Teenage Bounty Hunters 2 (Ste...

Від 307Bitanic

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Numa noite em que tudo deu errado, as irmãs Blair e Sterling tiveram de aprender a lidar com os diversos conf... Більше

Sterling, você é minha filha
Será que elas irão nos odiar para sempre?
Eu te amo
A verdade
Alex?
Como você soube?
Querida eu do passado
Se eu pudesse
Amiga da Sterling?
Relacionamento Cristão
E o que ela disse?
Ciúmes
Alicia Farwell
Isso sim que é diversão!
As anotações
Mal posso esperar
Padawan
Cúmplices
O encontro (parte 1)
O encontro (parte 2)
Sterling?
Volte agora!
Desculpa
Os preparativos
Sábado
Hartleben
Margaret
Domingo
Vamos?
Fique
Confia em mim
Será que ele é confiável?
O almoço
Caça ao tesouro
Aquela droga de livro da Blair
Um mês
Nossa única chance
Srta. Bela Adormecida
Precisamos conversar
Você me beijou!
A novata
Longa história
Carreira solo
Consulta
Alohomora
Somos Caçadoras de Recompensas
E o Uber?
Viva os honorários!
Casa na árvore
As gravações
As cartas de Margaret
É muito arriscado
A perseguição
A embarcação
Cassiopeia
Cem dólares
Tentando se manter viva
Acidente
Anderson
Um erro
Xeque-mate
Eureka!
Meisner
Harvey-Johan
Não posso te prometer
Bodas de papel
O presente de April
Slow Burn
Edifício Playcenton
Fim de jogo - Parte 1
Acabou

Fim de Jogo - Parte 2

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Від 307Bitanic

         Com uma iluminação digna de filme de terror, um vermelho escuro e muito pouco potente para que fosse possível enxergar com qualidade, Blair e Alex tiveram de ajustar seus olhos à nova luminosidade. Não souberam dizer se a intenção daquela tonalidade de cor era para causar mistério ou se era para alertar aos visitantes quanto ao possível perigo com o qual se deparariam. Fosse como fosse, os dois continuaram seguindo cautelosamente corredor adentro, mas se esforçaram para não transparecerem medo ou incerteza em seus semblantes.

       Assim que dobraram à primeira direita, vozes puderam ser ouvidas ao longe. Seguiram por este estreito corredor também, visto que era o único caminho, até que chegaram finalmente a uma porta. Blair respirou fundo, tomando coragem, e acenou com a cabeça para o Alex de maneira cúmplice antes de os dois adentrarem àquele novo ambiente. Ali eles finalmente puderam entender um pouco do pôrque John era um convidado.

       No centro daquele cômodo consideravelmente espaçoso, havia uma mesa grande e redonda de madeira com várias cartas e objetos de valor em cima. A iluminação ali tinha melhorado mil porcento, um contraste bem brusco aos olhos. Os seis participantes envolta daquela távola estavam jogando poker e mais três estavam ali próximos bebendo e conversando. Eram todos homens muito bem vestidos, com elegantes ternos e belos e caros relógios; provavelmente estavam na casa dos cinquenta; maços de charuto repousavam ao lado da maioria ao redor da mesa e um ou outro ostentava um bigode horrível, como se aquele monte de pelo sobre a boca fosse de alguma maneira atraente. Todavia uma coisa era certa: eles tinham dinheiro. Muito. Todos eles. Não precisava nem mesmo ser inteligente para deduzir algo que era tão óbvio. As apostas eram bem altas.

       Em um canto daquela sala, uma enorme estante de madeira nobre e requintada ostentava as melhores bebidas que se podia imaginar, dentre elas garrafas e mais garrafas de Whisky, Bourbon, Gin, Rum e vinho branco e tinto. Era um mini bar particular. Para exaltar a classe daqueles homens e suas "superioridades" face aos demais, ao menos em suas visões terrivelmente turvas, livros sobre política, gestão e finanças estavam espalhados estrategicamente por aquele espaço. Como se eles fossem os únicos detentores daquele tipo de conhecimento! As poltronas e sofás dispostos aqui e ali eram de couro marrom, qual o tapete felpudo, e aquele cômodo possuía um forte ar de rusticidade e antiguidade. E perfume forte. Para uns, o design daquele interior poderia ser considerado bastante demodê e velho; para outros, um clássico. Quase fazia referência à época em que barões, chefes de Estado e homens de poder se reuniam em um lugar reservado para destilar aos montes o quanto eram incríveis e poderosos e ricos e inteligentes enquanto coçavam suas barrigas avantajadas e brincavam com seus bigodes, dando-lhes formato.

