27° capítulo

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Maria Clara.

- a cirurgia foi um sucesso e você agora está bem. - eu estava fraca e tinha várias agulhas pelo meu braço.

- sem tumor? - pergunto calmamente a Cida.

- sem tumor e sem nada além de notícias boas. - sorri fraco.

Eu havia arrecem acordado, Cida me disse que eu dormi por 26h por conta dos medicamentos e que agora estava bem mas precisava descansar mais.

Mal posso esperar pra ver o daddy.

- Maria eu sei que você deve estar muito preocupada com o Henrique mas ele está bem. Ele reagiu.

- como assim? - tento ser mais rápida em dizer a frase mas não adiantou muito.

- não faça esforços, tá tudo bem. Henrique ainda não acordou mas ele reagiu bem aos nossos procedimentos, logo tudo estará no seu devido lugar. - eu queria muito poder abraça-lo e vê-lo sorrir por eu ter acordado mas eu tinha era muita preocupação, talvez daddy não acordasse e se isso acontecer a minha vida toda será destruída. - bom, agora descanse mais um pouco que daqui a pouco eu volto com a sua comida. - Cida arrumou o meu cobertor de unicórnio sobre o meu corpo.

- vai ficar uma cicatriz em mim? - pergunto um pouco aflita.

- bom, as outras duas cicatrizes da sua última cirurgia ilegal ainda estão meio rosadas por serem recentes, mas essa não te deixara com uma cicatriz muito visível. Vai ser mais como uma linha pequena na diagonal. - assenti menos aflita. - agora descanse mais um pouco, ainda está fraga e falta pouco pra acabar o seu jejum. - Cida rearrumou minha coberta e ajeitou o meu travesseiro pra que eu me sentisse confortável. - durma bem meu amor. - ela me deu um beijo e saiu do quarto em seguida.

Eu fechei os olhos, desejava dormir e consegui.

No sonho:

Eu estava entrando em uma papelaria com outras coisas além de material escolar, era enorme.

Vejo as prateleiras com muita facilidade por elas estarem ao meu dispor. O que me impedia de andar eram as pessoas, tinha bastante gente por ali e entrava mais a cada segundo.

Fui pra um corredor menos cheio, era de cadernos pequenos, agendas e coisas de escritório. Me vi perdida no meio de tanta cor neutra que decidi dar uma olhada mais de perto.

Porém o cheiro, a sensação e o desconforto de sentir alguém atrás de mim, me fizeram sorrir sem nem mesmo me virar.

O seu perfume era forte e masculino, penetrava o meu nariz de forma delicada me fazendo aspirar o seu cheiro até o meu peito subir.

Mas eu ouvi a sua voz e sai da transe.

- com licença, posso pegar um desses? - eu segurava justamente uma agenda preta e imediatamente pra não ser tão grossa peguei outra em mãos e entreguei a ele. - Obrigado. - assim que meus olhos subiram ao seu rosto.. quando eu olhei aqueles olhos penetrantes não pude mais desviar o olhar.

Era o Henrique, de terno e com um sorriso perfeito.

- prazer, Henrique. - ele não me conhece?

Ok.

- Maria Clara. - ele apertou a minha mão mais não soltou enquanto ainda me olhava.

- já tá tarde pra você tá andando por aí sozinha. - estava escurecendo mas eu morava com a minha avó aqui pertinho.

- eu sei mais não moro longe.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now