Betting Her - Adaptação Bughe...

By litrolouis

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Ele era o membro de uma banda pop, ela era membro do clube de teatro. Ele sabia colar, ela era a cola perfeit... More

Cap.1 "Please, allow me to introduce myself" (Rolling Stones)
Cap.2 "But like none of em are (like you)" (Ciara)
Cap.3 "If you put me to the test, if you let me try" (ABBA)
Cap.4 "Would you tremble if I touched your lips?" (Hero - Enrique Inglesias)
Cap.5 "She's perfect, so flawless, I'm not impressed" (John Mayer)
Cap.6 "She's perfect, so flawless, I'm not impressed" (John Mayer)
Cap. 7 "Please let me know that my one bad day will end" (Blink 182)
Cap.8 "You know it's only just begun" (Nickelback)
Cap.9 "I wonder what's like to be loved by you."
Cap.10 "I wonder what's like to be loved by you"
Cap.11 "Do you care if I don't know what to say?" (There Is - Box Car Racer)
Cap.12 "It's just that no one makes me feel this way" (Justin Timberlake)
Cap.13 "I said too much again" (My Stupid Mouth - John Mayer)
Cap.15 "Can you feel the love for the first time?" (V Boys)
Cap.16 "My heart beats faster when you take me over" (Mariah Carey)
Cap.17 "One thing I can say, girl, love you all the time" (The Beatles)
Cap.18 "It may be over, but it won't stop there" (James Blunt)
Cap.19 "Back under the stars, back into your arms" (Avril Lavigne)
Cap.20 "I just don't wanna miss you tonight" (Iris - Goo Goo Dolls)
Cap.21 "You fave my life direction, a game show love conection" (Train)
Cap.22 "I've had you so many times, but somehow, I want more" (Maroon 5)
Cap.23 "If you wanna fight, I'll stand right beside you" (The Heart Never Lies)
Cap.24 "The truth hurts, the lies worse" (Broken Strings)
Cap.25 "I'm sorry for the things that I did not say" (Akon)
Cap.26 "You're acting like you're somebody else" (Avril Lavigne)
Cap.27 "Somebody made a bet, somebody paid" (Bruce Springsteen)
Cap.28 "And she comes and goes, like no one can" (John Mayer)
Cap.29 "Only you can cool my desire, I'm on fire" (Bruce Springsteen)
Cap.30 "Inside I know it's over, you're really gone" (Mariah Carey)
Cap.31 "That kinda lovin' turns a man to a slave" (Crazy - Aerosmith)
Cap.32 "Only in hopes of dreaming that, everything would be like it was before"
Cap.33 "Let's go all the way tonight, no regrets, just love" (Katy Perry)
Cap.34 "What if you did? What if you lied? What if I avenge?" (Creed)
Cap.35 "I knew about your plans to make me blue" (Marvin Gaye)
Cap.36 "I can't ignore you, you sent me spinning" (Boomerang - Plain White T's)
Cap.37 "But if you need me, I'll be there" ('ve Got You - McFLY)
Cap.38 "I don't want you to say a single word" (The Pussycat Dolls)
Cap.39 "The day has come and now you'll have accpet" (Oasis)
Cap.40 "I've found out a reason for me to change who I used to be" (Hoobstank)
Cap.41 "Espera, que o sol já vem" (Mais Uma Vez - Legião Urbana)
Cap.42 "Eu sou um acidente em câmera lenta" (Hear Me Out - Frou Frou)
Cap.43 "Trying to recall what you want me to say" (Kings Of Leon)
Cap.44 "But Angie, Angie, ain't it good to be alive?" (The Rolling Stones)
Cap.45 "In the way she moves, attracts me like no other lover" (The Beatles)
Cap.46 "And I don't know which way it's gonna go" (James Morrison)
Cap.47 "And you won't be alone, I am beside you" (Angels & Airwaves)
Cap. 48" I said, for you I'm a better man" (Better Man - James Morrison)
Cap.49 "I hate to look into those eyes and see an ounce of pain" (Guns N' Roses)
Cap.50 "I die when he comes around to take you home" (Damien Rice)
Cap.51 "I'm hanging by a moment here, with you" (Lifehouse)
Cap.52 "Forget yesterday, we'll make the great escape" (Boys Like Girls)
Cap.53 "With your pretty mouth, laughing with your broken eyes" (The Corrs)
Cap.54 "You made me feel like our love was not real" (Chris Brown)
Cap. 55" Give me reason, but don't give me choice" (James Blunt)
Cap.56 "Sishing to kiss you, before I rightly explode" (Jason Mraz)
Cap. 57"You see, she hides 'cause she is scared" (Red Hot Chilli Peppers)
Cap.58 ''And I don't wanna lose you" - Don't Let It Go To Waste - Matt Willis
Cap.59 ''Pois quando eu penso em você, eu não me sinto tão sozinha" - Owl City
Cap.60 "I just feel complete when you're by my side" - A Day To Remember
Cap.61 "Looking in your eyes, hoping they won't cry" - McFLY
Cap.62 PARTE I "Close your eyes, listen to my voice, I'm by your side"
Cap.63 PARTE II "Thousand miles seems far, I'd walk to you if I had no way"
Cap.64 "You and I know what this world can do" - Bruce Springsteen
Cap.65 "So much has changed, now it feels like yesterday I went away" - McFLY
Cap.66 "Cada palavra que você diz, deveria anotar. Não quero esquecê-las"
Cap.67 "Eu tenho uma última chance para encontrar a mim mesmo" - Last Chance
Cap. 68 "I forgive you for been away for far too long" - Far Away
Cap. 69 "It's been an everlasting summer since we found each other" - McFly

Cap.14 "You make it easier when life gets hard" (Lucky)

