Os Soberanos de Gardia

By FeitasdePapeleTinta

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Os Soberanos de Gardia Existe um mundo, mais especificamente o meu mundo, onde os humanos são ocos de sen... More

PRÓLOGO
Capítulo 1 - Ravi
Capítulo 2 - Ivy
Capítulo 3 - Terna
Capítulo 4 - Ivy
Capítulo 5 - Terna
Capítulo 6 - Fairy
Capítulo 7 - Terna
Capítulo 8 - Ivy
Capítulo 9 - Ivy
Capítulo 10 - Terna
Capítulo 11 - Ivy
Capítulo 12 - Ravi
Capítulo 13 - Ivy
Capítulo 14 - Ravi
Capítulo 15 - Ivy
Capítulo 16 - Ravi
Capítulo 17 - Terna
Capítulo 18 - Ivy
Capítulo 19 - Ravi
Capítulo 20 - Ivy
Capítulo 21 - Ivy
Capítulo 22 - Terna
Capítulo 23 - Ravi
Capítulo 24 - Ivy
Capítulo 25 - Doriam
Capítulo 26 - Ivy
Capítulo 27 - Doriam
Capítulo 28 - Ravi
Capítulo 29 - Ivy
Capítulo 30 - Doriam
Capítulo 31 - Terna
Capítulo 32 - Doriam
Capítulo 33 - Ivy
Capítulo 34 - Ravi
Capítulo 35 - Doriam
Capítulo 36 - Ivy
Capítulo 37 - Ravi
Capítulo 38 - Doriam
Capítulo 40 - Ivy
Capítulo 41 - Terna
Capítulo 42 - Ivy
Capítulo 43 - Doriam
Capítulo 44 - Terna
Capítulo 45 - Ivy
Capítulo 46 - Terna
Capítulo 47 - Terna
Capítulo 48 - Ivy
Capítulo 49 - Aurora
Capítulo 50 - Terna

Capítulo 39 - Terna

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By FeitasdePapeleTinta


As gotas d'água escorregam pela parede de pedra, o som dos pingos caindo em poças preenche meus ouvidos naquele lugar quieto perfumado de pedra e musgo, mesmo o som do fogo a queimar a tocha é escutado, assim como nossos passos que ecoam pelas inúmeras escadas circulares que nos levam as torres. Zun e eu estamos nas torres, Doriam pediu para que eu conheça melhor esta parte de seu reino, e me deparo com esta precariedade fria e sombria. Aqui os semi soberanos são mantidos presos, são os semi soberanos que tentaram de alguma maneira prejudicar os gardianos com seus poderes. Eu deveria ter conhecido este lugar há tempo, agora consigo ver isto.

-Sou uma péssima Soberana. –Digo num sussurro, Zun volta o calor da tocha para meu rosto e franze a testa, com um ar interrogativo. Eu dou de ombros e falo. –Não é como se eu tivesse tentado entrar em contato com vocês antes de virar esposa de Doriam.

-Está aqui agora, minha senhora. –Diz ele e volta a subir as escadas. –Além do mais, os outros semi soberanos e eu a achamos incrível, você quer aprender sobre a gente, se importa. Digo... acho que.

-É claro que me importo. –Digo sorrindo. Vejo que Zun fica em uma postura mais confiante. –Quero leva-los para a luz.

Digo e o vejo murchar.

-O que houve? –Peço, ele respira fundo.

-O que tem para nós lá? –Ele pergunta sem olhar para trás. –Veja lerdeza, ela não tem seguidores gardianos, afinal quem quer ser conhecido por ser lerdo, ou triste, ou ter agonia...

Ele diz apontando para cima quando escutamos a voz de Dorpax rugindo acima nas torres. Fico pensando nisto enquanto subimos, e bem ele tem razão qual, o propósito de sentimentos como os nossos, afinal quem quer ser um depravado?

-Eu li que os poderes dos semi soberanos dentro de suas celas são voltados contra eles, foram construídas pelo poder de minha mãe adotiva, certo? Ela é justiça. –Digo mudando para um assunto que conheço mais. –Então Dorpax sente agonia o tempo todo?

-Não qualquer agonia. –Diz Zun, chegando a uma porta de madeira, ele a abre com um empurrão e a porta demora para ceder e abrir, e quando abre emite um rangido velho. –É a agonia que ele proporcionou aos seus seguidores gardianos. É estranho como ele tem tantos seguidores, mas alguns gardianos gostam de sofrer.

