57° capítulo

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Henrique.

Me levanto com cuidado, Maria dormia em cima de mim. Literalmente em cima de mim.

Mas consegui sair com muito esforço de baixo dela.

Não queria acorda-la.

Hoje era dia de aula, porém, eu deixarei Maria faltar.

Claro, eu sou responsável e antes de decidir isso eu chequei os horários das suas aulas e a agenda da Maria. Não tinha prova ou algo importante.

Depois ela pede o caderno de alguém.

Ou nos dias de hoje: tira foto do caderno.

O motivo pelo qual eu decidi deixá-la em casa é que o parquinho da Maria chegou.

Mas não é só isso, eu avisei o senhor do pet shop para deixar o bichinhos lá até eu organizar tudo e adaptar. Ele aceitou numa boa e eu assinei um papel da compra. Se não conseguir ir hoje, irei amanhã.

Normalmente Maria diria "daddy, vamos adotar". Adotar seria melhor pois comprar é bem diferente. Porém, oque me levou a comprar foi o motivo de que eram animais de raça e muito bem cuidados.

Eu apenas quero vê-la feliz.

Caso ela queira adotar eu estarei de acordo.

Tomo um banho rápido, com a porta fechada para não acorda-la. Nisso o meu celular toca e eu corro pra atender. Estava no meu criado mudo mas Maria nem se mexeu.

Recusei a chamada por ver que era o porteiro mas assim que sai do quarto eu retornei.

Era apenas a liberação para alguém entrar. Esse alguém eram os especialistas em projetar algo como um parquinho em um quintal.

Me vesti e já estava lá para recebê-los.

* * *

Subo ao quarto por perceber que aqueles homens já estavam a bastante tempo ali e que Maria não tinha decido nenhuma vez pra cozinha.

Porém chegando no quarto ela não estava na cama. Ah meu deus! Será que ela desceu e viu?

- amor? - chamo trancando a porta após entrar.

- daddy você não me chamou! - ela estava vestida com uma calça jeans e a blusa da escola. Comecei a rir. - não ri, hoje eu e as meninas tínhamos combinado de um piquenique. - ela cruzou os braços, a pose de durona ficou um bom tempo até ela falar "piquenique" aí começou a chorar.

- Maria. - fui até ela. A mesma chorava. - o mundo não vai acabar. - digo e dou uma risada.

Porém me senti mal em interromper algo que ela deve ter planejado com tanta paciência pra ficar perfeito.

- é que... Você não me chamou. - ri.

- olha só, sabe por que eu não te chamei? - ergui o seu rostinho ao meu. Ela negou. - por que hoje eu tenho... Deixa eu ver. - fingi pensar. - duas surpresas pra ti e mais uma que você vai escolher a dedo mais tarde ou amanhã. - ela ainda tinha o mesmo rostinho mas um brilho nos olhos. - oque? Não quer? Tudo bem eu posso dizer pra eles irem embora. - soltei o seu rostinho.

- eles quem? - segurou o meu braço quando eu fingi que ia sair.

- os homens que eu contratei pra construir o teu parquinho. - aquilo foi a melhor sensação do mundo.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now