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By litrolouis

Segunda-feira se foi tão rápido quanto a terça. Meus dias se passaram tediosos, cheios de biscoitos de chocolate com leite e futebol na TV. Eu gostava bastante de suspensão, e tinha uma habilidade incrível para imitar a assinatura do meu pai, anos de prática. Sabe como é, agora eu sou um garoto independente, não preciso do meu pai para assinar bilhetes da diretora, eu posso fazer isso sozinho. Nos dois dias, eu só vi Elizabeth à noite, depois da aula de ballet dela. Comemos lanche, tomamos sorvete e ficamos juntos. Nenhum avanço muito grande foi notado, mas eu não me importava tanto assim.
Admito meu desânimo ao acordar de manhã novamente, será que a diretora não poderia estender um pouco minha suspensão? É fato que a única coisa que me motivava a ir para a escola era ver Betty e meus amigos, mas, ontem, eu e ela ficamos até bem tarde sentados na porta de sua casa estudando Álgebra, e eu confesso que nunca antes foi tão divertido estudar. Ela estava com um pijama do Smurf que não era muito sexy, uma calça branca listrada verticalmente de azul celeste, mesma cor das mangas compridas e do próprio Smurf gigante que tinha na frente. Como já disse, ele não era sexy, mas eu estava adorando soprar sua orelha e ver seus seios enrijecerem sob o algodão, nenhum sutiã para esconder absolutamente nada. É, Álgebra é uma delícia.
Terminei de me arrumar, e droga, eu odeio quarta-feira, é o dia que eu tenho menos roupa no armário, tudo está no varal. Restou-me a boxer de seda com a estampa da bandeira inglesa, ela é horrorosa e me faz sentir um mendigo. Minha autoestima baixou 80% só de me olhar no espelho com ela. Espero que ninguém a veja escapando para fora da calça, faço questão de colocar cinto hoje, e na cintura!
Perfumei-me um pouco e segui para a casa de Elizabeth levando alguns waffles com canela para comer no caminho, o suficiente para mim, Elizabeth e Ryan. Eles já estavam me esperando na calçada, talvez eu tivesse demorado um pouco. Ajudei Elizabeth a entrar depois de trocar um beijo suave com ela, sorrimos cúmplices e eu dirigi até a escola de Ryan enquanto riamos das coisas que ele dizia e comiamos os waffles preparados por Dah.
Elizabeth me perguntou da gravadora e eu admiti que estava ansioso por uma resposta, ainda não tínhamos tido nenhuma desde que enviamos o vídeo, há dois dias, mas eu estava realmente esperançoso e cheio de expectativas boas sobre isso. Assim que chegamos, direcionamo-nos ao gramado, eu não tinha falado com os garotos no dia anterior e queria vê-los.

- Hey, macacada. - Disse animado, Fangs virou o rosto na minha direção, Archie ergueu os olhos, mas Sweet Pea não se deu ao trabalho. - Bom dia para vocês também.
- Bom dia. - Elizabeth disse, sentando-se ao meu lado, sorrindo.
- Jughead, eles não nos querem. - Fangs comentou num tom decepcionado.
- Quem não nos quer? Eu já tenho compromisso e você sabe que eu deixei a homossexualidade tem um tempo. - Eu brinquei, Elizabeth riu baixo, mas os garotos não pareceram achar graça. - Do que você está falando? - Perguntei confuso.
- Ele está dizendo que a gravadora ligou e disse que somos bons, mas não temos capacidade nenhuma de ir para frente. - Sweet Pea ergueu a cabeça e eu senti o ar ir embora do meu pulmão com o tom de voz sério que ele usou.
- Está brincando? - Perguntei agarrado à minha última esperança, olhei de Fangs para Archie, dele para Sweet Pea e depois voltei a olhar para Fangs.
- Ele está dizendo a verdade. - Afirmou, apoiando a cabeça na mão.
- Eles não podem dizer isso, digo... Eles estão errados, somos bons! - Eu tentava me convencer disso enquanto sentia Elizabeth acariciar minha mão.
- Não, cara, isso é o que as pessoas dizem que somos, eles dizem isso para não nos chatear. Não somos bons, eles são profissionais e disseram que não somos capazes, o que mais você quer? - Fangs dizia magoado, sem me olhar.
- E-eu... merda. - Murmurei, soltando a mão de Elizabeth para cobrir meu rosto, eu estava totalmente desapontado.
- Legal, eu estou fora, para mim já deu. - Sweet Pea disse, batendo as mãos na mesa. - Eu vou começar a me preocupar com uma faculdade. - Disse decidido, eu apertei as palmas no rosto, soltando um suspiro longo.
- É, acho que todos devemos fazer isso, apegar-se à banda não vai nos levar a lugar nenhum. - Fangs concordou, eu apoiei os braços na mesa e os encarei de repente, vendo-nos sem saída. McFLY não tinha futuro, nós afundariamos junto se permitíssemos.
- Então, é isso? - Ouvi a voz de Elizabeth reclamar, viramo-nos confusos para ela. Suas mãos se apoiaram à mesa e ela nos encarou um a um. - É assim que vocês reagem à primeira crítica?
- Não é a primeira, Betty. - Sweet Pea disse desgostoso.
- Continua sendo bem patética a ideia de desistir. Eu sei que vocês estão um pouco desapontados agora, para baixo, mas não estamos falando de uma coisa qualquer, esse é o sonho de vocês, é a banda de vocês. Vocês precisam confiar em si mesmos antes de pedir que alguém o faça. Essa foi só uma das primeiras portas que se fechou, logo ali tem outra se abrindo, vocês vão ver. - Ela dizia usando um tom seguro. - Qual é? Vão mesmo simplesmente jogar tudo para o alto?

