51° capítulo

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Henrique.

3 semanas depois...

Bom, nessas 3 semanas muita coisa aconteceu.

Passeamos, almoçamos e jantamos fora, compras, lugares especiais, surpresas e um acidente.

Maria sofreu um acidente super grave, ainda mais pra mim que não suporta vê-la sentir dor.

Em um dos nossos passeios inocentes e comuns até uma pracinha local, Maria ia no mesmo brinquedo todos os dias que íamos, aquele ferro do tal pole dance, Maria disse sobre isso mas eu não prestei muita atenção. O brinquedo era um ferro que ia do chão até o telhado do castelo do escorregador, que dava pra descer sobre ele lá de cima.

Maria fazia isso todos os dias, sem nenhuma dificuldade porém em uma dessas descidas ela acabou caindo de uma altura alta e sobre o pulso.

Maria quebrou o pulso.

Nossa última semana em Orlando ela estava decidida que não passaríamos aqui, que voltaríamos pra casa por que não teria mais graça.

Não me importei, afinal tínhamos nos divertido bastante nessas três semanas.

- pronto amor. - voltei ao quarto com um pouco de suco de uva que ela pediu.

- daddy tá doendo muito. - fez cara de dor. Seu pulso esquerdo estava com uma tala rosa que imobilizava totalmente local quebrado e depois da última dor pra colocar no lugar eu não quero vê-la sentir mais nenhuma.

- eu sei meu amor, mas tu não pode tomar nenhum remédio até passar 48h. - foi o que a doutora disse pra quem é alérgica a alguns tipos de medicamentos. Isso pode afetar o osso e acabar prejudicando Maria.

- mas depois pode né? - concordei.

- sim, aí o daddy te dá um remédinho pra passar bem rápido tá bom? - concordou.

- daddy você quer ficar? - neguei, só pra não vê-la chateada de interromper a viagem mas também eu já aproveitei ao máximo aqui.

Voltando ou não, nossa vida sempre será a mesma, cheia de passeios e amor.

- voltando ou não pra casa, o daddy vai cuidar de ti e continuar saindo pra comer fora. - ela deu um sorriso, o primeiro desde ter quebrado o braço. - toma o suquinho.

Bebeu sem pausa até acabar.

- você pode colocar no criado mudo pra mim? - Maria disse com uma voz tão fofa que eu me derreti de amor.

- claro coisa mais fofa! - a beijei com cuidado colocando o copo no meu criado mudo em seguida.

- daddy você vai ter que me ajudar com tudo. Você já me ajuda mas vai ser muito difícil.

- nunca diga isso, o daddy nunca achou difícil. - sorriu. - eu gosto de cuidar do meu bebê e quero que esse bracinho se recupere logo.

- ainda mais que eu sou canhota né daddy? - concordei.

- é, ainda mais que tu é canhota. Esse é mais um motivo pelo qual tu terá que ficar em casa e não ir pra escola.

- eu posso repetir de ano? - neguei.

- não, tu tem os papéis de licença pra ficar em casa e agora esse. Não se preocupa ok? - concordou.

- vamos assistir tv? Podemos ver Rick and Morty? - eu queria dizer não ao desenho bagaceiro mas ela estava mal e nesses momentos sei que não gosta de limites ou regras.

- tudo bem. - digo, colocando.

Sei que Maria tem idade pra esse tipo de conteúdo mas ela ainda não entende a gravidade de nenhum deles e eu não sei oque pode acontecer. Talvez ela comece a falar os palavrões com frequência ou siga o jeito como os personagens se xingam e acaba fazendo o mesmo quando alguém intimidar ela.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora