169° capítulo

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Henrique.

Eu não conseguia assimilar nada do que estava acontecendo.

Era Matheus dirigindo feito louco, eu no banco do lado sem me importar com o sinto de segurança que eu nem usava e minha mãe atrás orando.

A polícia ligou, acharam um corpo... Muito, muito parecido com Maria pelas fotos que dei.

Minha cabeça latejava mas lá no fundo eu sabia que Maria não faria isso comigo e nem Deus.

Matheus estacionou o carro e se ele não tivesse tocado em mim, ainda estaria ali, sentado sem nem ter oque imaginar.

Quando entramos no necrotério já tinha alguns policiais lá e minha mãe não conseguiu entrar na sala com várias "portinhas" onde estavam os corpos dentro.

Matheus foi o primeiro a ver e começou a chorar.

Não... Não podia ser.

- é muito... Parecida.. - disse ele antes de eu chegar perto.

- precisam ter certeza de que é ela, uma manchinha, qualquer coisa que seja pra indentifica-la. - Matheus parou, ficando pensativo.

- seus cabelos parecem... Maiores. - a tocou, usando luvas assim como eu mas eu não queria ver.

- diz que não é ela. - falei, com muito medo e chorando.

- Henrique é... Idêntica. - ficou confuso, olhando sem entender até eu chegar perto.

Comecei a chorar mais ainda.

Era Maria. Era ela sim!

Mais..

- o cabelo dela é maior. - digo, mexendo no seu corpo já gelado.

- ela foi atropelada ontem. - eu levantei o lençol, tinha um nela e vi seus seios por que no momento era a única coisa que me faria ter certeza de que era Maria.

E não era ela!

Apesar de serem idênticas!

- ela tem uma... Mancinha na bunda, de nascença... E o cabelo dela é roxo na lateral. - eu também tinha a manchinha, mas a minha era clara e a da Maria escura, oque ela sempre dizia quando via.

O homem do necrotério nos ajudou a virar a suposta "Maria".

Não era ela, não tinha mancha.

Não era ela!

- qual o nome dela? - perguntou Matheus ao policial e ele chegou na prancheta em suas mãos. - na fixa e nos documentos que achamos, se trata de Mariana... Mariana Pavanelli. - Matheus e eu nos olhamos. - nascida em 15 de agosto de 2004.

Meu deus!

Maria Clara.

Cá estava, olhando as meninas brincarem com as Barbies que a senhorita Magda as deu. Enquanto isso Becca e eu estávamos na sala com a tv no volume baixinho.

Apesar da senhora Magda não gostar de assistir televisão e ficar mais nos jornais e no seu tricô enquanto escuta no rádio músicas antigas, ela sabia do desaparecimento dos alunos mas não suspeitou que era a gente.

- oque?! - disse Becca em voz alta e eu olhei pra tv.

Não conseguia ouvir nada, estava super baixo.

Mas via a câmera do alto em um helicóptero, filmando um necrotério... Logo depois a minha foto...

- mais... - digo mas paro quando surge outra.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1حيث تعيش القصص. اكتشف الآن