Ouvimos o sinal, e ainda calados, vimos Elizabeth se levantar e pegar seu material. Ela me lançou um olhar carinhoso e um sorriso confiante, tentei retribuir com algo parecido, mas não tenho certeza se funcionou. Ela se inclinou e encostou os lábios quentes em minha bochecha, fechei meus olhos, desfrutando de seu beijo, e sorri um pouco mais verdadeiro, em seguida.

- Vai ficar tudo bem. - Ela sussurrou. - Estou indo para o seu carro, te espero lá.

Eu fiquei um tempo apenas olhando-a sair. Contraí o cenho e assimilei o que ela havia dito, soltei um riso baixo e então olhei para os garotos.

- E aí?
- Acho que podemos tentar mais uma vez. - Fangs encolheu os ombros e nós nos voltamos para Sweet Pea.
- Tsc, vocês não desistem, né? - Nós permanecemos apreensivo, ele negou com a cabeça e eu suspirei. Não existem músicos como o Sweet Pea em qualquer canto. - Estou com vocês, vocês sabem. - Disse sem nos olhar, nós começamos a rir. Por outro lado, ele não era muito bom com sentimentos.
- Bom, eu vou indo. - Acenei para eles, levantando-me.
- Para onde? - Perguntou Sweet Pea confuso.
- Não sei, mas acho que a porta que está abrindo é a do meu carro, e lá eu vou ter uma boa recompensa pela fechada.

Os garotos gargalharam e eu acenei para eles, rindo antes de pegar minhas coisas e sair em direção à diretoria. Fui passando de fininho, cabisbaixo, típica expressão de camponês inocente. Mãos no bolso e tudo mais.

- Aonde vai, senhor Jones? - Ouvi a diretora questionar e meus músculos contraíram imediatamente.
- Embora. - Eu disse sem me virar.
- E por que acha que tem o direito de ir embora? - Ela perguntou, indo até a minha frente.
- Olha, diretora, eu... - Fiz minha melhor carinha de bom moço. - Minha bisavó está internada e meu pai precisou ir trabalhar, minha mãe não pode ficar sozinha no hospital e me ligou agora. - Minha mãe não gostava que eu "adoecesse" pessoas vivas, mas mortas não tinha problema, certo?
- Hum, e eu posso ligar para sua mãe confirmar? - Eu assenti.
- Vou te passar o celular dela. - Eu disse, pegando meu celular.

Passei um número absurdo à diretora e me despedi. Ela desejou melhoras a minha bisavó e eu quase ri na cara dela enquanto descia em direção ao meu carro. Eu procurei por Elizabeth com os olhos, mas ela não estava ali, e eu temi que meu esforço tivesse sido em vão, mas, assim que entrei no carro, pude vê-la deitada no banco de trás, escondendo-se da diretora. Dei risada e partida, seguindo para fora do colégio. No primeiro sinal, ela pulou para o banco da frente e afrouxou a gravata, sorridente.

- Sou eu ou você tem se tornado um pouco rebelde nos últimos dias? - Perguntei divertido, ela gargalhou.
- É você. - Disse, virando as páginas do meu estojo de CD's.
- Ótimo, estou muito confortável agora. - Brinquei, ouvindo-a rir.
- Acho que não faz mal eu sair vez ou outra já que eu nunca falto a escola. - Ela ponderou e eu assenti, concordando.
- É, acho que você é uma aluna boa o suficiente para poder faltar sem ser punida por isso. - Eu disse, olhando-a de esguelha enquanto ela colocava um CD do The Who no rádio. - Gosta?
- De quê? - Ela perguntou confusa.
- The Who. - Disse, acelerando um pouco.
- Nunca escutei. - Deu de ombros e se recostou ao banco, baixando um pouco o vidro.
- Eles são bons demais. - Eu disse, já me animando com os acordes de "I can't explain".

Got a feeling inside (Can't explain)
Sinto algo por dentro (Não consigo explicar)
It's a certain kind (Can't explain)
De um certo tipo (Não consigo explicar)
I feel hot and cold (Can't explain)
Me sinto quente e frio (Não consigo explicar)
Yeah, down in my soul, yeah (Can't explain)
Sim, desce em minha alma, sim (Não consigo explicar)

Eu comecei a cantar junto com Roger Daltrey, era incontrolável. Elizabeth sorriu e eu pude ver quando a olhei de esguelha, sorri junto e comecei a tamborilar os dedos no volante, sabendo exatamente para onde ir.

I said... (Can't explain)
Eu disse... (Não consigo explicar)
I'm feeling good now, yeah, but (Can't explain)
Eu estou me sentindo bem agora, sim, mas (Não consigo explicar)

Dizzy in the head and I'm feeling blue
Confusão na cabeça e eu estou me sentindo triste
The things you've said, well, maybe they're true
(As coisas que você disse, bem, talvez sejam verdade)
I'm gettin' funny dreams again and again
(Estou tendo sonhos engraçados de novo, e de novo)
I know what it means, but
(Eu sei o que significam, mas)

Elizabeth começou a rir quando eu comecei a imitar a voz do vocalista e a dançar com a cabeça, eu ri junto, sem deixar de cantar, apenas baixei minha janela e ergui o som.

Can't explain
(Não consigo explicar)
I think it's love
(Eu acho que é amor)
Try to say it to you
(Tento dizer isso para você)
When I feel blue
(Quando me sinto triste)

Elizabeth sorria com os olhos fechados. Seu cabelo desarrumava com o vento que entrava pela janela, o mesmo acontecia com o meu. Eu cantei mais alto, um pouco entusiasmado demais com o momento.

