49° capítulo

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Henrique.

O relógio marcavam 6h.

Ontem depois daquela fodinha com direito a uma soneca longa, eu e Maria repetimos isso pelo resto do dia inteiro. No banheiro, na cama, no closet e até na varanda a noite. Quando não tinha ninguém olhando.

O que esquenta o fogo na gente não é o lugar e sim o momento, os pensamentos em saber que vai ser gostoso de qualquer forma.

Maria não se importava se nos pegariamos ou se nos ouviriamos, mas fiquei com um certo sentimento de pura raiva com ela dizendo que tava crescida e que eu não tinha que me preocupar se tava metendo forte ou machucando.

Tudo bem, ela tem todo o direito do mundo de crescer e não vai ser eu que vou tirar isso dela e muito menos alguém, porém eu não me conformo. Usa coisas de criança e age como uma, eu gosto desse jeitinho, mas lá no fundo ela e eu sabemos o quão mulher ela é.

Enfim, eu realmente tava incomodando com essa mudança mas não a ponto de olhar pra ela e sentir raiva, pelo contrário, vê-la dormir... Aquele rostinho lindo que eu nunca vi em nenhuma outra mulher...

É única.

É minha.

Só minha.

E eu a amo.

Coloco a camisa, só faltava ela por ser uma blusa social de manga curta e preta. Não queria amassar o trabalho que Maria fez ontem antes de dormimos, ela quis passar minha camisa pra eu não ir todo desajeitado assinar os papéis da casa que dizem que eu devo cuidar e arcar com algum tipo de prejuízo.

Como seria rápido, e eu esperava que fosse, falei ontem pra Maria que eu iria cedo e que não era pra sair de jeito nenhum do hotel. Ela obedeceu, disse que apenas pediria o café da manhã caso eu não chegasse e eu me senti um pouco preocupado, muita das vezes Maria não sabe como agir e talvez levante e não troque a roupa que ela tá, um pijama curtíssimo, e abra a porta pegando o café da manhã com um homem adulto.

Não que eu divide dos bons funcionários do hotel mas eu não confio num olhar de cima a baixo em uma menina. E qualquer homem faz isso.

Depois de muito pensar eu acabei saindo, trancando a porta sabendo que Maria tinha uma chave. Além disso deixei vários bilhetes, todos bem importantes.

Troque de roupa,
Arrume o cabelo,
Não peça besteira,
Liguei pro daddy quando acordar,
Não saia até eu voltar.

Deixei sobre o meu criado mudo e o seu, colado no espelho do banheiro e na porta.

Ela entende que é pro seu bem.

Maria Clara.

Acordo com muito calor, calor que me deu sede. Me levanto e calço o meu chinelo holográfico, seguindo logo após pro frigobar e pegando uma garrafinha de água.

Percebi que daddy não estava, já deve ter saído pra ver a casa.

Tinha um bilhete na porta do nosso quarto, do lado de dentro obviamente. Vou até lá e dizia "Não saia até eu voltar".

Daddy, daddy.

Eu obedeço.

Além disso no espelho do banheiro tinha outro: "arrume o cabelo, troque de roupa".

Assim fiz, colocando uma roupa de verão e confortável, que era um vestido listrado justo de ombro a ombro. Quando fui arrumar a cama achei outro bilhete no criado mudo do daddy: "não peça besteira".

Aff daddy.

- meu deus quantos bilhetes. - digo após achar outro no meu criado mudo: "ligue pro daddy quando acordar".

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1حيث تعيش القصص. اكتشف الآن