-De fato acredito que alguns gardianos são doentes. –Falo fungando, entrando atrás dele na sala bolorenta, olho ao redor, é escuro e só a luz alaranjada da tocha ilumina pouco. –Quero dizer, por que procuram dor, raiva, ou se vingar...

-Bem, lerdeza uma vez me disse que achava que faziam isto porque estão em processo de aprendizagem, e você não vê eles escolhendo estes sentimentos aos dezessete quando irá fazer parte de sua personalidade. Eles querem experimentar o mundo, pois são ocos por dentro, e somos tudo que eles têm para fazê-lo. –Diz ele, colocando a tocha em um suporte na parede e fazendo força para abrir outra porta. Pisco surpresa, jamais pensei desta forma, Zun abriu meus olhos como ninguém mais foi capaz. –Venha agora estamos perto, mas... você pode não gostar do que ver, eles tentam nos convencer a solta-los.

Noto que sua face fica rosada. Então Zun também era um pouco desordeiro, provavelmente já soltou alguns destes semi soberanos. Enfim entramos em uma parte das torres, é circular e vejo que os semi soberanos se erguem em suas celas para nos observar, eles estão em silencio. Lembro de Fairy comentando em um jantar sobre como as grandes daqui foram forjadas do mesmo aço das espadas que os guerreiros semi soberanos e Ravi usam. Então um grito agudo que me faz dar passos para trás, e uma gritaria sem fim começa.

-Por favor se acalmem. –Digo, e como eles não me escutam começo a ficar nervosa. E me escoro na porta. Zun vem até mim e pega minha mão sem jeito, olho para aquela concha depois para seus olhos escuros.

-Eles não podem machuca-la. Vamos continuar o tour, aqui é onde os pequenos delitos estão, nas torres acima vai ficando pior, então não seria melhor... –Ele olha para os lados e se aproxima para falar. –Voltarmos?

Meu peito estufa e levanto o queixo indo em direção a outra porta. Zun me segue.

-Suas provisões chegam amanhã, meu soberano quer lhes falar. –Ele diz a todos, então se junta a mim.

Voltamos a subir, encontrando outras celas, e vejo alguns rostos conhecidos. Até que chegamos na última. Dorpax que estava gritando para ao nos ver, e Tentação está ali também, estava escorado na parede com ar tedioso mas quando me vê ele começa a rir. Ivy namorou com Brutos, e ele realmente é bonito, cabelos cor de areia, corpo atrativo, rosto másculo e sedutor. Ele me lança um beijo e desvio o olhar.

-Ora, ora. –Ri Dorpax. –Sempre pensei que nossa rainha seria Ivy, parece que infernizei a Soberana errada por cem anos. Mas eu pensei... acho que você também pensou Brutos, que nossa esperança...

-Não me alio a você. –Diz Brutos com tedio voltando a se escorar na parede. –Diga-me, Paixão... meus crimes foram poucos, estou aqui a tempo demais, só por ter machucado a preferida de seu marido, não seria melhor você me liber...

-Eu sou a preferida. –Digo olhando naqueles olhos escuros. –Se Doriam acredita que merecem estar aqui, não posso fazer nada...

-Mas claro que pode, pode nos libertar, afinal é a senhora das trevas. –Diz Brutos com aquele sorriso torno se aproximando das grades. –Não aguento mais essas lamurias em meus ouvidos, e não sou como Dorpax ali. –Escutamos o rugido do semi soberano da agonia. –Dei prazer aos meus semi soberanos, é pouca a dor comparada ao prazer... mas como, paixão saberia?

Seus olhos brilham significativamente. Engulo em seco. Então Dorpax volta a gritar e Brutos se encolhe no chão, eles tampam seus ouvidos, Dorpax puxa os cabelos com força e tentação arranha seu peito.

-Acho que fez mais do que me conta. –Digo lhe dando as costas.

Zun e eu voltamos para o castelo, fiquei abalada com o que vi. Talvez deva falar com Fairy sobre fazer pequenas mudanças. Quando chego Doriam ainda não voltou de seu compromisso, então vou para a biblioteca pesquisar maneiras de afastar os sentimentos das torres dos gardianos. Vi muito sofrimento ali, como eles vão ser reabilitados se apenas os punimos, semi soberanos também são eternos, e se Zun estiver certo, o que Agonia faria no supremo reino? Que utilidade ele teria na luz? Se houvesse outra maneira.

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