Capítulo 50

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Permaneci na cama depois que o celular despertou, a verdade é que eu não queria deixar a Bela sozinha, não depois de ontem. Ela dormia de costas pra mim, mas o meu corpo estava colado atrás do dela. E quando ela se virou sonolenta, só consegui sorrir.
- Não vai trabalhar? - Sussurou me abraçando.
- Se eu conseguir largar o seu corpo, talvez. - Mordo seu pescoço, fazendo ela se arquear. Paro por um instante a olhando, e Bela cora deixando as suas bochechas vermelhas.
- Porque você é tao linda assim? - Ela sorri abaixando a cabeça, e eu pego em seu queixo a beijando calmamente, carinhosamente, degustando de todo o sabor dos seus lábios, dando passagem para que as nossas línguas se encontrassem.
Meu tesão por ela não tinha hora e nem limites, ela tinha um poder sobre meu corpo e minha mente, que a cada gesto e toque eu me excito. A beijo carinhosamente, sentindo ela entrelaçar os seus braços em meu pescoço, como se me pedisse que eu a amasse novamente. Pego suas mãos e as prendo para o alto, as deixando imóveis, e desço beijando o seu pescoço, colo. Parando perto dos seus seios que tanto eu amava, o chupo sem restrições fazendo com que minha amada se arqueasse pedindo mais. Desço por sua cintura, depositando um beijo em cima da sua calcinha, e já sinto sua excitação, toda molhada para mim. Solto suas mãos e retiro sua calcinha deslizando com minhas mãos na lateral de seu corpo. Bela já estava tão pronta pra mim que meu corpo se incêndiou, a desejando naquele momento, então a penetrou ouvindo um gemido sôfrego de seus lábios.
- Te amo... - Sussura olhando nos meus olhos. E eu a beijo. Nossa conexão era tanta, que quando nossos corpos se uniam não conseguia destinguir onde um começava e o outro terminava. Me movimento lentamente dentro dela, desfrutando da sensação de estar dentro dela. Bela aperta meu pênis com a sua vagina me fazendo gemer e ansear por mais.
Ver ela assim, com os olhos fechados, deixando o prazer transparecer em seu rosto, gemendo baixinho, os cabelos suados me deixa louco. Num único movimento a coloco por cima e me sento com ela no meu colo. Ela ela cavalgava e ao mesmo tempo me beijava e me abraçava. Sem perder o ritmo, até que não pude me conter mais e gozei a apertando. Bela encostou sua testa na minha respirando fundo.
- Amo você. - Sussuro.
- Eu também. - Ela responde. E eu a abraço, deitando na cama, trazendo ela pra cima de mim...

