136° capítulo

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Henrique.

Já tinha se passado dois dias e eu estava aflito.

O pai da Maria ligou pra mim.

Aparentemente bem, aparentemente morrendo também.

Matheus? Sumiu no mundo, disse o pai da Maria que ele fez uma viagem e ainda não voltou.

A conversa durou horas e ainda estou pensando no assunto...

Estava indo buscar Maria na escola, com um presente.

Noite passada ela acordou no meio da noite, viajando sabe. Do nada ela ficou sentada e me olhou, eu me acordei com ela se mexendo.

Aí ela disse: "daddy, cadê o meu coelhinho?".

Foi a melhor frase que eu ouvi. Comecei a rir e mandei ela voltar a dormir, prometendo o tal coelho.

Hoje sai mais cedo só pra comprar um, e claro, depois da ligação eu fiquei aflito e isso ajudou eu a sair mais cedo.

Estava esperando ela na frente da escola, o sinal já tinha tocado e nada da Maria vir. Ela demorou uns três minutos pra aparecer mas apareceu conversando com suas amigas, aí pararam na calçada e trocaram frases até cada uma seguir pra um lado.

- bom dia daddy, Becca me deu vários broches de animes e olha que lindos, esse é da Hinata, ela gosta muito de Naruto e a meu deus! - ri. - daddy! - ela começou a pular. Do lado de fora do carro.

Havia percebido a caixa média no banco de trás na cor azul fraco.

- UM COELHINHO! - ela berrou e eu ri mais ainda.

Foi pra porta de trás, abrindo e pegando a caixa.

- ele é amarelinho! - sorri.

Tá vendo como um sorriso pode mudar o nosso dia? Ainda mais da pessoa que amamos tanto.

Maria pegou a caixa com cuidado, ajudei ela já que nem a mochila ela tirou das costas. Coloquei no banco de trás e ela me entregou os tantos broches.

- espera. - disse, fechando a porta do carro já dentro dele. - você realmente comprou. - sorri, colocando os broches no porta luvas.

- te prometi, mas terá as regras. - ela concordou já sabendo. - vai cuidar, vai limpar a casinha dele que tá lá no porta malas..

- ele? - gritou.

- o vendedor disse que era ele. - ela olhava pra dentro da caixinha.

- pode pegar? - me olhou e eu liguei o carro.

- não, ele tá bem assutado meu amor, vai que ele fique com muito medo ou suje o teu uniforme com xixi. - oque é óbvio que acontecerá.

- tá bom. - disse só olhando pra ele.

Fomos pra casa, hoje não teria almoço então eu tive que comprar na rua. Comprei o normal, arroz, feijão, bife, batata frita e salada. E o refrigerante claro.

Minha mãe? Saiu. Havia avisado pra eu pedir comida por que ela tinha compromissos.

Beatriz não precisa mais de ajuda pra andar, ela consegue usar as muletas, Pedro começou a usá-las mas é difícil então eu tenho que ajudá-lo.

- o daddy vai ter que sair a tarde então vou te dar uma tarefa importante... E uma tarefa que eu odeio. - digo estacionamento na garagem.

- oque? - esperei o portão fechar pra falar.

- Pedro ainda tá mal pra sair e pegar água, provavelmente Beatriz não vai querer. Então caso ele peça algo a Maria pode ir pegar? - ela concordou numa boa. - não dá liberdade, não deixa ele te fazer de empregada e se tu não quiser tu diz não pra ele tá bom? - concordou.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now