por exemplo, "como você pode amar uma vaca?". Preferi guardar pra mim, não valia a pena iniciar outra discussão, embora minha mente estivesse inundada com questões que diziam respeito à Elizabeth e meus amigos, eu faria o mesmo no lugar de Archie? Eu trocaria a amizade deles por ela? Eu já não havia feito isso sem perceber?
Fiz o que eles haviam me dito, fiquei passando som até eles voltarem do almoço e por sorte me trouxeram um lanche, ou eu mesmo teria que ir buscar. Elizabeth me ligou no meio da tarde, agradecendo pelos presentes, ela estava tão empolgada que me encheu de energia. Eu não queria ir àquele baile, nem ver aquelas pessoas. Eu queria apenas fugir com ela pra algum lugar bem distante da falsidade que aquela quadra estaria exalando mais tarde, mas eu sabia o quanto aquilo importava para Elizabeth e eu queria garantir a ela a melhor noite da sua vida, ao meu lado.
Enquanto eu separava uma roupa pra usar, fiquei me lembrando de qual poderia ter sido a primeira vez que vi Elizabeth, eu não me lembro de ter estudado com ela tanto tempo, de tê-la visto tantas vezes. Talvez eu tenha bloqueado sua presença, suas memórias, por algum motivo. Ou talvez ela realmente tivesse passado despercebida por mim, sabe-se lá como. Eu nunca a deixaria passar agora, de jeito algum.

Flashback on

- Hey, entrou uma garota nova na minha aula de álgebra, ouvi dizer que ela não usa calcinha. - Archie comentou com um sorriso entusiasmado.
- Isso é bem legal, será que ela vai deixar a gente ver? - Perguntei, agitado com a possibilidade.
- Claro que não, Jug, idiota. - Senti minha cabeça guinar pra frente com o tapa que Sweet Pea me deu.
- Aquela garota lá é da minha classe... Olhem. - Fangs murmurou e todos nós nos viramos ao mesmo tempo, procurando por quem ele se referia.

Uma garota miúda vinha à passos tortos e apressados, cabisbaixa e com os braços abarrotados de livros, equilibrando-se sem sucesso sob suas sapatilhas azuis. Seus cabelos longos cobriam parte de seu rosto assustado, ela parecia tão frágil e delicada que não se encaixava naquele lugar. Ela era alvo fácil e não tardou para que alguns garotos passassem correndo por ela, chamando sua atenção de uma forma negativa e levando seus livros ao chão. Quando dei por mim, eu já estava parado em frente a ela, ajudando-a a recolhê-los. Segurei seu óculos de grau entre meus dedos e, ainda agachado, fitei seu rosto aterrorizado. Seus olhos saltados se cruzaram com os meus, lembro de sentir uma cócega estranha na barriga, acabei sorrindo, mas não acho que tenha se parecido com um sorriso comum, ou gentil, pois ela rapidamente se levantou e deu um passo pra trás, levemente atordoada.
Também me levantei, com seus livros empilhados num braço e seu óculos na outra mão, estendi-o e rapidamente a vi pegá-lo e colocá-lo nos olhos. Eu ia me oferecer para ajudá-la a levar os livros onde quer que ela estivesse indo, mas meus amigos me gritaram e de repente aquele clima estranho de câmera lenta e silêncio total foi quebrado, a gritaria nos invadiu imediatamente, as pessoas riam da cena e eu enxerguei a realidade. Eu não era bom o suficiente pra ela... Uma pena que o mundo visse isso do avesso.

- Obrigada. - Murmurou em tom embargado antes de tomar os livros dos meus braços e passar por mim.
- Ela é linda. - Sussurrei, sem querer.
- O quê?! - Ouvi de Sweet Pea, que se acercara, logo ele e os caras começaram a rir daquele jeito exagerado, eu senti minhas bochechas arderem e disfarcei minha vergonha com ironia.
- Estou sendo irônico, idiotas, nunca vi garota mais estranha em toda minha vida.

