Capitulo 13

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Depois de tudo aquilo, William ficou abraçado comigo por um bom tempo, ambos em silêncio. Era bom, eu nunca havia dormido abraçada com ninguém, somente Camilla, mas não é a mesma coisa. Ele era bem maior que eu, e isso me transmitia proteção. Como se nada pudesse me machucar quando eu  estivesse ali, em seus braços.
— Ta acordada? — Ele sussurra.
— Sim.
— Vamos mergulhar hoje?
— Vamos. Você já mergulhou antes?
— Somente uma vez, pra tirar fotos pra uma revista.
— Hum.
— Iremos depois das três horas.
— Ta bem. — Ele me apertou beijando meu pescoço. Nenhum dos dois parecia querer sair dali.

Estou no banheiro, já faz uns 15 minutos, eu coloquei todos os biquínis que Camilla colocou na mala e nenhum me deixou confortável, por sorte havia um shorts justo, então não preciso me preocupar com a parte de baixo.
Mas o que me incomoda mesmo, são meus peitos, eles são grandes demais para qualquer biquíni dessa mala. Escolho um preto, pois esconde um pouquinho mais.
Quando saio do banheiro William esta sentado na cama, e imediatamente me olha. Ele já esta pronto faz muito tempo, claro bastou ele vestir uma sunga e um calção e pronto. Logicamente ele não teve nenhum problema com seu corpo, eu até agora não encontrei um defeito sequer nele.
Como ele não diz nada e continua me olhando, eu começo a falar.
— Bem, já estou pronta.
— Esta linda. — Nego com a cabeça sorrindo sem acreditar.
— O que? — Ele se levanta. — Porque está negando?
— Porque está falando só pra me agradar.
— Claro que não. Você é linda. — Levanto as sombrancelhas, não gosto de falar de falar de mim. Muito menos sobre minha beleza com meu marido perfeito.  — Haver, me diga um defeito seu.
— Esta falando sério?
— Sim. Viu, você não tem um defeito.
— Sou baixinha demais, gorda e meus peitos são grandes. Isso só pra citar alguns. — Digo tudo de uma vez e depois respiro fundo. Como chegamos nesse assunto em?
— Ser baixinha não é defeito, e você não é gorda, é gostosa. — Arregalo os olhos chocada com a declaração. E ele continua. — E seus peitos? Serio que considera um defeito? Eles... são o sonho de qualquer homem. — Então ele sorri olhando minha cara. Talvez minha expressão seja de espanto.
— Mas eu pensei que...
— O que?
— Você sendo fotografo, deve viver cercado de mulheres altas, magras e lindas.
— Sim, é o padrão de beleza imposto pela sociedade. Bem foda-se eu ainda prefiro você. — Abaixo o olhar sem saber o que dizer, eu já me senti a mulher mais especial do mundo, só por ele ter escolhido se casar comigo e não com Amanda, então tem noção de como estou me sentindo agora, como ele dizendo que prefere a mim, do que as modelos com quem trabalha?
— Porque você sorri assim em? — Disse levantando meu queixo e me beijando, lentamente passando a mão pela minha cintura e me trazendo pra perto dele. Terminado com um selinho longo.

— Bem, vamos? Já devem estar nos esperando.
— Vamos
— Mas antes. — Disse indo para a cama e pegando um vidrinho branco. — Deixa eu passar protetor solar em você. Não quero que fique queimada pelo sol. — Ergui o cabelo e ele passou nas minhas costas. E me alcançou o vidrinho deixando eu passar no resto do corpo.
— Passa nas minhas costas?
— Sim. — Ele se virou, espanhei o liquido branco nas minhas mãos, passando por suas costas, ele tinha algumas sardas.
Quando acabei, vesti um chinelo e ele segurou na minha mão me guiando para fora da casa, perto da lancha estava um rapaz, moreno, musculoso, cabelos pretos.
— E o Senhor Pedro? — William chegou perguntando.
— Ele não está se sentindo bem, então não vai nos acompanhar, eu sou o filho dele Eduardo. — William apertou a mão dele.
— William, essa é minha esposa Maite.
— Prazer. — Me senti nua quando Eduardo olhou diretamente para meus peitos. Será mesmo verdade que homens gostam de peitos grandes?
— Prazer. — Falei sem vontade.
— Bem, nos já estamos prontos. — William disse chamando a atenção dele.
— Ah sim, bem eu vou explicar como funciona os equipamentos quando chegarmos lá. — Disse subindo na lancha. William subiu também e me ajudou a entrar. Eduardo foi pilotar a lancha, enquanto eu e William fomos para a ponta dela olhar o mar. Ele me prendeu entre a barra de proteção e o corpo dele novamente. Ele havia levado a câmera, então me ensinou a como mexer nela.
— Chegamos. — Disse Eduardo chamando nossa atenção. E pegou um dos equipamentos, começando a explicar como funcionava e o que tínhamos de fazer lá embaixo. Me alcançou a mascara de mergulho e depois se aproximou pra me ajudar a colocar, o que não era necessário já que era bem fácil. Continou explicando tudo ali, perto de mim e sempre que possível encostando no meu ombro, ou nas minhas costas, me deixando incomodada.