       Quase uma piada de mau gosto.

       Um pouco antes de Blair e Alex entrarem, os jogadores conversavam apenas o necessário, riam quando era o momento, mas na maior parte do tempo estavam concentrados em seus próprios jogos. Entretanto, à aparição daquelas duas figuras jovens, automaticamente todos eles voltaram suas atenções ao casal com certa curiosidade e desconfiança.

— O que fazem aqui? — um dos homens sentado na poltrona questionou, seu tom de voz era rouco e áspero. Ao meio de suas sobrancelhas, havia um vinco, como se estivesse estudando minuciosamente os dois.

       Provavelmente a estranheza se deveu ao fato de que não era recorrente ter mulheres ali, tampouco adolescentes. Ficou bem claro que dentro daquela sala existia uma lei que reinava com bastante força: apenas homens experientes. E com experientes certamente queriam dizer que o critério mínimo de idade era acima dos quarenta.

— Não sabia que este ano as regras do clube haviam mudado... — continuou, e a exasperação em seu tom de voz era palpável, quase em desprezo.

— Não mudaram, pelo que eu sei. — um outro respondeu. — Mandaram vocês dois para cá?

        Blair sentiu o coração martelar forte com a pergunta, porque tecnicamente seriam pegos no erro sem nem mesmo terem a oportunidade de terminarem o serviço. Porra! Se os dois dissessem que "não", eles estranhariam o fato mais ainda, pois claramente só quem tinha a digital registrada naquele sistema da entrada era quem integrava o tal clube. Se dissessem que "sim", os homens estranhariam da mesma maneira, porque, cientes de que as regras não haviam sido alteradas, não existia razão alguma para o casal estar ali.

         A adrenalina que começou a percorrer as suas veias colocou-a instintivamente em estado de alerta, pronta para atacar, se assim fosse necessário. Seu maxilar estava travado.

— Na verdade — Alex começou a dizer de repente, para a surpresa de Blair e de todos, que já estavam ainda mais desconfiados pela demora da resposta. — entramos de penetra. Mas por uma boa causa. 

        Perante a confissão dita com tamanha serenidade e autoconfiança, como se não temesse as consequências de sua resposta inesperada, os ânimos dentro daquela sala começaram a se agitar demasiadamente. Os jogadores, por sua vez, até pararam com o poker. A Wesley olhou em choque para o namorado, incrédula com aquela improvisação nem um pouco sensata, mas precisou esconder a sua reação para não deixar tão explícito o seu desconhecimento daquela situação. Fosse lá o que Alex planejasse fazer, naquele momento ela sabia que tinha de deixá-lo conduzir a dança. Precisava confiar nele e em seu poder de manipulação.

— Como assim entraram de penetra???? — um dos jogadores se exaltou, horrorizado com a falha na segurança. Seu rosto se contorceu em uma grotesca careta, e o bigode horrível só o deixou ainda mais esquisito.

— Digamos que eu tenho algo que vocês querem desesperadamente e vocês, meus caros, têm algo que nós dois — apontou para si e para Blair — queremos.

        Os olhares sobre o Alex eram de suspeita, cada um o estudava com cautela e minuciosidade, mas ele não se deixou abater nem tampouco demonstrou estar intimidado. Pelo contrário, estava muito seguro de suas ações e seu semblante refletia tranquilidade, muito embora ele não estivesse nem um pouco assim por dentro. Estava nervoso. E não havia nada que ele tivesse, nenhuma informação ou confidencialidade, que seria de qualquer valia para aqueles homens de poder. Nada. Ele não tinha nada. Mas tinha a sensatez e o entendimento da manipulação, e era com isso que jogava. Se pudesse manter a calma e deixar bem escancarada a sua autoconfiança, dificilmente perderia o controle da situação.

— E o é que você tem, moleque? — a falta de respeito demonstrada pelo homem de voz áspera e rouca fizera Alex erguer uma sobrancelha e ele o encarou com intensidade, desafiadoramente.