But I can't explain (Can't explain)
Mas eu não consigo explicar (Não consigo explicar)
Yeah, hear what I'm saying, girl (Can't explain)
Sim, ouça o que estou dizendo, garota (Não consigo explicar)

Troquei a marcha assim que entramos na estrada, cantei mais alto, enfatizando em um tom engraçado a palavra girl. Elizabeth deu uma risada gostosa e fez toda aquela performance gay valer a pena.

Dizzy in the head and I'm feeling bad
(Confusão na cabeça e estou me sentindo mal)
The things you've said have got me real mad
(As coisas que você disse me deixaram realmente maluco)
I'm gettin' funny dreams again and again
(Estou tendo sonhos engraçados de novo e de novo)
I know what it means, but
(Eu sei o que significam, mas)

Can't explain
(Não consigo explicar)
I think it's love
(Eu acho que é amor)
Try to say it to you
(Tento dizer isso para você)
When I feel blue
(Quando me sinto triste)

Eu cantava despreocupadamente e ela agora me olhava, eu sorria sentindo seus olhos sobre mim, nem um pouco constrangido com toda essa atenção, eu até gostava.

But I can't explain (Can't explain)
Mas eu não consigo explicar (Não consigo explicar)
Forgive me one more time, now (Can't explain)
Me perdoe mais uma vez, agora (Não consigo explicar)

I said I can't explain, yeah
(Eu disse que não consigo explicar, sim)
You drive me out of my mind
(Você me faz perder a razão)
Yeah, I'm the worrying kind, babe
(Sim, eu sou do tipo preocupante, querida)
I said I can't explain
(Eu disse que eu não consigo explicar)

Virei-me para ela ao dizer que era preocupante, fazendo minha melhor expressão de malandro. Ela gargalhou, deitando a cabeça para trás e eu ri junto, dobrando o carro na estrada de terra. Uma nova música começou, Anyway, Anyhow, Anywhere, tão boa quanto a anterior, mas meu entusiasmo baixou um pouco.

- Deixe-me dirigir? - Ela pediu, mordendo o lábio, virei meu rosto para ela e contraí o cenho.
- Você sabe? - Eu perguntei, levando o carro para o canto direito da estrada.
- Não. - Deu de ombros e eu a encarei, ela gargalhou. - Me ensine! - Sorriu infantilmente e eu ri.
- Ok, só não nos mate. - Eu pedi brincalhão e ela fez careta. - Venha cá. - Bati as mãos nas minhas pernas, desligando o carro.

Elizabeth riu um pouco e eu estiquei a mão para ela, ajudando-a a passar para o meu colo. Seu peso era confortável e eu gostava de tê-la no colo. Eu senti meu coração acelerar ao notar que no meio da movimentação sua saia estava encolhida nas coxas, deixando-as à minha vista. Elizabeth não pareceu perceber isso, apenas colocou as mãos no volante esperando segunda ordem, mas quem deveria dá-las estava totalmente encantado com a figura em seu colo.

- Jughead? - Ela me chamou manhosa e eu ri.
- Ok... - Baixei o volume do rádio. - Coloque o pé na embreagem. - Eu pedi e ela ficou olhando os pedais embaixo do painel. - O primeiro à esquerda. - Ela assentiu e colocou o pé sobre ele. - Pode pressionar. - Eu disse, vendo-a fazê-lo com cuidado.
- E agora? - Perguntou agitada.
- Coloque o outro no freio, no meio. - Eu disse, vendo-a seguir as regras. - Agora, gire a chave. - Ela se esticou um pouco e, por consequência, seu quadril roçou exatamente onde deveria fazê-lo, pisquei devagar e umedeci os lábios, droga!
- Pronto. - Ela disse, voltando à posição inicial.
- Agora, você solta o freio aos poucos. - Pedi, colocando a primeira na marcha e segurando a cintura dela com a mão livre. Logo que ela soltou o freio, o carro pulou para frente e morreu. Ela levou as duas mãos à boca e eu gargalhei. - Eu disse "aos poucos". - Repreendi.
- Tá, de novo. - Ela se arrumou, organizando os pés nos pedais e dando partida em seguida, então, começou a sair do lugar aos poucos, prendendo os dedos firmemente ao volante.
- Isso. - Eu disse, sorrindo.

Ela parecia contente andando a, no máximo, 20 por hora. Eu apenas ria e a assistia se divertindo enquanto controlava meus instintos, tentando meu máximo para não levar a mão em sua coxa, mesmo que meus dedos estivessem formigando de ansiedade para isso. Ajudei-a na hora de fazer a curva para seguir até a cabana, já que ela nunca tinha feito aquilo antes e poderia nos meter no meio do gramado alto ao lado direito da estrada.
Ela nos levou até a árvore que faria sombra sobre meu carro e freou bruscamente, fazendo-nos ir para frente e para trás juntos. Eu não sabia se ria ou gemia naquele momento, mas ela optou por gargalhar, então, desligou o carro e relaxou as costas contra meu peito, ainda rindo.

- É tão divertido. - Ela comentou e eu passei as mãos por sua barriga, abraçando-a contra mim.
- Nunca tinha pegado um carro? - Perguntei com os lábios encostados em sua orelha, notei que ela se arrepiou e sorri.
- Não, nunca. - Comentou, colocando as mãos sobre as minhas.
- Hum. - Eu murmurei, soltando meu cinto. - Por que não vira para mim? - Eu pedi e ela sorriu, afastando-se um pouco e me olhando. Afastei um pouco mais meu banco, deixando-nos relativamente longe do volante e possibilitando que ela se virasse.
- E se eu... esbarrar? - Mordeu o lábio e eu dei risada.
- Tudo bem, não vai acontecer. - Cobri minha virilha com as duas mãos, ela riu gostosamente e se virou com cuidado de frente para mim, apoiando seus joelhos ao lado das minhas pernas no banco. - Viu só? - Sorri, colocando as mãos em sua cintura, puxando-a com calma para mais perto, até tê-la encaixada na minha barriga. Notei a falha que ocorreu em sua respiração e sorri, erguendo a cabeça até a sua.