Forcei uma risada estranha, esganiçada, e me virei pra trás, procurando vê-la em alguma parte, mas ela estava próxima demais, mais do que eu gostaria. Seus olhos cheios d'água voltaram à minha mente apenas anos depois.

Flashback off

Provavelmente os caras jamais se lembrariam disso, eu nem sei como eu havia me recordado. Meu pai sempre me dizia "aqui se faz, aqui se paga, Jug", agora eu entendia o que ele queria dizer. Eu havia machucado Elizabeth e agora a simples oportunidade de sentir sua falta me machucava como nada antes havia feito. Parabéns, eu sou mesmo um otário.
Terminei meu banho, já um pouco mais entusiasmado com o baile e com a felicidade que isso traria para Elizabeth, bem mais do que por qualquer outro motivo, na verdade. Ainda tinha algo preso em meu peito, como se eu não conseguisse completar minha respiração e isso estivesse me sufocando. Mas já não era tão incômodo.
Vesti minha boxer branca, mamãe queria que eu colocasse uma calça social, mas era formal demais para um baile de primavera. Passei um cinto pelos passadores e coloquei uma camisa branca por dentro. Coloquei uma gravata azul marinho, e calcei meus sapatos. Separei um blazer claro, algo entre o bege e o palha, mas pelo menos eu não iria todo de preto como sempre. Como sempre, perdi a maior parte do tempo fazendo o cabelo parar no devido lugar. Coloquei meu relógio de pulso e apliquei meu melhor perfume, pelo caminho até o carro fui pegando minha carteira, celular, caixa de palhetas e chaves do carro, finalmente eu estava pronto, a caminho da casa de Betty.
Eu estava mais do que ansioso, eu estava curioso para ver o vestido que Jellybean havia escolhido e como Betty havia ficado dentro dele. Eu sabia que de qualquer forma ela estaria linda, mas acima disso, eu queria que ela estivesse... Ela. Sem fugir de sua personalidade.
Toquei a campainha duas vezes consecutivas e dei um passo pra trás, arrumando o bouquet de rosas brancas e tentando controlar a náusea repentina. Respirei fundo ouvindo a chave ser girada e logo em seguida a porta se abriu; com minha respiração retida, enrijeci no lugar.

- Boa noite, Jug. - Ouvi Sr. Cooper me saldar, sorri sem jeito e estendi minha mão imediatamente.
- Boa noite, Sr. Cooper.
- Entre, fique à vontade, Elizabeth deve estar descendo.
- Vale... O-obrigado.

Dei dois passos adentro e vi sra. Cooper encostada ao batente da porta da sala de estar. Caminhei incerto até lá para cumprimentá-la e em seguida escondi minha mão livre no bolso da calça, tentando esconder também meu nervosismo. O ruído dos saltos no assoalho começaram a se tornar cada vez mais audíveis e logo vi seus pés surgirem no topo da escadaria. Meu estômago deu uma volta no lugar, incitando meu coração a acelerar ainda mais. Panturrilhas, joelhos, coxas... Onde estava o vestido, afinal?
Finalmente pude vê-la, descendo lentamente e segurando com força no corrimão, mas seus trejeitos não fariam qualquer diferença. Elizabeth estava fascinante e eu, petrificado.
O vestido não era o que eu estava procurando, mas naquele momento eu descobri que não poderia ter escolhido um melhor. Eu sabia que ela chamaria atenção de todos, mas ela merecia isso. Era sua noite, não a minha. Sem ciúme, sem bronca. Eu proporcionaria a Elizabeth tudo aquilo que todos privaram, ignorantes preconceituosos.
Betty havia prendido as laterais de seu cabelo pra trás, deixando a parte de cima em evidência. Havia pouca maquiagem em seu rosto e eu a admirava por isso, era natural, toda aquela beleza que as garotas lutavam pra ter, ela tinha sem esforço.
Assim que consegui recuperar meus movimentos, andei até ela, parada no último degrau, seus olhos transbordando expectativas, ela estava em dúvida sobre como aparentava, mas eu diria à ela. Entreguei as flores e com a mão livre busquei a sua, trazendo-a até meus lábios e depositando um beijo em sua pele, desejando que fossem seus lábios. Betty me sorriu de maneira encantadora, eu praticamente desmontei diante disso.

