120° capítulo

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Maria Clara.

1 semana depois...

Estava feliz mas a semana toda fiquei triste. Daddy tentava me animar mas tinha vezes que ele nem tentava por que sabia que não ia conseguir.

Uma semana sem ir a escola, no momento não estou matriculada em nenhuma e estou estudando em casa, mas daddy tá vendo isso.

Já que aprendi a descer as escadas sozinhas, daddy dispensou a tia Vera, fiquei triste mas também o seu netinho tinha acabado de nascer e acho que ela tem que dar mais atenção a ele.

E falando em tia, tia Cris falou comigo essa semana todinha, me aconselhou e percebi que tudo que eu precisava era do abraço dela, um abraço de mãe.

Agora são 11h. Daddy vem às 13h.

Fiz o almoço, tinha bife, arroz, feijão e batata então obviamente eu ia fazer isso.

Fiz bastante batata frita pra ficar comendo até o daddy chegar.

Meu lanche da escola já acabou todo por que eu comi a semana toda, então não tem nada de doce em casa.

De repente meu celular começou a tocar e eu estava comendo mas atendi.

- alô, é a Maria Clara. - continuei comendo, ninguém falava nada. - alô? - fiquei confusa.

- o-oi... - larguei a batata da mão imediatamente.

- é-é você?... É VOCÊ! AH MEU DEUS!

Henrique.

Saio do trabalho e vou direto pra casa, passando no caminho e pegando um refrigerante pro almoço, tenho certeza que Maria fez por que é a única coisa que ela tá fazendo nessa semana toda, nem banho ela se anima a tomar.

Mas ao chegar em casa, o cheiro de gás que estava na garagem me fez perceber que tinha algo de errado. Eu corri pra dentro de casa, tinha tanta fumaça e o fogo estava ligado com uma panela em cima. Corri pra desligar e o alarme de incêndio já tocava.

Era um panela com arroz.

Meu deus cadê a Maria!

- Maria... - fui lá pra cima. - Maria! - ela não estava, tinha coisas sobre a cama, seu cofrinho estava quebrado mas ainda tinha dinheiro ali, oque significa que ela pegou um pouco... Ou alguém.

Liguei pro celular dela enquanto olhava a casa toda. Nenhum sinal dela.

E ela não atendia.

Liguei pra minha mãe, ela estava no hotel.

- meu deus Maria Clara... - meu coração estava a mil.

Onde uma garota com a perna quebrada pode ir? Meu deus onde?

Liguei pra polícia.

- delegacia de São Paulo qual sua emergência?

- é... Uma garota sumiu... Minha namorada... Ela é baixinha, tem 16 anos, tá com perna quebrada e se chama Maria Clara. - naquele ponto eu estava no ápice do nervosismo. Chegava a tremer.

- quando ela sumiu?

- eu não sei eu acabei de chegar em casa e ela não estava... Ela nunca sai meu deus. - queria chorar mas estava tão nervoso que só tinha falta de ar.

- o senhor precisa esperar 24h para determinarmos que ela está desaparecida...

- você não entende, o senhor precisa procurá-la, ela tem infantilismo. - quase gritei.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now