41° capítulo

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Henrique.

Deixo Maria tomando banho de piscina já que eu saí pra comprar uma bóia com ela e a mesma achou tantas que trouxe todas e agora nem da pra ver a água por causa da grande quantidade de bóia que tem naquela piscina.

Seco a louça de ontem e a de hoje já que Maria acordou cedo e arrumou a casa, deixou a louça brilhando e o mínimo que tinha que fazer era secar e guardar.

- daddy! - gritou, de forma normal.

Fui até a porta de vidro dos fundos e ela tava lá, de bruços em uma bóia de unicórnio.

Com um biquíni rosinha que já tava apertado...

Maria tava ficando com corpo.

Isso me estressa.

- Henrique para de olhar pro meu bumbum. - ri.

- então fala.

- eu posso fazer aula de natação? - por essa eu não esperava.

- ué, claro. - ela sorriu, toda animada. - põe a bóia nos braços se não tu vai sair. - voltei pra dentro mas olhei pra trás me certificando de que ela faria oque eu mandei, e fez, colocou as bóias nos braços com desenhos de borboletas.

Arrumei algumas coisas que estavam desorganizadas e Maria veio enrolada em uma toalha.

Prometi pra ela que amanhã a gente ia sair pra conhecer a cidade por que hoje tinha coisas pra arrumar e ela apenas pediu pra comprar as bóias e eu deixei.

- daddy eu tô com fome. - olho pra ela, molhando todo o chão na entrada da porta e tremendo de frio. Tão fofinha.

- vai voltar pra piscina? - pergunto.

- acho que não, tô com frio.

- então tira o biquíni e vai pro banho.

- me ajuda. - concordei e fui até ela.

Tirei o biquíni dela e deixei no cantinho, enrolei ela na toalha e fomos pro banheiro.

- quer comer oque? - pensou, enquanto eu colocava o sabonete líquido na água da banheira.

- pode ser besteira? - neguei.

- não amor, tu comeu isso desde quando chegamos.

- mais amanhã pode né? - neguei novamente.

- amor, desde que a gente sofreu tudo aquilo, ficar comendo besteira ou não se alimentando direito pode dar alguma complicação, por exemplo, tu foi costurada por dentro e eu também. É pro teu bem e é bom ter uma dieta. - Maria pareceu entender, assentiu de um jeito sentimental e logo depois aquele rostinho frágil não saiu dela. - não fica assim, eu só faço as coisas pro teu bem, nunca pro teu mal.

- eu sei daddy mas eu não quero lembrar. - abracei ela fortemente antes de começar a chorar.

- aquilo nunca mais vai acontecer. - digo ainda no abraço.

- e se eu engravidar? Eu tenho 15 anos. - saio do abraço, encantando o seu rostinho, ela tinha lágrimas nos olhos.

- o daddy cuida, e se isso acontecer tudo bem, eu te amo, vou amar o nosso filho e a gente vai aprender a ser pais bons. Nada vai mudar na gente, o amor não vai diminuir, só aumentar. Mas você não pode tirar como você fez.

- mais foi um acidente... - ela começou a chorar desesperadamente.

- amorzinho... - a abracei e ela me abraçou de volta, largando a toalha no chão mas não importava se ela tava nua ou molhada, tudo que eu via naquele momento e sentia era ela triste e com o coração partido. Provavelmente se sentia culpada por algo que não foi culpa dela.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now