• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1

104° capítulo

Henrique.

Era por volta de 18h da noite.

Maria ainda dormia e o meu celular tocou.

Era Cida, falando que aquele caus todo ontem a noite quando eu levei Maria no hospital, foi por causa de um acidente.

Quem provocou o acidente?

Um grupo de adolescentes bêbados que haviam acabado de sair de uma festa.

Entre eles, Beatriz e Luiza.

Eu estava sem chão. Tanto por saber que o estado grave da minha irmã poderia se estender quanto por Maria, que sofreria mais do que eu.

- daddy. - limpei o rosto, chorava sem saber oque fazer, não sabia se ia e deixava Maria aqui ou se ficava e tentava esconder isso dela.

- oi meu amor. - me virei e sorri. - deu de dormir né? - ela me olhou estranho.

- sonhei que a Bia voltou, ela voltou? Eu ouvi a voz dela. - ah meu deus.

Comecei a chorar, era difícil parar.

- daddy oque houve? - neguei tentando parar.

- nada, nada não. Tu tá aqui comigo. - abracei ela. - obrigado Deus por manter ela em segurança todos os dias.

Eu admito, estava chorando igual um bebê e não era pouco.

- daddy eu vou chorar também. - pegou o meu rosto, que estava no seu colo. - não chora por favor. - disse ela me dando carinho.

Como isso é bom, por isso que quando a situação é ao contrário ela para de chorar na hora.

- promete pra mim que sempre vai dizer onde está? Promete? - ela concordou rápido.

- eu prometo. - sorriu.

Me sentei na sua frente e respirei fundo.

- você tá chorando igual a Maria. - rimos e ela limpou o meu rosto. - oque aconteceu? - como eu explicaria?

Ah meu deus!

- sabe ontem quando vimos aquele acidente? - nossa que horrível dizer isso mas como posso esconder isso dela?

- sim, vários carros bateram. - eram tantos, e todos bateram naqueles adolescentes. - mais oque tem? - olhei pra baixo e decidi que falaria.

Fiz um trato, sem esconder nada nunca mais.

- um grupo de adolescentes provocaram o acidente. - Maria fez uma carinha.

- ah daddy, que horror. - colocou as mãos na boca. - mais eu não vou fazer isso, nunca vou em uma festa e sair sem te avisar. - ela estava sorrindo e a cada vez que eu demorava a dizer, mais a angústia aumentava.

- Beatriz e Luiza estavam entre os jovens.

Maria paralisou naquele momento mas chorou por muito tempo, batia em mim quando eu tentava abraça-la e implorava quando pedia pra ir pro hospital.

Eu não respondia nada, não conseguia.

Como que alguém que já perdeu várias pessoas na vida reage a isso?

Sei que as meninas não morreram mas pelo que Cida disse...

Deus o livre mas elas vão viver sim.

Luiza narrando.

Eu estava tão linda fala sério.

- vamos tirar uma foto gente, vemmmm. - chamei todo mundo.

Luiza Guimarães.