— Precisa mesmo ficar encostando nela? — William que até agora estava quieto ouvindo, se pronunciou. —  Acho que você ensinando dai onde está, nos vamos aprender da mesma forma. — Disse me puxando pra perto dele. Me fazendo sentir aliviada.
— Só estou fazendo meu trabalho. — Eduardo se defendeu.
— Eu sei, mas pode explicar dai, entenderemos da mesma forma.
— Claro. — Ele disse se pegando outro equipamento e explicando. Depois de tudo explicado, ele entregou os equipamentos para William colocar em mim. E só observou de longe.

Quando mergulhei, eu senti um medo instantâneo, que logo passou quando vi William ao meu lado e estendi a mão pra ele. Em momento algum, William soltou minha mão debaixo da água, vimos corais lindos, alguns peixes, foi uma experiencia maravilhosa e quando voltamos a superfície, William retirou a minha mascara e selou o momento com um beijo enquanto apertava minha bunda. Ri quando afundamos e tivemos que nos soltar para nadar de volta a lancha.
— Uau, é muito lindo lá embaixo.
— Gostou. — Ele perguntou enquanto tirava os equipamentos de mim.
— Sim, obrigada.

William trouxe uma toalha para mim me secar, aproveitei e fiquei enrolada nela até voltamos para casa. Eduardo nos deixou na praia e logo saiu com a lancha.
— O que achou do nosso mergulho?
— Amei, obrigada. Eu pensei que ia me sentir sufocada, mas é como se eu estivesse flutuando. Senti algo que eu não sentia faz muito tempo, liberdade. — William sorriu pra mim
— Eu disse que iria te mostrar os prazeres da vida. Estamos só começando. — Disse sorrindo, mas de repente ficou sério do nada. Estranhei sua mudança de expressão. Continou assim até chegarmos no quiosque que fica perto da casa.
— O que ouve? — Perguntei.
— Nada. Porque?
— É que... Você mudou de humor de repente. — Ele negou e sorriu. Se inclinou e beijou meus lábios docemente, suas mãos acariciaram meu cabelo e desceram até minha cintura me puxando pra ele. Intensificando nosso beijo. Então ele puxou a toalha das minhas costas e a estendeu na areia, me derrubou em cima dela, vindo por cima de mim. Ri enquanto ele beijava meu pescoço. E erguia o biquíni para cima.
— Mas e se alguém aparecer. — Sussurei, olhando para os lados.
— Não vai. — Ele se apoiou nos cotovelos enquanto olhava meus seios, tenho certeza que estava ficando vermelha de vergonha.
— Eu não sei como você pode considerar eles um defeito. São perfeitos. — Disse colocando um na boca, enquanto apertava o outro. Eu nunca imaginei que ter os peitos chupados pudesse ser tão prazeroso. Mas ele não se demorou nisso, infelizmente. Ficou de joelhos e puxou meu shorts junto com o bikini o retirando e depois abriu o zíper do calção dele. Fechei os olhos com vergonha e esperei. Ele se inclinou em cima de mim e beijou meus lábios docemente enquanto deslizava pra dentro de mim me fazendo gemer.
— Isso vai ser rápido. — Sussurou. — Estou com tesão desde que te vi com esse biquíni. — Então começou a se mover pra dentro e fora de mim. Aquele calor que agora já estava se tornando familiar começou a subir pelo meu corpo, intensificando a cada nova investida dele.
Então William gemeu e me apertou, parando de se mover. Logo em seguida beijou meus lábios e saiu de cima de mim deitando na areia mesmo.
Respirei fundo, frustrada, querendo mais. Mas ele parecia muito satisfeito de olhos fechados respirando forte. Eu não teria coragem nem em Marte de pedir pra ele continuar, então fechei os olhos e fiquei ali quietinha. Depois de uns instante ele me puxou pra ele e beijou minha mão.
— Vamos entrar? — Acenei com a cabeça. E me sentei, puxei o biquíni no lugar e me enrolei na toalha, pegando meu shorts. William juntou o pacote de camisinha do chão e me ajudou a levantar.

Entrei na casa primeiro indo direto pro banheiro. Tirei o biquini e fui para o chuveiro. Fechei os olhos deixando  a água cair sobre minha cabeça. Ouço a porta do box ser aberta, mas não tenho coragem de abrir meus olhos e olhar. William cola nossos corpos, suas mãos acariciam minhas costas.
— Posso tomar banho com você?
— Sim. — Ele beija meu pescoço em resposta.
— Esta com fome?
— Sim.
— Ah... — Estranhei seu "ah" desanimado.
— Porque?
— Então vamos comer primeiro.
— Primeiro?
— É, depois vamos fazer amor como se deve.

Migalhas De AmorWhere stories live. Discover now