— Como é que você se chama mesmo? — quis saber o jovem, aproximando-se do homem que lhe fizera a pergunta. Devolveu-a de outra maneira. Tinha as mãos nos bolsos dianteiros de sua calça social e seu andar lento e perscrutador demonstrou imponência.

— Arkad Leron. — as palavras foram cuspidas com altivez e soberbidade.

        O Stevens sorriu sem mostrar os dentes diante da resposta e se aproximou ainda mais. Blair soube que aquilo não significava algo bom, portanto se colocou ainda mais em alerta e seus olhos ariscos, enquanto os outros homens tinham suas atenções voltadas ao seu namorado, varriam com discrição o ambiente a procura de objetos que pudesse usar como armas, se assim fosse preciso. Teria de improvisar.

— Bom, Arkad... — Alex divagou preguiçosamente e respirou fundo, como se estivesse degustando o nome do oponente em seu paladar. Este que, naquele instante, o encarava com uma cara de poucos amigos. — O que eu tenho é... Isso!

         E no exato momento em que pronunciou a sua última fala, desferiu um golpe certeiro e mortal na garganta de Arkad, que imediatamente esbugalhou os olhos e levou as mãos ao pescoço, impossibilitado de respirar. Agonizou por um tempo até o ar lhe faltar definitivamente. O pequeníssimo intervalo de tempo que sucedeu o choque e a incredulidade de todos os presentes perante àquela reação tremendamente inesperada e abrupta, prelúdio do desespero em massa na sala que logo foi instaurado, conferiu ao Alex e a Blair uma grande vantagem.

        Os ataques dos homens em defesa da própria sobrevivência vieram um pouco tarde demais, mesmo assim surtiram algum efeito. Dos oito homens que restaram, Blair derrubara, instantes depois, um dos jogadores do poker com o mesmo golpe mortal executado pelo seu namorado. Sete. Então segurou os cabelos de outro logo ao lado da vítima feita e empurrou a cabeça dele com força contra a mesa de madeira quatro vezes consecutivas até que ele ficou inconsciente. Nem mesmo teve a chance de levantar para brigar. Seis. Em seguida Alex lutou corpo a corpo com os dois que estavam sentados no sofá junto ao Arkad e foi socado na cara, na barriga, nas costas de várias maneiras diferentes até quase não ter mais forças para retrucar, mas o fez. Num vislumbre de ira e reflexo, alcançou uma garrafa de Bourbon no mini bar e a quebrou com força na cabeça de um deles antes de lhe enfiar na garganta o gargalo quebrado, matando-o por fim. Cinco. Então, dispondo de poucos milésimos para se recompor, rapidamente agarrou o segundo por trás, prendendo-o com um mata-leão, e não o soltou nem tampouco aliviou a pegada até perceber que o corpo que se debatia desesperadamente já não tinha mais vida. E quatro.

       Quatro. Restaram apenas quatro dos nove. E esses quatro eram exatamente os que estavam jogando Poker.

       Um deles tentou fugir pela porta que não era a que Blair e Alex entraram. Era uma outra com acesso a um corredor extenso. Não dava para ver o que tinha no final dele, mas com certeza ou havia uma escadaria ou um elevador ou os dois que levavam para o andar superior. O cômodo em que estavam era uma espécie de porão, isto é, era isolado tanto do lado externo quanto dos outros eventos particulares que aconteciam no andar de cima, certamente. Lugar em que John com certeza estaria.

        A ideia deles de homens supremos e superiores jogadores de poker ou qualquer outro tipo de jogos de carta que eles jogavam ali tornavam-nos reclusos. Eram um clã. E esse clube particular deles os mantinha afastados dos demais. Para quê? Ninguém sabia. Possivelmente porque eram apenas uns nojentos, antipáticos. Mas foi uma desvantagem para eles mesmos, porque, por mais que gritassem por socorro ou pedissem por ajuda, dificilmente alguém os ouviria, tendo em vista que eles eram os únicos naquele andar inferior e o jazz que tocava no Salão principal mesclado ao falatório impedia que os guardas do lado de fora os escutasse.

         Que pena.

