138° capítulo

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Matheus.

Uau!

Já faziam um mês que eu estava nos Estados Unidos, conheci uma brasileira aqui, a Priscila. Ela é totalmente perfeita e...

Estava comendo somente ela, mesmo que a gente não fosse nada.

Então... Dois adultos, sem camisinha, aí enjôos.

É, vou ser pai.

Primeiramente isso bateu como um soco na minha cara, segundo, passei dois dias pensando sobre isso e cheguei a conclusão de que precisava, precisava de um filho pra alegrar os dias que eu teria de luto. Era óbvio que perderia o meu pai em pouco tempo. Ao menos teria onde enfiar a cabeça quando estivesse triste.

Teria algo meu, algo com o meu sobrenome. Algo com o meu rosto... Algo meu e de Priscila.

Ontem fiz uma surpresa pra ela.

Sabe, ela não é uma mulher que fica com qualquer um. Pelo contrário, Priscila é alta, como eu, é inteligente e está aqui em seu intercâmbio, ela queria fazer faculdade de sociologia e está aqui pra isso.

Fora isso, o cabelo preto até o meio das costas, suas pernas compridas e brancas e o jeito como sorri. Tudo nela me agrada.

Ela ama ler, filmes de comédia e romance e sabe fazer um delicioso prato vegano, mas ela não é, só gosta da receita.

Ela chorou tanto ao descobrir que estava grávida de mim e disse que não tinha coragem de fazer mal a uma vida, ela não queria tirar o bebê. Eu jurei que seria um bom pai e um pai presente e que nunca a deixaria e ela chorou mais ainda por que tinha 24 anos, estava longe de casa e eu fui o seu segundo relacionamento.

Pri, como gosta de ser chamada, me conheceu no centro da cidade, estava visitando um museu e por incrível que pareça eu estava lá, mal ainda, só queria um lugar de paz que não fosse o hotel barulhento que eu estava hospedado.

E o meu lado "foda-se" me fez chamá-la pra sair.

Sério, eu só queria ter um jantar qualquer e ir pro hotel com ela, mas Priscila... Seu jeito, seu sorriso... Seu conhecimento em assuntos inteligentes.

Fora o seu lado tímido que me fez gostar mais ainda dela.

Era só um mês, um mês ao seu lado, quatro dias por semana por pouco tempo por dia por causa da sua faculdade.

Ela era inteligente, perfeita.

Estava completamente apaixonado.

A surpresa de ontem foi bem difícil de fazer, nunca me declarei para uma pessoa, nunca quis me declarar sem ser real. Mas parecia real. É real.

Eu comprei flores, dois livros que ela falava tanto sobre, vinho, preparei um jantar a luz de velas e tentei cozinhar algo, oque não colou. Tudo isso na casa dela, que tive que invadir mas ela me perdôo, mais tarde rimos disso.

Ela amou, amou o anel que eu comprei pra ela e aceitou meu pedido de namoro. Ela disse que seu pai ficaria uma fera e que talvez teríamos que casar.

Mas e daí? Teria um filho com a mulher certa, com ela. Não era uma qualquer, era uma mulher inteligente, uma pessoa boa que aos sábados se dedicada aos animais, que ficavam na praça para serem adotados e ela era voluntária para cuidar deles.

Se existe uma pessoa melhor eu não quero conhecer, já encontrei a minha.

[...]

Estava triste, era noite e Priscila já havia me dado um "boa noite papai". Sorri por horas com aquilo.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now