143° capítulo

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Henrique.

Depois da noite onde Maria dormiu comigo por causa do medo, achei que ela não ficaria mais brava. Mas não, ela estava muito imatura me ignorando.

Tirei satisfação com ela e depois de alguns minutos ela me apareceu com Pedro... No nosso quarto.

Não era os dois sozinhos, eu estava lá e eles queriam falar comigo.

Primeiro vieram com um papo de irmandade, eu de braços cruzados só olhando pra cara dos dois. Era só Maria quem falava.

Depois veio um monte de historinha do Pedro sobre achar Maria a sua irmã e ele dizia claramente que queria ser amigo dela e me pediu desculpas por tudo que fez. Logo depois pediu a Maria.

Achei idiota, ridículo... Mas aquilo foi de um pedido de desculpas a uma fraqueza.

Pedro disse que estava exausto, que toda a tristeza que carrega estava trancada dentro dele. Ele nunca chorou pela morte do nosso pai e não andava bem a muito tempo. Colocou a culpa na minha mãe mas de modo figurativo, dizendo que ela o trouxe pro Brasil sem ao menos antes pensar como ele se sentia em relação de deixar tudo pra trás em Portugal, seus amigos principalmente.

Eu via que ele falava a verdade, conseguia sentir por que nunca o vi assim. Maria até deu a ideia de levá-lo no doutor Mário e adivinha, ele aceitou, disse que precisava e que queria.

Os olhos deles estavam cheio de lágrimas e ele disse que se sentia fraco em relação a isso, até achou ridículo chorar por algo "bobo".

Maria claro, toda preocupada com ele falando pra ele nunca se cortar ou se matar, mas pra isso ele era maduro.

Depois pedi um momento a sós com ele e Maria saiu do quarto.

Conversamos, muito aliás, falei tudo que não queria que ele fizesse com Maria e ele disse que mesmo se fizesse, não veria maldade ou faria. Eu obviamente veria.

Estávamos bem. Aleluia.

- tudo bem? - estiquei o punho fechado a ele.

- tudo bem. - deu um sorriso dando um soquinho no meu punho.

Aí eu abri a porta e Maria caiu pra dentro do quarto.

A segurei.

- é que... - riu tímida e rimos.

- vão lá jogar. - digo e Maria sorri toda feliz.

Pedro deu um sorriso de lado e eles desceram.

Daria uma chance, uma e a primeira vacilada acabou tudo entre nós. Digo em relação a Pedro.

Da Maria não me separo por nada.

[...]

Dois dias depois...

Maria Clara.

Ontem daddy e eu tiramos um dia pra nós dois, só nós.

Daddy e eu fomos a um club muito chique. Eu me sentia pobre lá dentro.

Todo mundo com roupas e posturas chiques mas daddy disse que não precisamos nunca esbanjar que temos dinheiro por que humildade sempre vem em primeiro lugar.

Daddy pediu um quarto e não ficamos em um tão grande mas era grande o suficiente.

Era um espaço enorme, eu me sentia nos Estados Unidos. Tinha um enorme campo e ele era só para o golfe, tinha várias piscinas em uma área só pra elas, várias atividades ao lar livre, área de ginástica, yoga e fora o local de almoço, café da manhã e jantar.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now