         E antes mesmo que o fugitivo medroso de uma figa tivesse tempo de escapar pelo corredor, não teve tempo de o fazer, porque Alex o impediu ao lançar na direção dele garrafas consecutivas de rum. Nenhuma o acertou, e nem era a intenção, porém foi o suficiente para fazê-lo estagnar no lugar com o susto.

         O homem soltou um grito escandalizado e se contorceu de medo, tapando as orelhas com força. A coragem? Bom, não se sabe para onde foi, porque ali ela não estava. Escapou como água entre os dedos. Alex riria, se em outra ocasião, todavia a adrenalina que percorria o seu corpo àquela hora não o permitiu gozar da reação do homem de cinquenta e poucos anos, agora encolhido no canto qual um menino assustado devido aos trovões em uma noite de tempestade. Foi puxado bruscamente pelo colarinho feito um animal e, por temer levar um golpe, implorou desesperadamente ao Stevens por sua vida. Por favor, não me mata. Por favor, não me mata. Eu prometo colaborar., choramingou, Por favor...

         Blair, por sua vez, lutava contra os três restantes. Chutes. Socos. Soco na boca. Cabelo puxado. Soco na barriga. Nariz sangrando. Gosto de metal no paladar. Mas ela não se deixou vencer, é claro. Aproveitando-se da oportunidade, deu um chute certeiro nas bolas de um dos sujeitos, que grunhiu com dor e raiva, ficando desestabilizado por um longo instante, enquanto ocupava-se com os demais. Mordeu. Lançou todos os copos sobre a mesa contra eles. Fez uso de uma das cadeiras de madeira para se defender, até, porém acabou encurralada como um rato. O homem que levou o chute, irado, alcançou uma das garrafas de whisky e, por trás, sem que ela estivesse esperando, quebrou-a em sua cabeça. Blair caiu no chão na mesma hora. Foi aí que um deles a prendeu naquele lugar, asfixiando-a. Alex, desesperado, rapidamente deixou de se ocupar com o velhote para amparar sua namorada, porém foi impedido de seguir pelos outros dois. Espancaram-no tanto que ele quase ficou inconsciente.

        Blair se debatia no chão a fim de se soltar. Tentava golpear o homem. Socava o peito dele. Tentou espremer seus olhos. Tentou beliscá-lo com força. Tentou empurra-lo com toda a força que ainda dispunha, mas nada disso surtiu qualquer efeito. O aperto em sua jugular era forte e ela estava muito próxima de perder os sentidos. O ar que faltava aos pulmões. Seu rosto estava começando a ficar inchado. Vermelho. Seus olhos lacrimejavam. Seu coração batia tão rápido que parecia que iria explodir. Sua visão começara a ficar turva. A palidez estava se fazendo presente, assim como o desespero desenhado em seu semblante antes tão sereno. E o aperto continuou forte. Tão forte que desejou intimamente que sua morte fosse um pouco mais rápida. Menos dolorosa. Ver a vida se esvaindo de si era brutal demais. Tão brutal quanto assistir se formar nos lábios de seu assassino um sorriso malicioso e satisfeito pelo trabalho quase 100% concluído.

        Não lutou mais contra, não tinha por que o fazer, era desperdício de energia. Então apenas se entregou.

        Porém, de repente, o aperto mortal em seu pescoço afrouxou. Sangue quente e algum tipo de conteúdo sólido espirraram em seu rosto, fazendo-a fechar abruptamente os olhos com o susto e buscar desesperadamente o ar, quando ele retornou aos poucos aos seus pulmões. Tossiu. Tossiu, engasgando-se com o tanto de oxigênio que forçou-se a engolir. Tossiu. E tossiu ainda mais, dessa vez com ânsia de vômito, quando viu o homem que esteve sobre si, este mesmo com o doce gosto da vitória na boca, despencar como saco de bosta ao seu lado com um tiro na cabeça.

        Quatro disparos. Quatro. Mas Blair nem teve tempo de conferir se um dos atingidos era Alex. Ou se era ele o atirador. Não teve porque mal conseguia enxergar direito, sua visão ainda estava turva e tudo parecia girar. Tampouco podia confiar em sua audição, visto que os únicos sons que conseguia escutar era o de seu próprio coração batendo enlouquecido contra os seus ouvidos e vozes masculinas bem ao longe, abafadas. De quem eram, não soube dizer. Não só porque realmente não lhe eram familiares, mas também porque simplesmente desmaiou.

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