52° capitulo

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Henrique.

Já era meia noite, eu andava de vagar até o nosso quarto na nossa casa no Brasil.

O vôo atrasou como sempre, demorou a chegar e Maria tinha passado o dia todo acordada.

Subo as escadas com cautela pra não acorda-la, a mesma no meu colo dormia profundamente.

Nosso quarto estava limpo, a moça que vem toda semana o deixou em ótimo estado.

Puxo o cobertor com toda a agilidade por estar acostumado a fazer isso mesmo com Maria no colo. Deito ela sobre a cama e começo a despi-la por estar de casaco e tênis.

Tiro o casaco, o tênis e a calça jeans, deixando ela com a blusa do BTS que compramos nos Estados Unidos, a sua calcinha e as meias.

Depois desço tirando as malas do carro e levando pra sala mesmo.

Tadinha, eu sinto tanta pena dela as vezes. Era pra ser uma viagem alegre, legal... Mas aí Pedro estragou tudo, abuso é algo sério, mesmo que não cometido com sexo continua sendo sério, aí depois o pulso dela e ontem Maria não tava se sentindo bem, dor de cabeça e ficou gripada.

Subo pro quarto depois de trancar a porta e tomo um banho rápido, saindo e colocando uma bermuda como de costume. Maria tava suando e eu lembrei que ela odeia dormir assim, com o cabelo solto grudando no rosto e suada.

Com cuidado eu tentei fazer um coque no seu cabelo, não ficou o mais perfeito mas pelo menos não atrapalhava ela, no fim ela nem cortou o cabelo como queria ter feito.

Tirei um dos cobertores e decidi não ligar o ar por conta da gripe dela, deve até ser isso, sempre ligamos o ar.

Mas a fonte de tanto suor era a blusa que ela usava, era grossa e quente. Resolvi tirar.

Com todo cuidado pra não acorda-la.

Encarei Maria semi nua e peguei uma blusinha simples e a vesti. Tava tão cansada que nem se mexeu ou resmungou.

Me deitei ao seu lado e dormi abracadinho a ela.

De manhã, 9h.

Me viro pro outro lado e isso me faz acordar. A luz da rua invadia o quarto mas não de forma exagerada.

Maria dormia ainda.

Me levanto e sigo pro banheiro fazendo as necessidades de sempre, depois troco de roupa e decido ir no mercado.

Vou deixar Maria em casa e avisar o porteiro, por algum motivo aqui eu não tenho medo de deixá-la sozinha, a vizinhança é amigável e acolhedora. Porém o vizinho da frente cuida muito a Maria e não só ela e sim outras mulheres também, quase me convenci de ser só um daqueles tarados mas nunca devemos parar de desconfiar.

Deixo bilhetes pela casa como sempre faço e um deles dizia pra ela me ligar.

Logo saio de casa.

Maria Clara.

Abro os olhos, suando.

- daddy... Você tá aqui? - meu pulso tava dolorido e com marca da cama, provavelmente eu dormi sobre ele.

Nossa doía muito.

- daddy? - cocei os olhos e me levantei seguindo pro banheiro.

Meu deus! Eu tô em casa!

- ebaaaaaaaaaa! Que saudade banheiro! Olha, minhas coisas estão aqui! O meu patinho ainda tá no box! Aaaaah tô feliz. - queria abraçar o banheiro mas não tinha como.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora