Capítulo 41

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Ontem eu acabei dormindo quase o vôo inteiro e como conseqüência, agora são exatamente 4:23 da manhã e eu estou  acordado, mas de verdade, eu não estou reclamando, porque estou observando a mulher mais linda do mundo, a minha mulher, minha esposa, minha Bela, só minha. Me pego sorrindo, eu nunca imaginei que seria tão possessivo assim com alguém, mas eu não consigo evitar e nem quero. Ela é realmente minha, eu fui o seu único homem e vou sempre me  encher de orgulho pra falar isso.
Acaricio seu rosto, retirando uma mecha de cabelo, ela dorme tranquila abraçada ao seu travesseiro, eu a tirei dos meus braços para ir ao banheiro e desde então ela agarrou o travesseiro. E embora a minha vontade seja traze-la de volta pra mim, eu permaneço a observando, pois ela fica tão linda dormindo, tão menina, nem em sonhos se parece com a mulher sexy que se colocou de quatro e me fez um delicioso oral a pouco.
Fecho meus olhos relembrando a cena, a maciez da sua boca, sua sensualidade e doçura, porra. Deu pra perceber que ela não sabia direito o que fazer, e acredite eu prefiro que ela não saiba, prefiro ser eu a lhe ensinar tudo, a sua inocência e  inexperiencia me excita de uma forma, que nunca imaginei ser possível. E além do mais, o fato dela ser inexperiente, não interferiu em nada, porque foi tão gostoso que eu quase gozei em sua boca, depois de tantos meses sem receber um oral eu até tinha esquecido como é bom, vou querer sempre agora, a toda hora. Abro os meus olhos e não suportando a distância dos nossos corpos eu a trago pra mim. Bela vem sem muito esforço e agarra em mim, adequando seu corpo ao meu.
Espero que ela queria repetir, porque afinal ela fez apenas pra me agradar, e talvez não tenha gostado. Mas se ela não quizer, foda-se, não me importa, porque só o simples fato dela ter se preocupado em me satisfazer, deixando até a sua timidez de lado, já me dá uma pequena esperança, que talvez ela me ame e é só isso que eu quero. Só quero ter certeza que ela sente o mesmo que eu, pra que eu possa lhe falar a verdade sem ter medo que ela me abandone. Beijo sua testa e a aperto contra mim, não quero ficar sem ela, nunca. Fecho meus olhos tentando dormir. Acho que consegui, pois acordei algum tempo depois com o meu celular tocando, Maite geme se espreguiçando e coloca a perna por cima de mim.
— Shiii... — Ela murmura me apertando, como se fosse eu que tivesse fazendo o barulho, sorrio. E tento sair pra desligar o celular.  — Não vai, não. Eu ainda não matei a saudade de você. — Ela diz, me fazendo parar.
— Ainda não? — Sussuro rindo.
— Não. — E sem pensar duas vezes, eu rolo pra cima dela, me colocando entre as suas pernas.
— Ótimo, porque eu estou prontinho pra você. — Bela abre os seus olhos surpresa e sorri de leve. Me inclino a beijando, eu acordei duro feito pedra. Coloco as suas pernas ao redor da minha cintura, tento deslizar pra dentro dela, mas Bela está  seca e geme.
— Aiii devagar... — Paro e acaricio o seu clitóris até sentir ela molhada, e então consigo penetra-lá. Gememos juntos e voltamos a nós beijar.

Uma hora depois, nós dois já estamos de   banho tomado e a Bela se jogou na cama de novo, eu sinto o seu olhar sobre mim, enquanto vou até meu celular pra ver quem tinha ligado antes. Tem duas ligações perdidas do Rafael. Clico para retornar a ligação e me sento na cama enquanto chama, me surpreendo quando a Bela me puxa pra trás pelos ombros e caio com a cabeça em seu colo, sorrio pra ela que se inclina me beijando.
— William? — Ela termina o beijo.
— Sim Rafael, tudo bem?
— Tudo sim, como foi de viajem?
— Muito bem. —  Lembro da conversa com Isabel, e de como seu apoio foi muito importante pra mim, me deu segurança pra enfrentar tudo isso.
— Que horas vai vir pra agência?
— Eu não posso ter a manhã livre com a minha esposa? — Bela sorri, enquanto acaricia meu cabelo. Agora não preciso esconder o motivo de ficar em casa, ele já sabe que eu estou apaixonado por ela mesmo.
— Bom, se quiser pode ficar, mas já vou avisar que vamos perder o negócio com o Carlos , porque temos uma reunião hoje e ele já avisou que quer a Maite como a modelo das fotos.
— Não enviou pra ele as fotos das outras modelos?
— Sim, mas ele cismou com ela, sabe como ele é.
— Sei, que horas vai ser reunião?
— Marquei às 10:00 horas.
— Ta bem, vou estar ai. Tchau. — Desligo, e jogo o celular sobre a cama.
— Problemas? — Maite pergunta, e eu concordo com a cabeça.
— Carlos ainda quer você pras fotos da campanha.
— Ah... — Ela ergue as sombrancelhas, pensativa.
— E então? A minha linda e maravilhosa esposa, está disposta a tirar essas fotos? — Ela sorri.
— Eu havia dito, que se fosse pra te ajudar eu aceitava, e continuo com a mesma opinião. Mas quem decide é você. — Nego com a cabeça.
— Você não precisa fazer nada que não quiser  pra me agradar, Maite.
—  Não é pra te agradar, é pra te ajudar, não é isso que as esposas fazem, ajudam seus maridos? — Sorrio, olhando o seu semblante juvenil. O pensamento de que agora somos uma equipe, que não dividimos apenas a cama, mas também os problemas, a vida e todo o resto, me conforta de uma maneira inexplicável. E tenho certeza que Maite não entendeu nada quando eu fui pra cima dela, com rapidez, a agarrando e a beijando com toda intensidade, paixão e gratidão que senti. E então me afasto a olhando.
— Tudo bem, vamos fazer isso. — Ela concorda.
— Você vai tirar as fotos não é? Tenho vergonha se for outra pessoa. — Sorrio
— Vai ser eu sim, nos vamos fazer isso juntos.
— Ta bem. — A beijo novamente.

Migalhas De AmorWhere stories live. Discover now