Ela me encarou por alguns segundos até fechar os olhos e me deixar beijá-la. Aos poucos, a má notícia da gravadora desvanecia em minha mente. Para ser mais preciso, a cada movimento de nossas línguas o mundo se tornava cada vez mais paralelo. Não havia preocupações que pudessem nos atingir ali, nada, absolutamente nada nos atingiria.
Desci as mãos pelos quadris de Elizabeth e as arrastei pelas coxas descobertas que envolviam minha cintura. Seus dedos iam e vinham em meu cabelo, terminando o trabalho do vento. Nossas línguas se envolviam de uma forma deliciosa, eu nunca havia gostado tanto de beijar uma garota como eu gostava de beijá-la.
Segurei sua gravata e aos poucos desfiz o nó. Elizabeth deixou as mãos descansarem em meu ombro enquanto eu desabotoava calmamente sua blusa. Ela já não ficava tão nervosa por eu querer tocar seus seios, de alguma forma, ela sabia que eu jamais insistiria em algo se ela não quisesse, acho que isso nos tornava cúmplices o suficiente para sabermos nosso limite.
Passei as mãos por sua barriga, sentindo-a se contrair por completo. Sua pele se mostrou eriçada sob minhas palmas e eu pressionei um pouco os dedos nas laterais de sua cintura em um ato involuntário. Nossos lábios se perderam por um segundo, mas no instante seguinte estavam perfeitamente encaixados, buscando recobrar o beijo com maior intensidade. Passei as mãos por seus ombros, levando sua camisa para trás até retirá-la por completo do tronco de Elizabeth. Desci as mãos por suas costas e ela se contorceu, aferrando-se mais a mim para fugir dos arrepios que eu causava em sua espinha com as pontas dos dedos. Sorri um pouco e deixei uma mão na lateral de sua coxa próximo a seu quadril. Fiz uma suave pressão em sua pele e mordisquei com cuidado seu lábio inferior, ouvindo-a gemer quase inaudivelmente.
Ainda sem desgrudar nossos lábios, inclinei-a para trás, então, estiquei a mão, desliguei o rádio e abri a porta ao meu lado. Joguei minhas pernas para fora e segurei as de Elizabeth firmemente em torno da minha cintura. Ela parou de beijar por uns segundos, provavelmente receosa com meus movimentos para sair do carro. Puxei a chave do contato assim que estivemos fora do veículo, fechei a porta e ativei o alarme, ainda sem abrir os olhos ou romper totalmente o beijo. Fui caminhando um pouco incerto até a porta da cabana e tentei empurrá-la, mas não funcionou, quebrei o beijo devagar para questionar, mas Elizabeth foi mais rápida.

- Na telha, em cima da porta. - Ela murmurou com os lábios colados nos meus, eu sorri e me estiquei, pegando a chave.

