12° capítulo

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Henrique

Estaciono o carro na garagem e entro em casa.

Já na sala Maria dormia com suas amigas, eram 00:30 e a casa estava uma bagunça.

Atravesso a fortaleza de colchões, travesseiros e cobertas e Maria acorda.

- você chegou. - disse com voz de sono se levantando. Fiz gesto pra ela não fazer barulho e ela veio até mim. Subimos lá pra cima.

- comeram? - perguntei tirando o casaco.

- sim. - Maria se deitou na nossa cama fechando os olhos.

- mor.. tem que dormir lá. - a mesma se sentou, bocejando e se levantando.

- te amo. - me beijou. - chama agente amanhã.

- tá bom, boa noite. - apertei a sua cintura e beijei o topo da sua cabeça.

Maria desceu pra sala. As vezes fico tão orgulhoso dela e outras vezes não. Não por que ela é do jeito que é, mas por que eu tenho certeza que não fizeram trabalho nenhum e Maria mentiu pra mim.

Depois de tomar banho e me contentar apenas com as minhas mãos, já que Maria não estava e eu estava tão acostumado a fode-la, sai do banho e me deitei.

Nisso pensei no pai da Maria, que está disponível pra ter uma reunião comigo, só não sei oque fazer.

No outro dia..

Sai bem cedo e coloquei o despertador da Maria pra despertar em uma hora que ela e as amigas consigam acordar e não perder a van que viria cedo. Não estarei em casa pra chamá-las.

Preciso falar com o pai da Maria por que sei que, de alguma forma, estou sendo seguido. Não é de hoje que isso acontece e o meu medo é de perder a minha menina, não sei como ela ta quando não estamos juntos. Eu me preocupo.

- só abrimos a noite.. - uma mulher com mini roupas apareceu me apalpando quando eu cheguei em uma das casas de putero do pai da Maria.

- que isso?! Pra homens lindos nós abrimos uma exceção. - veio outra.

- ah não, eu sou casado, vim mesmo pra falar com o senhor.. - pra falar a verdade eu nem sei o nome do pai da Maria. - o chefe de vocês.

- ah claro, ele está na sala dele, vem eu te levo lá. - segui ela.

Não era terça, não tinha como saber se ele me receberia mas eu queria muito interromper oque ele acha que tá fazendo pra me atingir.

Quando entro na sala, logo de cara, o vejo em seu computador, a moça sai e quando ele me vê se alonga pra trás e me olha com um sorriso orgulhoso. Era como se esperasse que eu viria.

- eu esperava por você. - leu meus pensamentos e se levantou todo convencido. Foi até a mesa no canto da sala e serviu dois copos de whisky. - tá aproveitando a minha filha?

Isso foi o cúmulo, eu voaria nele.

Ele ri e eu pego o copo de sua mão com força de raiva.

- eu cuido dela, diferente de muitos. - ele voltou pra sua cadeira se sentando e ofereceu a que estava a sua frente para eu me sentar mas eu estava puto.

- eu cuidei dela. - falou e eu ri.

- deixando ela aqui? No meio disso? - ele assentiu confiante.

- por que não? A mãe dela era uma puta.. Maria também será..

Bato o copo e o punho na mesa.

- você fecha essa sua boca pra falar da minha Maria! - não gritei, porém falei alto e apontei o dedo na cara dele.

Não quero voltar pra casa com o olho roxo e ter que me explicar pra Maria ou mentir pra ela.. não que eu não saiba brigar mas já na entrada tinha alguns seguranças fortes.

- sua Maria? Que eu saiba ela é menor de idade, você tem a guarda dela? - olho puto pra ele. - foi o que eu pensei. Além de poder pegá-la de volta eu posso te colocar atrás das grades por estupro.

Estupro? Eu nunca faria isso com Maria, ela que me atiça e mesmo assim, nunca forcei nada.

- eu nunca seria capaz disso, nunca, ainda mais com Maria. - expliquei mas o sorriso falso na cara dele não deixava ele ligar pra isso.

- então por que tá aqui?

- quero que pare de me seguir e deixe Maria em paz! - ele continua com aquela cara.

- e o que eu ganho com isso?

- oque você quer? - ele se ajeita na cadeira e sorri pra mim.

- quero Maria. - oque?! Olho pra ele confuso e bravo.

- Maria é minha!

- então é bom fode-la? - nessa hora tudo que eu imaginava era o meu punho socando a cara desse velho filho da puta.

- VOCÊ TA LOUCO?! - dou a volta na mesa dele pronto pra bate-lo mas antes que isso acontecesse ele puxou uma arma não sei da onde.

- olha que além de ter Maria aqui eu posso te matar. - ameaçou.

Me afastei aos poucos.

Eu não podia fazer nada, não tinha como fazer, ele me mataria e eu nunca saberia como Maria estaria. Quando a mãe dela morreu ele não ficou com a guarda, Maria chegou a morar um tempo com a vó dela mas a mesma morreu e era ela que tinha a guarda de Maria. Depois disso Maria foi obrigada a morar com o pai que, a deixava ficar a noite inteira acordada nas festas vendo todo mundo se pegando e fazendo striptease.

Isso é o cúmulo, Maria não pode voltar pra cá, é só uma criança, mesmo que ela já tenha visto e feito quase tudo, mesmo assim. Isso é errado e eu não admito de jeito nenhum.

E o pior é que não posso interferir, não posso simplesmente agir como se nada acontecesse, tenho medo, não posso perder a minha menina, minha mulher! Oque eu vou fazer.

*Sorry pelo atraso



• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1On viuen les histories. Descobreix ara