Capitulo 32

4.9K 332 7
                                    

Paro o garçon e pego mais um copo de Whisky, bebendo um longo gole, meus  olhos estão fixados na porta onde Bela entrou, estou nervoso pela sua demora,
mas se aquele maldito velho a magoar novamente, juro que eu vou quebrar a cara dele.
— Não quer mesmo dançar? — Amanda insiste mais uma vez.
— Não.
— Por favor. É meu aniversário, e você como meu convidado não pode rejeitar a aniversariante. — Ela fala como uma criança mimada. Suspiro fundo, buscando uma resposta não grosseira. É quando finalmente vejo Maite saindo da casa.
— Maite já está voltando. — Digo pra Amanda e ela faz cara feia. Meu olhar segue Maite, ela está muito gostosa nesse vestido, eu mal vejo a hora de chegar em casa e arrancar ele do seu corpo. Estou de pau duro desde o momento que a vi se arrumando frente ao espelho. Aperto o olhar quando vejo um cara puxar ela pelo braço e logo em seguida a abraçar. Eu não posso mesmo sair do seu lado, que logo surge um imbecil dando em cima dela.
— A Maite já te apresentou o Arthur,
ex namorado dela?  — Nego com a cabeça, sem tirar os olhos da Maite. — Bem, é aquele que ela está abraçando neste exato momento. — Ao ouvir isso sinto meu sangue ferver. E os meus músculos se contraírem com a vontade de socar a cara dele. Quem esse imbecil pensa que é para abraçar a minha mulher desse jeito, como se ainda fosse algo dela?
Levanto, meus olhos encurecem e nem percebo mais quem está a minha volta. Só quero ir até Maite e tira-la de perto dele. Deixo Amanda falando sozinha e caminho rapidamente desviando das pessoas até chegar onde está Maite. Eu passo a mão por sua cintura e a trago pra mim.
O imbecil olhou minha mão envolta da cintura da minha mulher ao meu rosto, como se perguntasse quem eu era pra ter essa liberdade em abraça-lá. Mas ele logo vai descobrir. Desvio meu olhar para Maite, seus olhos estão bem abertos e brilhantes.
— Não vai me apresentar seu amigo, Maite? — Com uma profunda respiração ela olha o imbecil.
— Claro... É... William, este é o Arthur. —  Estico a mão pra ele, que pega segurando firme.
— Prazer, sou o William, marido da Maite. — Claro que eu não ia esquecer esse pequeno detalhe, como fez a Maite. Ele arregala os olhos e imediamente a olha.
— Marido? Não sabia que havia se casado. — Ele tenta parecer desinteressado.
— Sim, me casei faz dois meses. — O imbecil assente com a cabeça parecendo surpreso e desconfortavel. Eu estou enjoado disso e quero a atenção da minha mulher só pra mim.
  — Maite. — Puxo sua cintura, virando-a de frente pra mim. — Vamos pra casa? — Tiro uma mecha de cabelo do seu rosto.
— Sim.  — Ela acena com a cabeça,  confirmando. E somente para que o imbecil tenha certeza que ela tem dono, eu me inclino, segurando sua nuca e beijo-a devagar. Quando me afasto, olho para ele.
— Tchau. — Digo apenas. E puxo Maite pela mão.
— Tchau Arthur. — Ela diz sem o olhar. Ficando mais próxima a mim e passa por ele.
— Tchau Mai. — Minha vontade foi virar socar a cara dele com força. Que intimidade é essa com a minha mulher?
Ele tem muita sorte por Maite estar indo na frente e estar segurando minha mão. Seguimos em silêncio até o carro, ela se apóia em mim por causa da grama. Abro a porta do carro, colocando a pra dentro e faço a volta indo para o meu lugar. Dou partida no carro e quando chegamos na avenida acelero. Estou com raiva, e sinto todo meu corpo agitado.
— O que a Amanda falou enquanto eu estava com meu pai? — Maite  fala, sua voz doce, quase me desestabilizando, quase.
— Nada de interessante. — Corto o assunto. Não quero falar, nem ouvir a porra da sua voz doce. Estou irritado e por isso prefiro me calar. Pelo canto do olho, vejo ela se encolher olhando a janela, ao que parece desistiu de conversar, melhor assim.
Estou tentando me concentrar somente no trânsito, mas eu estou agitado demais pra isso. Minha mente está pensando em mil possibilidades e revendo aquela cena a cada instante. Como ela pode deixar ele a abraçar? Respiro fundo, pra não começar a lhe fazer as milhões de perguntas que estão surgindo na minha mente agora. Eu nem sequer sei porque estou tão irritado. Bem, talvez eu esteja exagerando como sempre, mas eu não consigo me controlar. E sinto meu corpo incendiar-se por dentro de raiva.

Migalhas De AmorWhere stories live. Discover now