Sem desgrudar nossos lábios, mas de olhos abertos, eu destranquei a porta e nos coloquei dentro da cabana. Assim que fechei a porta outra vez, a escuridão nos vedou de qualquer visão ali dentro, apenas algumas frestas de luz solar entravam por defeitos na janela de madeira. De qualquer forma, o cômodo era pequeno e não tínhamos como errar o caminho até a cama. Assim que esbarrei nela, eu me inclinei com calma. Usei uma das mãos para segurar Elizabeth enquanto com a outra eu tateava o colchão, para finalmente deitá-la ali e me colocar sobre ela.
Elizabeth retirou botão por botão de suas casas e logo minha camisa estava em algum canto que eu não conseguia enxergar. Suas mãos passearam cuidadosas pelas minhas costas, como se estivessem reconhecendo cada pedaço da minha pele. Agora, em contato com sua barriga, pude notar quão morna ela estava. Isso me causou um ligeiro espasmo, por consequência, intensifiquei o beijo. Estiquei minha mão e com algum esforço alcancei seu pé, retirei suas sapatilhas, uma por vez, e me aproveitei disso para trazer suas pernas para minha cintura, de onde não deveriam ter saído.
Ouvi-a suspirar ruidosamente quando plantei um beijo molhado em sua orelha, pude senti-la estremecer abaixo de mim e sorri por isso. Meus dedos subiram até seu joelho e desceram por sua panturrilha, baixando as meias brancas por sua perna até seu pé, retirando-as ao mesmo tempo enquanto eu beijava com calma o pescoço fino de pele arrepiada naquele instante. Novamente, arrastei as mãos por suas coxas e num ato inconsciente as apertei, pressionando seu quadril contra o meu. Ouvi Elizabeth soltar um suspiro pesado e mordisquei o lóbulo de sua orelha, arranhando-o cautelosamente com os dentes. Seus dedos brevemente suados pressionaram minha pele, quase beliscando-a, se não fosse pela delicadeza com que ela agia sempre.
Elizabeth me deixou arquear seu tronco para abrir seu sutiã. Ergui-me um pouco, deixando suas costas novamente descansarem contra o colchão, e encarei seu rosto próximo ao meu. Sorri e rocei meu nariz no seu, baixando as alças do sutiã com calma até retirá-lo todo. Apoiei o cotovelo no colchão ao lado de seu corpo e passei uma mão por sua barriga até seu seio. Elizabeth se remexeu e eu massageei o que tinha em mãos, sentindo-o rígido. Suas mãos deslizaram timidamente por minha barriga, um arrepio percorreu todo meu corpo, fazendo meus poros eriçarem no mesmo instante. Sorri e baixei o rosto até sua orelha, voltando a brincar com os lábios nela e ouvindo a respiração falha de Elizabeth no meu ouvido.
Desci meus lábios por seu pescoço com ponto de chegada já decidido. Apoiei as palmas no colchão e ergui relativamente meu tronco com os lábios colados em seu colo. Brinquei com a língua entre seus seios, indo e vindo com ela antes de arrastá-la com calma até o bico. Assim que acolhi seu mamilo em minha boca, senti-o erguer-se para mim. Fiz a primeira sucção e a ouvi gemer baixo enquanto seus dedos se prendiam em meus fios de cabelo. Fechei meus olhos e brinquei com seu seio, rodeando-o com a língua e sugando com calma enquanto acariciava sua barriga.
Com os pés, empurrei meus tênis e as meias habilmente, levando minha boca até o outro seio. Elizabeth puxou meus cabelos com o primeiro roçar da minha língua e tremeu nas primeiras lambidas, mas logo se acostumava novamente com a sensação que isso tinha para ela. Senti seus dedos me tocarem abaixo do umbigo e tremi. Ela afastou a mão no mesmo instante e eu abri meus olhos para encarar seu rosto, o qual eu não conseguia ver muito bem por conta do escuro, mas soube que ela me olhava. Peguei sua mão e levei novamente até meu ventre, mostrando a ela que tudo bem se ela me acariciasse ali, tudo ótimo, eu diria.
Subi meus lábios até o pescoço dela, deixando uma trilha de saliva até abaixo de sua orelha, passei a língua por trás dela e a senti se agarrar a mim. Sorri e mordisquei a cartilagem com cuidado enquanto massageava seu seio ainda úmido. Apertei com calma e o soltei, deslizando a palma até a lateral de sua cintura, deparando-me com o zíper que mantinha a saia em seu corpo. Segurei-o um pouco inseguro e baixei um pouco, notei que Elizabeth enrijeceu e parou de se mover. Parei o que fazia e, sem perceber, também rompi os beijos em seu pescoço, ficamos os dois por alguns segundos apenas respirando pesado. Senti a mão de Elizabeth sobre a minha, ajudando-me a descer o que faltava do zíper. Sorri e desci a peça por suas pernas um pouco desajeitado pela posição, desejei que estivesse claro o suficiente para eu ver aquela cena, mas infelizmente o que eu conseguia ver era sua silhueta.
Elizabeth segurou meu rosto e colou os lábios nos meus, como se quisesse evitar que eu reparasse nela. Cedi ao beijo e senti suas pernas novamente subirem até minha cintura. O interior de suas coxas estava quente e eu suspirei por isso. Nosso beijo era quase violento, urgente. Nossas línguas se pressionavam e se envolviam ansiosas enquanto nossos corpos se roçavam por vontade própria. Eu mesmo desabotoei minha calça, mas foram as mãos de Elizabeth, com a ajuda das minhas, que a retiraram do meu corpo.
Aproveitando a movimentação, passei uma perna para o lado de fora do seu corpo e apoiei o quadril de lado no colchão, ainda mantendo-a colada em mim. Deixei meu braço sob seu corpo, suspendendo suas costas nele. Voltei a beijá-la devagar, passando minha perna entre as dela, que se pressionaram em minha coxa. Mordi seu lábio fracamente e o soltei, voltando a beijá-la em seguida. Passei os dedos por seu ventre, sentindo o breve suor acumulado ali. Arrastei com calma o polegar pelo cós de sua calcinha, pensando se deveria ou não levantá-lo. Elizabeth parecia envolvida demais para me parar, então, o autocontrole era o que estava em jogo. Deveria eu colocá-lo em risco e estragar tudo?
Se eu deveria ou não, eu realmente não sabia, mas meus dedos não pareceram se importar. Arrastei-os por sua calcinha e pude sentir o algodão umedecido. Tremi, vendo-a se contorcer diante do toque tão supercial. Nossos lábios agiam com mais força, descontando ali o que estávamos sentindo. Indo e vindo com a ponta dos dedos, Elizabeth abafava gemidos dentro da minha boca e tentava se mover, buscando um contato mais intenso, eu não podia negar, e não queria.
Com a ponta do indicador, eu passeei por sua virilha. Elizabeth parou de me beijar, ficou estática por um tempo enquanto com cuidado eu afastava sua calcinha para o lado. Ela permaneceu daquela forma, apenas com os lábios colados nos meus enquanto eu passava a ponta dos dedos superficialmente por ela. Notei que estava com a respiração presa quando, de repente, em um roçar um pouco mais íntimo, sua boca fugiu da minha e ela soltou o ar pesado, apertando os olhos. Sorri um pouco, entorpecido com tudo aquilo. Quando a ponta do meu dedo passou por uma breve saliência, eu ouvi Elizabeth soluçar e se pressionar contra mim. Sorri e voltei o dedo por ali, vendo-a gemer baixo, talvez um pouco assustada com a sensação que aquilo causava.
Encontrado o lugar exato, eu passei a brincar ali com um único dedo. Suas pernas não estavam afastadas ou coisa do tipo, ou pelo menos, não no início. Conforme eu variava a velocidade, eu podia vê-la se contorcer excitada abaixo de mim, respirando ruidosamente pela boca e com os dedos agarrados aos meus cabelos; eu certamente perderia alguns fios.
Notei um breve afastamento de suas pernas e pude aumentar em parte a intensidade dos movimentos. Elizabeth movia o quadril contra meus dois dedos que lhe acariciavam com cuidado, e então, de repente, ela prendeu a respiração e deixou escapar um gemido longo e baixo. Notei a umidade aumentar em torno dos meus dedos e soube que ela havia atingido seu ápice. Ela segurou meu pulso e afastou calmamente minha mão, sorri por essa sua atitude, e em um ato carinhoso que me apeteceu, eu beijei sua testa suada, lentamente a abracei contra mim, sorrindo feito um idiota.