- Você 'tá... - Palavra certa, palavra certa, palavra certa... - Impressionante.
- Obrigada, Jug. - Corada, abaixou sua cabeça e soltou uma risada sem graça, sorri junto, atordoado por seu perfume.
- Ah, Jughead, muito obrigada pelo vestido. - Ouvi minha sogra dizer, então me virei em sua direção, ainda com meus dedos entrelaçados aos de Elizabeth.
- Imagina... Não precisa agradecer. - Falei rápido, envergonhado.
- Acho bom irmos, já deve ter começado. - Betty resmungou, parecendo desconfortável com a situação.
- Sim, senhora. - Sorri e vi sra. Cooper se acercar e pegar as flores no braço de Betty.
- Divirtam-se. - Disse ela, sorridente, após depositar um beijo na testa de Betty e afastar-se.
- Jug, por favor, traga Elizabeth antes das duas. - Pediu meu sogro... Pediu, não exigiu, mas pediu, ele confiava em mim. E isso significava muito se tratando dele.
- Não se preocupe, ela estará em casa.

Betty aceitou meu braço e eu a conduzi para fora de casa, até o carro. Ela estava gelada e parecia trêmula. É obvio que estava nervosa, nunca havia ido a um baile antes, ou pelo menos não como dessa vez. Aquela noite era dela e nós dois sentíamos isso.
No caminho até o colégio, contei a ela sobre meu dia e a discussão com os garotos, na intenção de distraí-la. Pareceu funcionar, ou pelo menos até chegarmos ao estacionamento e termos que procurar por uma vaga. Nossa mudez agora era mútua, assim como a ansiedade. Tudo tinha que sair do jeito que eu planejei, embora eu sempre fizesse tudo errado, eu precisava me esforçar dessa vez.
Desci do carro e me adiantei para abrir a porta de Betty, ajudando-a a saltar do assento. Suas duas mãos presas firmemente em meu antebraço, escorando-se em mim. Eu sabia que não era dificuldade pelos saltos, era só vergonha. Ela queria esconder-se atrás de mim, mas eu não permitiria que ela se ofuscasse essa noite, de maneira alguma. Eu não queria mostrar a ninguém que eu tinha uma garota linda ao meu lado, mas eu queria provar que ela era linda, ao meu lado ou não, que ela podia ser admirada por todos aqueles que a deixaram pra baixo um dia. Eu podia provar isso agora.
Os olhos de Madalenne, uma das supervisoras, tiveram dificuldade para reconhecer minha menina no escuro e a surpresa estampou descaradamente em seu rosto quando conseguiu o que queria. Atravessamos o corredor, não havia muita gente por ali, apenas alguns casais que também estavam chegando naquele momento. Enquanto caminhávamos pelo campus, vazio, podáiamos ver a porta da quadra, luzes de todas as cores escapavam de lá, em uma fusão bonita, junto à música tecno que podia ser escutada desde o estacionamento.
Estávamos prontos, mas precisei respirar fundo uma vez mais. Senti Elizabeth rodear meu antebraço com mais força e por isso detive meus passos, virando-me lentamente para ela, Betty também parou e seus olhos assustados buscaram os meus, recordei-me da primeira vez que a vi, sorri por isso. Ela é linda. Daquele jeito e desse jeito. Independente das lentes de contato, ou dos óculos de grau. Independente dos cabelos desgrenhados ou completamente arrumados. Do colo coberto ou exposto. Da maquiagem ou da ausência dela. Ela tinha de saber que é linda, ela tinha de acreditar nisso.

