118° capítulo

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Henrique.

Havia acordado cedo, estava cansado mas não consegui mais dormir. A medida em que pensava no pai da Maria e no seu tumor, mais preocupado e desorientado eu ficava.

Queria dizer a Maria sobre a situação, abraça-la e dizer que vai ficar tudo bem.

Mas eu não conseguia, por que se ele fosse diferente nada disso iria tá acontecendo. Eu teria dito a ela logo.

Já eram 7:30, Maria já estava em pé desde cedo também, havia ficado com dor de barriga.

Que em outros códigos é a ansiedade dela.

- mor? - bati na porta, ela havia fechado por estar com vergonha.

- pode entrar, eu já acabei. - a porta estava entre aberta.

- vamos tomar café? Hum? - ela penteava o cabelo quando concordou.

- daddy... Você acha que vão gostar do brownie? - sorri.

- quem não gosta do brownie da Maria? - ela sorriu. - e se não gostarem é mentira, por que é muito bom. - sorriu novamente e largou a escova de cabelo na pia. - vamo? - concordou.

Maria usava o short saia da escola, estava curto mas não aparecia nada. A blusa era da escola também mas de manga comprida por ela estar com frio.

- daddy, podemos descer devagar pra ver se vai doer? - concordei.

- devagar então. - digo sentindo ela pegar o meu braço com as duas mãos.

- é que dói. - fez cara de dor parando no segundo degrau.

- dói por que tu coloca todo o peso em uma só perna quando vai descer meu amor. - não tinha como não colocar.

- não consigo daddy, tá doendo muito. - ergueu os braços a mim e eu peguei ela no colo. - desculpa.

- ei, tá tudo bem.

- você vai ter que me carregar sempre. - sorri.

- pra mim isso não é problema nenhum. - chegamos lá em baixo e eu desci ela do meu colo. - não se preocupa tá bom? - dei carinho a ela e a mesma concordou.

- pão de queijo? - perguntou feliz.

- ainda tinha no congelador. - Maria foi indo pra mesa e eu fui pegar sua caneca.

- daddy não quero Nescau.

- não? - olhei pra ela. - suco então? - ela pensou. - tem que tomar alguma coisa que vai te deixar com energia meu amor.

- água? - me olhou com uma carinha. - é que tô com medo de ficar com dor de barriga. - sorri.

- tá bom. - queria dizer não e força-la a tomar o Nescau ou o suco, de preferência os dois. Mas não queria ser grosso.

Peguei água e o meu café e levei a mesa.

Tinha pão de queijo, pão de sanduíche, queijo, presunto e o brownie da Maria que sobrou bastante.

- hoje a tia Vera não vai vim meu amor. - me sentei a mesa.

- por que? Quem vai me ajudar?

- o daddy vem mais cedo, te busco na escola e depois não vou precisar voltar. - ela abriu um sorrisão.

- ebaaaa! - ri.

Maria ficou nessa felicidade o café da manhã todo. Como os pães de queijo eram bolinhas pequenas e a comida favorita da Maria, ela comeu todos os que eu assei, era muitos. Não reclamei, afinal, ela estava comendo e isso é o importante.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now