- Foi bom? - Sussurrei em seu ouvido e senti ela se apertar contra mim, escondendo o rosto em meu pescoço.
- Uhum. - Resmungou constrangida e eu sorri.
- Que bom. - Eu disse sincero, acariciando a lateral de seu corpo.

Ergui um pouco minha cabeça e encostei meus lábios nos seus, chamando-a para um beijo lento. Enquanto nos beijávamos, eu sentia meu corpo latejar de tesão retido. É fato que eu estava estupidamente excitado com tudo aquilo, talvez nunca estivera tão excitado antes, e cada roçar de nosso corpo me fazia enrijecer, mas eu estava tentando me controlar, estava dando meu máximo. Porém, meu autocontrole sumiu quando os dedos de Elizabeth pousaram sobre minha ereção, ainda que por cima da boxer. Senti meu corpo todo pulsar ansioso e mordisquei seu lábio com uma força considerável, depois a olhei assustado e ela pareceu estar tanto quanto.

- Você não precisa fazer isso. - Eu disse sincero, mesmo que quisesse muito.
- Por favor. - Pediu, traguei em seco e senti seus dedos puxando minha boxer, dando espaço para a passagem de sua mão.

Tranquei a respiração sem nem perceber, ansiando o toque de seus dedos, e logo no primeiro roçar eu soltei a respiração, fechando meus olhos. Meu membro pulsou por conta própria, pedindo por mais daquilo. Abri meus olhos devagar e encarei os olhos assustados de Elizabeth enquanto a ponta de seus dedos escorregavam pela extensão da minha ereção. Ela subiu os olhos até os meus e eu senti sua respiração pesada bater contra meu rosto, eu não estava diferente.
Seus dedos finos e brevemente gélidos rodearam meu membro e fizeram uma pressão cuidadosa. Naquele instante, senti uma onda de calor preencher meu corpo, minha respiração falhou e meu corpo cedeu, derrubando-me sem forças no colchão. Ela afastou a mão e eu gemi de frustração. Olhei-a e acho que meus olhos suplicaram por si só, pois logo em seguida senti novamente o carinho receoso de sua mão. Mordi meu lábio tentando vedar os gemidos, apertei sua coxa involuntariamente enquanto mantive meu outro punho cerrado, totalmente excitado.

- Ele é quente. - Ela sussurrou surpresa enquanto conhecia cada milímetro de pele pulsante entre os dedos. - E... macio. - Disse num tom mais baixo.
- Por Deus. - Resmunguei, virando o rosto para o lado, ela novamente afastou um pouco os dedos.
- Te machuca? - Ela perguntou confusa.
- Não... Não. - Eu respondi, deixando um riso tenso escapar por meus lábios.

Seus dedos envolveram meu membro e ficaram segurando-o sem saber exatamente o que fazer. Soltei sua coxa e levei minha mão de encontro com a sua, repousei meus dedos sobre os seus e os guiei para cima e para baixo devagar, deixei-a fazer sozinha depois. Ela parecia surpresa, e nunca algo me excitou tanto como ver a inocência com que ela fazia aquilo.
Meus dedos se prenderam em sua coxa e eu apertei sua pele com certa força, eu não podia evitar. Ela aumentou um pouco a velocidade, mas ainda manteve os dedos frouxos, como se soubesse exatamente o que deveria fazer. Senti o sangue circular mais rápido pelas veias e se concentrar todo na minha virilha. Meus músculos pulsavam tensos e sedentos por alívio, eu não sabia por quanto tempo mais poderia aguentar.

- Betty, pare. - Eu pedi, sentindo que iria gozar. Ela continuou olhando para o meu rosto e movimentando sua mão, na mesma velocidade deliciosa de antes. - Betty, por favor. - Pedi, fechando meus olhos, tentando controlar o que estava prestes a acontecer, mas seu nome agora saia em formas de gemido da minha boca e eu já não conseguia pedir que ela parasse. - Mais rápido. - Sussurrei sem forças.

Em poucos segundos, o orgasmo percorreu o canal do meu membro e esgueirou-se para fora dele. Senti meu corpo tremer enquanto uma queimação gostosa envolvia toda minha virilha. Ela parou o que fazia aos poucos e eu tomei consciência do que estava acontecendo.

- Merda, Betty, eu pedi para você parar. - Eu disse exasperado, sentando-me totalmente constrangido. - Eu pedi para parar! - Disse um pouco nervoso por isso.
- Eu... só... só queria que você... sentisse o mesmo que eu. - Ela disse baixo, eu fechei meus olhos e os apertei, sentindo o movimento do colchão assim que ela se levantou e começou a se vestir.
- Desculpe-me. - Pedi, cobrindo meu rosto. - Não queria ter gritado com você, mas é que... não quero que se assuste com isso. - Eu disse sincero.

