140° capítulo

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Maria Clara.

SEXTA-FEIRA!

Ah meu Deus é sexta!

A corrida!

Becca e eu estávamos nos preparando, ela correria também. Karla era nítido que não servia pra isso, não tinha nada a ver com o seu corpo ou estilo, ela só disse que detestava amarrar o cabelo e correr igual uma doida pra nada.

Coloquei o top preto e o short leve preto também. Becca fez o mesmo.

- ai.. boa sorte. - era Cheli. Seu tom de voz normal.

- boa sorte também. - fui gentil e dei um sorriso gentil.

- é que.. não quero que aquela escola idiota vença. - sorri. Entendi o seu ponto de vista.

Eu era boa.

A gente não demorou muito até ir pra quadra.

Adivinha! Pedrinho veio!

Estavam todos aqui, sentados em lugares ótimos. Daddy estava em pé acenando pra mim. Cheli viu.

- quem é? Seu irmão? - riu.

- meu namorado. - ela tirou o sorriso do rosto e puxou o pé pra trás até a bunda, alongando ele.

- então não tem motivos pra ficar no meu caminho. - levei a mão direita até o pé esquerdo, sem dobrar os joelhos.

- eu nunca fiz isso. - agora a mão esquerda até o direito.

- estava no meu closet.

- fugindo de alguém.

- saiu quando eu estava prestes...

- eu senti vontade de vomitar. - me levantei e encarei ela. - oque pra você é normal fazer algo tão íntimo com alguém com o mesmo DNA que o seu, pra mim é algo totalmente fora do normal. - eu dei as costas mas não sai dali.

- acha que os filhos de Adão e Eva fizeram oque pra se reproduzir? - eu nunca... Pensei nisso. - cai na real Maria, somos manipulados por nossas mentes, o que te dá prazer é o que te importa. E CD é só um garoto com um pênis, apenas isso. Nunca o chamei de irmão, nunca tivemos esse negócio de amor de irmão ou insistindo de irmão. É como se ele fosse só o filho da empregada. - uau, é assim que ela o vê? Como um qualquer?

- de qualquer forma, ele é todo seu e é seu problema. - eu queria não me distrair com esse tipo de coisa.

- bom... Pelo menos seu namorado veio. - a olhei, preocupada.

Cheli disse de algum jeito melancólico.

- aposto que ele é ocupado mas quando se trata de você ele sempre está lá.

- é, ele é assim mesmo. - digo olhando pra ela.

- seu pai não é um dono de iates que vive dentro de um ou em colunas compostas com empresários e vinhos. Se ao menos ele estivesse aqui. - eu senti pena, confesso.

- olha Cheli, se serve de consolo... Meu pai nunca foi presente também e minha mãe não está mais aqui. Eu só tenho o meu namorado e a família dele, e eu consigo suportar. Você também vai conseguir. - toquei nela e sorri. - só... Não liga, corre atrás dos seus sonhos. - ela sorriu.

- meus sonhos são viver longe de todos eles. - a olhei. - só eu, CD e uma olha deserta. - uau.

A treinadora veio até nós e eu não pode dizer mais nada a Cheli.

Pelo contrário, não iria mais por que depois que a treinadora disse em alto e bom som que a campeã estaria nos olhares dos olheiros que vieram nos assistir, ela teria mais chances de novas boas escolas e faculdades.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now