- Betty, eu sei que por todos esses anos essas pessoas aí dentro te ignoraram, te criticaram, não aceitaram você como você é, mas você precisa acreditar em mim, eles não sabem o que fazem... - Betty continuava me olhando, ela parecia querer chorar - Olha pra você, você é cativante, Betty, encantadora! - Exclamei, segurando suas mãos com certa força, como se isso fosse fazê-la acreditar em mim - Independe do que você veste, a maneira como você fala, estuda, anda, age... Essa é você e você é linda, por dentro e por fora... As pessoas, essas pessoas... - Apontei para a porta do salão, depois segurei seu rosto entre minhas mãos - Essas pessoas não te conhecem, não de verdade... Não como eu te conheço... Essas pessoas não sabem o que estão perdendo, Betty. - Seus olhos voltaram pra baixo e sob suas pálpebras vi duas lágrimas escorregarem, suspirei - Eu sei que é difícil acreditar em mim, porque eu também já fiz muita merda, e te tratei mal, mas eu também não te conhecia, eu não me conhecia, mas acredite, eu não trocaria você por absolutamente ninguém, porque eu amo você, com todos os seus trejeitos desastrados e sua timidez, você é a melhor pessoa que eu já conheci... Porque apesar de tudo o que te disseram, Betty, você nunca mudou pra agradar ninguém, coisa que eu fiz e todos aqui também fizeram, Betty... Eu te admiro muito por nunca ter cedido a esses otários, que já nem lembram quem são... E nem todos eles vão ter a sorte que eu tive, de conhecer alguém como você e ter a oportunidade de salvarem-se de si mesmos.
- Eu te amo, tanto. - Sua voz, completamente borrada, me disse, fechei os olhos e encostei minha testa à sua.
- Não chora mais, meu bem, por favor. - Pedi sob meu fôlego - Essa noite é sua, quero você feliz, hum? - Abri meus olhos e encarei os seus, brilhantes como nunca.
- Eu estou feliz, está bem? - Sorriu, senti seus dedos acariciarem minhas bochechas, enquanto eu enxugava as suas com os polegares - Obrigada por tudo, você não é nada daquilo do que diziam, você é muito melhor que isso, Jug, muito maior.
- Você me fez assim.

Betty me olhou, com um sorriso que eu não sei como descrever, mas era lindo. Seus lábios se encostaram aos meus e minha pele se eriçou. Seus dedos percorreram minha nuca e eu fiz minha parte de intensificar um pouco o beijo e, quando rompemos o ato, era como se uma onda de calmaria houvesse se alastrado por mim e, pela expressão tranquila de Elizabeth, acreditei que ela também se sentia assim, agora sim estávamos prontos.
Uma de suas mãos apoiou-se em meu antebraço, apenas uma delas. Seu rosto já não estava tornado para baixo, pelo contrário. Sua postura era invejável, a delicadeza com a qual caminhava. É, eu nunca fui tão insuficiente para alguém antes e agora era fácil notar.
Assim que atravessamos a porta, meus olhos procuraram Elizabeth, ao meu lado, pude ver seu colo e braços eriçados, seus olhos brilhavam mais que qualquer coisa ali dentro e seu sorriso, tão meu, tão lindo... Feliz. A sensação de missão cumprida encheu meu peito de um orgulho, uma satisfação indefinível. Betty me olhou, ela não estava assustada, estava segura. Comecei a dançar de um jeito engraçado, fazendo-a rir e encostar sua testa em meu braço, enquanto sua mão deslizava por meu braço, em direção à minha mão. Entrelacei nossos dedos e encostei meus lábios em seu ouvido.

- I've had the time of my life, and I never felt this way before... - Cantarolei, sentindo seus dedos aferrarem em torno dos meus - and I swear, this is true, and I owe it all to you.

Betty afastou seu rosto e eu sorri em sua direção, sentindo os pelos do meu braço se erguerem em um espasmo incontrolável. Olhei para frente, aquelas pessoas, todas aquelas pessoas, uma esbarrando nas outras, eu podia ler seus lábios "olha quem chegou", "olha pra ela, nem parece a mesma" e eu também podia ler suas mentes... Raiva, inveja, surpresa, falsa indiferença, interesse... Não havia um pensamento ali que não estivesse voltado para nós, não havia um único par de olhos naquele baile que não estivesse focado em nossa direção. Não havia uma única pessoa naquela noite que não estivesse, mesmo secretamente, admirando Elizabeth Cooper, minha menina.

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