81° capítulo

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Maria Clara.

1 semana depois...

- daddy! - grito, tive uma paralisia do sono mas... - ah... Ele tá preso. - agarrei os meus próprios joelhos sentada na cama.

Comecei a chorar, oque vou fazer sem ele?

[...]

- então. - suspirou. - as paralisias do sono são frequentes? - concordei.

Eu estava no psicólogo, não era o Dr. Mario, era o psicológico do lado, que só atende crianças.

- o seu puff é confortável. - digo me remexendo.

- tem o sofá se preferir. - neguei rápido.

- não! Quero dizer... Aqui está bom. - daddy, cadê você.

Ele se inclinou pra frente, sentado no outro puff.

- quer conversar sobre isso que aconteceu? - olhei pra ele. - pegue. - ele me entregou um cubo mágico. - quando não conseguimos resolver eles, por que isso é pra gente super expediente nisso, a gente simplesmente tenta, esse é o conceito do "tentar". Tente, se não conseguir significa que ainda não está preparada. - fazia um pouco de sentido.

- por que o Dr. Mario está de férias? - ele respirou fundo. - tô tomando o seu tempo né? - riu e negou.

- não, gosto de ajudar as pessoas mas você... Precisa conversar comigo pra eu poder entender oque está acontecendo. - olhei pra ele. - a parte do começo, sobre o Henrique aquilo tudo já está resolvido, eu já entendi, mas e você. - segurou os próprios braços envolta dos joelhos. - oque viu? Oque ouviu? Oque fez depois... Quero entender oque está te machucando tanto.

Penso.

- entre na sua cabeça, siga até o final e puxe a cordinha vermelha.

- cordinha vermelha?

- é uma metáfora, imagine como quiser.

- pode ser uma cordinha rosa? - ele sorriu.

- vá em frente. - esperou que eu falasse.

Penso, bastante aliás.

- eu ouvi o daddy dar os socos.

- daddy?

- o Henrique.

- ok.

- e ouvi ele murmurar com raiva enquanto fazia isso. - pensou.

- e você... Em algum momento pensou em... Pedi-lo pra parar? - não, a primeira coisa que veio na cabeça foi obedecer o daddy. - olha, na maioria das vezes em que obedecemos uma ordem, lá no fundo desejamos quebrar as regras. Oque você pensou?

- que eu deveria obedecer o daddy. - concordou pensando.

- e esse.. daddy... Ele é bom pra você? Você obedece a tudo? - concordei rápido.

- sim, ele é muito bom pra mim.

- mais você é proposta a regras? - não entendi.

- ele não coloca regras, só exige algumas pro meu bem.

- tipo quais?

- ué.. - penso. - estudar sempre quando eu chegar da escola, usar short por baixo dos vestidos... Ser educada com todo mundo e nunca desobedecer quando ele mandar.

- e você o ama, certo? - concordei. - não acha que isso está de algum jeito de impedindo de crescer? - franzi a testa.

- o daddy me orienta a tudo, me ensina e me fala oque é certo e errado. E ele sempre diz que não me quer em festas noturnas por que ele já foi um adolescente que fez muita coisa errada, mas ele sempre diz que se eu quiser sair pra uma, tudo bem, só que daí teremos que ter um acordo. - concordou.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now