Já são quase nove horas quando chego na agência e Clara salta na minha frente assim que me vê.
- Bom dia. - Digo parando.
- Bom dia. O senhor tem uma visita o esperando na sua sala.
- Quem? - Pergunto olhando pra porta da minha sala.
- Ele disse que é o pai da sua esposa e insistiu pra esperar na sua sala, então eu deixei.
- Tudo bem. - Digo saindo. É hoje que eu o mato. Ele escolheu o pior dia para vir me perturbar.
Abro a porta e o vejo sentado em uma das cadeiras, mechendo em seu celular. Os cabelos grisalhos, a aparecencia de velhinho bonzinho pode até enganar as outras pessoas, mas a mim não. Sei que tipo de homem covarde e desgraçado ele é.
Respirei fundo antes de entrar batendo a porta, então ele se virou me olhando e sorriu cinicamente.
- William... - Diz fazendo menção de levantar, mas para quando passo por ele indo até a minha mesa.
- O que o senhor faz aqui? - Pergunto. Ele guarda o seu celular tranquilamente antes de me responder.
- Vim conhecer a agência do meu único genro, afinal agora nos somos da mesma família não é?
- Claro. Mas não vou ter tempo de te mostrar a agência, tenho muito trabalho hoje.
- Entendo, mas tenho certeza que vai conseguir arrumar quinze minutos pra mim.
- Não, não vou. - Jorge apenas me encara, não parecendo nada surpreso. Eu sei que deveria finjir gostar dele, e mostrar toda a agência, fingindo estar feliz pela visita do meu sogro. Apenas pra conseguir ir embora pra Nova York sem nenhum problema. Mas eu não consigo, não depois de saber tudo que a Bela sofreu, só porque ele foi negligente com a ela.
- Do que tem medo William? - Sorrio falsamente.
- Eu deveria ter medo de algo? Ou do senhor? Acho que não, afinal é apenas um velho.
- Uau! - Ele bate palmas. - Eu não pensei que mostraria as garras tão cedo, pensei que continuaria com o mesmo joguinho fingindo inocência, que fez na festa. Mas eu prefiro assim, porque dessa forma, nos podemos ir direto ao ponto.
- Com certeza, quanto mais cedo você sumir da minha frente melhor. - Ele sorri se ajeitando na cadeira.
- Bem pra começar, como vai a vadia da Isabel? - Dei um soco sobre a mesa fazendo ele se afastar um pouco.
- Mais uma palavra de desrespeito direcionada a ela e você vai sair dessa sala sem dentes. - Seu sorriso se amplia e ele apenas concorda com a cabeça.
- Qual é o jogo de vocês? Quanto ela te pagou pra casar com a Maite?
- Isso não é da sua conta. - Digo rispido. E ele concorda.
- Tudo bem, você tem toda razão. Isso não me interessa. O que me interessa é o que vocês pretendem fazer agora. Irão contar a verdade pra ela?
- Porque o interesse?
- Ora, porque me preocupo com minha filha. - Aperto os meus dedos pra não socar a cara dele até não aguentar mais. Como não respondi nada ele continua. - Imagino que não vão falar a verdade ou já teria falado. - Ele aponta a mão pra mim, como se me passasse a ver pra falar.
- Diga de uma vez. Qual é o seu verdadeiro interesse nisso?
- Eu quero saber quantos milhões de dólares você vai me pagar, pra não falar pra Maite, que a mãe dela é uma vadia, que fingiu estar morta por quase vinte anos. - Confesso que isso realmente me surpreendeu. Não imaginei que ele seria capaz de me pedir dinheiro pra ficar calado, mas é bom saber que ele é capaz de fazer tudo por dinheiro.
- Por qual razão acha que eu lhe daria dinheiro?
- Você talvez não, mas Isabel faria tudo pra não ver a filha sofrer. Ela aceitou até mesmo a morte pra Maite não sofrer. - Diz rindo. Me dói só de pensar tudo o que a Isabel sofreu sabendo que estava morta para a filha.
- O sacrifício dela não adiantou muito, pois você foi capaz de fazer da vida, da sua própria filha um inferno.
- Não, eu dei uma vida de rainha a ela.
Dei comida, abrigo, e estudo. E ela ainda acha ruim? Maite uma é ingrata. - Faço uma força sobrehumana pra não mata-lo agora. Eu o odeio com todas as minhas forças, a sua voz me da nojo, seu cheiro, o seu sarcasmo. Tudo nele me enoja.
- E então William? Vamos negociar um valor ou terei que conta a verdade para a Maite, da pior forma possível? - Nego com a cabeça.
- Como você pode ser o pai dela e não ter empatia com o seu sofrimento? Não pensar em quanto isso vai machuca-la? Mais do que já machucou durante toda vida.
- William... Maite é uma vadia como a mãe e quando você menos esperar, ela vai te trocar por... - Num segundo ele estava falando e no seguinte estava caido no chão com a boca sangrando, mas eu não parei ai. Eu o ergui pelo colarinho e o joguei contra a parede.
- Nunca mais a chame assim! - Falei entre dentes. - Maite é a mulher mais decente que conheci. É a minha mulher e você nunca mais vai faze-la sofrer. Nem que eu tenha que te matar para isso. - Ele segurava as minhas mãos tentando se soltar, mas pelo olhar eu vi o quanto estava assustado. Acho que ele não pensou que eu seria capaz de bater nele.
- Quieto. - O empurrei mais uma vez contra a parede fazendo ele parar. - Quando ela era ainda uma menina, foi abusada sexualmente, pelo diretor da escola onde você a largou. Ela sofreu esse abuso, porque você não foi homem suficiente para cuidar da própria filha. - O joguei no chão, me afastando. Ele parecia atordoado, surpreso, mas não deixou de me encarar. - Covarde! - Chinguei. - Você a deixou sozinha pra que um desgraçado, nojento pudesse se aproveitar dela. Como consegue dormir a noite sabendo que deixou a própria filha a mercê de um doente, pervertido? - Por um instante pude ver que isso o deixou em choque. E quando abaixou o olhar pude ver que sentiu culpa. Mas isso ainda é pouco pra ele. - Ela era uma criança, ela não te traiu, ela não te deixou por outro homem, Bela não tinha culpa de nada e foi a que mais sofreu. E tudo por sua culpa. E quando ela souber da verdade, ela nunca mais vai te olhar. Ela vai sentir nojo, assim como eu estou sentindo. Então saia da minha agência, saia da vida da minha mulher, porque eu não terei ter pena de você se a machucar mais uma vez. - Como ele não se mexia. Eu o juntei do chão, abrindo a porta e o jogando pra fora. E meu coração quase parou quando vi quem estava vindo no corredor.

Migalhas De AmorWhere stories live. Discover now