Capítulo 70

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Demorei a conseguir dormir, mesmo estando protegida entre os braços do William, estava nervosa com tudo que aconteceu e sabia que não estava tudo bem, mesmo ele dizendo que sim, eu consigo ver o ódio, a raiva presente em seu olhar, e tenho medo do que ele possa fazer com Jorge, eu mais do que ninguém sei que ele merecê tudo de pior, mas não desejo que seja William a fazer ele pagar por todo mal que me fez.
Acordei durante a noite e me assustei por William não estar na cama junto comigo. Imaginei que tivesse ido atrás do meu pai e corri pra fora do quarto. Mas para meu alívio, ao abrir a porta, me deparei com ele no sofá, vendo algo no notebook e instantâneamente meu coração se acalmou.
Me aproximei dele, mas antes que eu pudesse chama-lo pra dormir comigo, paralizei ao ver a tela do computador havia uma foto daquele homem, de Armando, o diretor da minha escola, senti um calafrio em minha espinha, um medo irracional de que de alguma forma ele pudesse me tocar de novo. William percebeu a minha presença e fechou o notebook imediatamente.
— Bela... Acordou? — Ele se levantou e eu insistivamente me afastei pra trás, com medo, então ele parou me olhando sério.
— O que ta fazendo? Porque ta vendo essa foto? — Aponto pro notebook e quando ele tenta se aproximar, eu me afasto novamente.
— Bela... Eu só estava... — Ele parece confuso, surpreso, sem saber o que dizer ao certo. Mas respira fundo me olhando fixamente.  — Eu só queria ter certeza que ele estava morto, que nunca mais vai chegar perto de você.
— E ele tá?
— Sim... Sorte dele... Só queria saber pra te proteger, não vou mais deixar ninguém te machucar. — Ele ergue a mão reseoso ao se aproximar, mas dessa vez eu deixo e vou para os seus braços, me escondendo no seu peito, em busca da sua proteção, ele aperta-me forte, beijando o topo da minha cabeça.
— Shhiii... não chora. Não era pra você ver isso.
— Não fala mais dele... Eu tenho vergonha que saiba disso, do que ele fazia...
— Você não tem que se envergonhar, não é culpa sua...  Mas tudo bem, não vou falar nada... — Ele me ergue do chão, levando-me de volta pra cama. Deitando-se comigo, cobrindo a nós dois.
— Dorme... — Susssurrou, beijando meus cabelos.
— Dorme comigo...
— Estou aqui contigo. — Ele sempre está. Uma onda de amor me atingiu e alcancei seus lábios, o beijando bem degavar, saboreando tudo dele, tudo desse homem que tanto me encanta, me apaixona, me deixa nas nuvens. O beijo se tornou intenso e William passeou as mãos pelo meu corpo, me apertando, me acariciando. Quando me dei conta, estava embaixo dele, presa entre seu corpo e o colchão,  abri as pernas deixando ele entrar, nossos sexos se pressionaram mesmo sob a lingerie. William gemeu e separou nossas bocas, sua respiração estava acelerada e ele ergueu o braço alcançando algo na cabeceira da cama.
— O que ta fazendo? — Susssurei ao vê-lo digitar algo no celular.
— Pesquisando se sexo na gravidez faz mal ao bebê.
— Ah! — Disse surpresa. Confesso que por um momento eu, me esqueci que estava grávida.
— Sexo na gravidez é saudável, e você pode manter as relações sexuais se a gravidez estiver transcorrendo normalmente, desde que a mãe se sinta bem e não haja nenhuma contra indicação. Não a nenhum risco de machucar o bebê.  — William terminou de ler e me olhou atento. — O que você acha?
— Podemos tentar... — Minha voz sai em um sussurro, me sinto excitada ao extremo pra conseguir racionar com calma.
— Vou ser carinhoso... Se doer fala!
— Tá. — Sua boca alcançou os meus lábios, beijando, sugando, mordendo. Me derreti em seus braços, enquanto ele apertava-me a sua boca provava a minha pele, passeando até meus seios, abaixou meu vestido, deslizando sua lingua, até alcançar meu mamilo e o prende-lo entre os dentes, gemi entorpecida, agarrando seus cabelos.
— Por favor. — Sussurrei. Estava molhada, excitada e necessitava sentir ele logo dentro de mim.
— Por favor o que?... — Abracei a sua cintura com as pernas.
— Faz amor comigo... — William precionou seu membro contra mim, me fazendo gemer, apertou-me e me beijou, enquanto se colocava em cima de mim, dando um jeito de retirar o calção. Seu pênis deslizou por entre a minha carne molhada e suavemente entrou em mim, eu o apertei, abrindo mais pra ele.
— Tudo bem?
— Sim... — Então ele deslizou pra fora e depois pra dentro novamente, sem parar.  Gememos juntos, nossas bocas se encontraram, engolindo os gemidos enquanto saboreavam uma a outra. Minhas mãos rapidamente deslizam por suas costas, enquanto aprofundo o beijo que se torna mais intenso e voraz. Nossas peles se roçavam, em um ritmo constante, enquanto nossos corpos se devoravam.
Com os olhos fechados, tremi diante do orgasmo próximo, aquela sensação familiar se apossou do meu corpo, me levando pra outro mundo, foi tão bom tao intenso, tão gostoso.
— Tudo bem? — William perguntou e eu só consegui sorrir. Ele beijou meu rosto, deitando e me abraçando. Não demorei a dormir...

Migalhas De AmorWhere stories live. Discover now