33° capítulo

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Maria Clara.

Henrique saiu, foi no mercado. Ele foi bem autoritário quando disse pra eu não sair do quarto e que não demoraria.

Ele não queria eu com o Pedrinho.

Eu obedeci mas....

- eai Clarinha. - não gosto quando me chamam assim.

Era o Pedrinho, obviamente. Adentrou o quarto sem eu dar permissão.

- oi.

- vamo jogar? - neguei fraco. - por que?

- por que não é uma boa. - ele ri.

- Henrique não deixa né? - não respondo. - sei que vocês tem esse lance de daddy e baby girl mas eu não vou fazer nada não. Se eu quiser me passar eu passo, mas tempo ao tempo. - eu não entendi.

- tá dizendo que vai se passar comigo? - digo em um tom melancólico.

- se eu quiser sim. Velho, era pra tu tá indo nas resenhas, mas festinhas, nos bailes mas fica com o meu irmão que é bem mais velho e sem graça. Não tem vontade de ir pra farra não? - não respondi. - ficar com garotos da tua idade? - enfim eu pretendia responder.

- eu amo o daddy... E não gosto de festas. - meu pai me traumatizou com isso.

- já ficou com vontade de ficar comigo? - não! É lógico que não.

- não. Eu tenho namorado.

- e daí? Até parece que o Henrique já não teve essa vontade também.

- o meu Henri não. - eu acho. - não gosto desse tipo de conversa, Pedrinho.

- eu gosto. - ele riu. - tá falou, vou lá ver uns vídeos proibidão. - e ele saiu do quarto.

Ele me deixou triste.

Não gostei.

Me levanto e calço o chinelo. Escuto barulho de carro e vejo pela janela que era o daddy, ótimo, ele voltou do mercado.

Corro lá pra baixo.

- daddy! - fico feliz ao vê-lo.

- eai meu amor. - ele entra com várias sacolas e a sua mãe e Bia logo atrás.

Vou pra cozinha atrás deles e daddy me entrega uma sacola cheia de doces. Meus olhos brilharam.

- obrigada daddy! - digo feliz e ele sorri.

- tá sangrando....? - Henrique passou o dedo na minha blusa e quando voltou com eles para perto do rosto pude ver que seus dedos estavam molhados por conta do sangue. - Maria Clara! - ele pegou a sacola da minha mão largando sobre a mesa e levantando a minha blusa. - abriu um ponto. - olho... Quase desmaio eu odeio sangue.

- deixa eu ver. - a mãe dele veio até mim. - foi só um puxão, não abriu.

- mais tem muito sangue... Henrique... - eu tava desesperada, eu não quero morrer.

- calma amor. - Henrique me examinou novamente. - vou levar ela pro hospital. - dona Cristina assentiu e Henrique me pegou no colo.

- ei, eu sei andar. - digo olhando o seu rosto enquanto ele sobe as escadas comigo.

- sei disso. - sorriu. Eu poderia imaginar mil coisas mas tava sangrando.

- então me põe no chão. - ele não me responde além de me olhar com o sorriso malicioso.

Quando chegamos no quarto Henrique me colocou sentada na cama e foi direto pegar as coisas pra fazer outro curativo.

- eu vou morrer? - digo apoiando os cotovelos na cama enquanto daddy estava no meio das minhas pernas passando aquele negócio que não arde no algodão.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now