Elizabeth nada respondeu. Esfreguei meu rosto com freneticidade, procurando me acalmar para poder fazer o mesmo com ela. Senti a claridade invadir meus olhos folgadamente, comprimi-os, tentando me esquivar dos raios solares que entravam pela janela agora aberta por Elizabeth. Conforme minha visão se acostumava, aos poucos sua imagem frente à janela ficava mais nítida. Seu corpo perfeitamente contornado pelo sol, deixando-a num tom bronze. A saia colocada de qualquer jeito no quadril, amassada e dobrada em alguns pontos da barra. Sua cintura, que eu podia jurar ter sido esculpida à mão por um ótimo artista plástico, o melhor. Seus cabelos ondulados, agora desprendendo-se do coque, descansavam sem vida sobre suas costas nuas, alcançando o centro dela. Linda, essa palavra a definiria com perfeição naquele exato momento.
Olhei em torno de mim e uma careta surgiu involuntariamente em meu rosto assim que eu notei a sujeira que haviamos feito ali. Olhei para mim mesmo e meu rosto apenas se contorceu mais, quanto nojo ela deveria estar sentindo daquilo? Procurei por algo que eu pudesse usar para limpar minha barriga. Estiquei-me, já em pé, e peguei minha gravata estirada no chão, limpei o que havia em mim e ajeitei minha boxer e... Poxa vida, que vergonha, eu estou com minha boxer patriota e nem me lembrei disso.
Caminhei devagar até Elizabeth, ela permaneceu da forma em que estava. Envolvi sua cintura em meus braços e me incliquei um pouco para apoiar o queixo em sua cabeça. O sol estava enfraquecendo e se escondendo por trás de algumas nuvens escuras. Desviei os olhos do céu e os fixei na grama. Elizabeth estava imóvel em meus braços e minha mente me recriminava por ter sido tão estúpido. {Play em: All About You - McFly}

Yesterday you asked me something I thought you knew
(Ontem você me perguntou algo que achei que você soubesse)
So I told you with a smile "it's all about you"
(Então eu te disse com um sorriso "é tudo sobre você")

Eu comecei a cantar. Minha voz estava um pouco rouca e a esclareci um pouco antes de continuar. Elizabeth não se movia, apenas permaneceu em silêncio.

Then you whispered in my ear and you told me too
(Então você sussurrou em meu ouvido e me disse também)
Said "You make my life worthwhile, it's all about you"
(Disse "Você faz minha vida valer a pena, é tudo sobre você")

Eu sorri um pouco quando ela depositou suas mãos sobre as minhas, permiti então que nossos dedos se entrelaçassem. Fiz um carinho suave com os polegares e respirei fundo antes de prosseguir.

And I would answer all your wishes if you ask me too
(E eu realizaria todos seus desejos se você me pedisse)
But if you deny me one of your kisses, don't know what I'd do
(Mas se você recusar um de meus beijos, não sei o que eu faço)
So hold me close and say three words like you used to do
(Então me abrace forte e diga aquelas três palavras que você costumava dizer)
Dancing on the kitchen tiles, it's all about you... hum yeah
(Dançando no piso da cozinha, é tudo sobre você)

Eu não estava exatamente no ritmo criado para a música, estava cantando devagar para que ela entendesse cada palavra e o que cada frase significava. Pisquei devagar e suspirei, vendo a ondulação da grama causada pelas rajadas fracas de vento. Elizabeth deitou a cabeça para trás no meu peito e eu soube que ela estava me perdoando naquele momento.

And I would answer all your wishes if you ask me too
(E eu realizaria todos seus desejos se você me pedisse)
But if you deny me one of your kisses, don't know what I'd do
(Mas se você me negar um de seus beijos, eu não sei o que faria)

Baixei meu rosto próximo a seu ouvido e cantei ali, usando um tom um pouco mais engraçado. Notei um sorriso surgir em seus lábios e beijei a sua bochecha calmamente antes de apoiar o queixo em seu ombro, voltando a olhar para o lado de fora.

So... hold me close and say three words like you used to do
(Então... me abrace forte e diga três palavras que você costumava dizer)
Dancing on the kitchen tiles, yes, you make my life worthwhile
(Dançando no piso da cozinha, sim, você faz minha vida valer a pena)
So I told you with a smile... it's all about you...
(Então eu te disse com um sorriso... é tudo sobre você...)

Fechei meus olhos quando uma brisa passeou entre nós dois, intoxicando-me com o perfume doce emanado de Elizabeth. Apertei-a brevemente em meus braços, totalmente entorpecido.

It's all about... you
(É tudo sobre... você)

Sussurrei a última palavra e sorri, sentindo-a se encolher um pouco em meus braços com o rápido arrepio que causei nela por isso. Afastei-me um pouco e a virei em minha direção. Encarei seus olhos especialmente mais claros, embora úmidos e avermelhados, assim como a ponta de seu nariz e seus lábios, brevemente inchados. Ergui meu polegar até seu queixo e o deslizei por toda sua bochecha, traçando o caminho de volta que algumas lágrimas haviam feito. Abaixei meu rosto e encostei cuidadosamente minha testa à sua.

- Não chore. - Eu pedi, sentindo o coração palpitar de uma forma estranha, como se fizesse dessa forma todos meus músculos pulsarem em câmera lenta, causando um breve sufoco. - Por favor, não chore. - Implorei, segurando seu rosto, a angústia crescendo em meu peito.
- A música é linda. - Ela murmurou com a voz embargada, fechando os olhos.
- É sua. - Eu disse imediatamente, traguei a saliva, e assim que um suave sorriso surgiu em seus lábios, eu senti a garganta abrir espaço para que entrasse ar, meu coração ainda estava descompassado pela angústia anterior, mas ele se acalmaria com o tempo.

Ficamos abraçados um tempo, até ouvirmos um trovão e notarmos que não demoraria a cair chuva. Com minha gravata, limpei a mão de Elizabeth, mesmo que ela já houvesse feito em algum lugar antes. Cobri-a com minha camisa até chegarmos ao carro e ela recuperar a sua, então, fizemos o caminho de volta até a casa dela.
Elizabeth não me questionou sobre nada do que se passou, mesmo eu tendo quase certeza de que ela gostaria. Também não fiz qualquer pergunta, simplesmente deixei passar, já havia sido constrangedor o suficiente. De uma coisa eu estava certo: nunca uma brincadeira idiota valeu tanto a pena.

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