162 - Forças Malignas

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  Sem pensar duas vezes começei a chutar o cara, era um rapaz, estava sem camisa, com um jeans rasgado bem desgastado e com alguns machucados. E eu nem esperei ele gemer de dor e já saímos rolando, até eu ficar por cima e lhe dar um soco na cara.
  - O que você pensa que está fazendo?? - Indaguei frustrada e ao invés de me responder ele segurou meus pulsos e me impediu de bater mais, e então mesmo com a minha resistência inverteu nossas posições ficando por cima. Ele era mais forte, mas eu persistente.
  - Fica quieta, eles vão vir atrás de nós. - Pediu o garoto contendo minhas mãos acima da cabeça para que eu não me mechesse e eu dei outro chute nele, o que o levou a ficar bravo e segurar as minhas pernas com as suas.
  - Me solta seu lunático! - Protestei e ele me chaqualhou.
  - Para de fazer barulho eles vão nos achar se você não ficar quieta! - Alertou o rapaz me olhando dentro dos olhos, estava bem preocupado e pelo jeito parecia temer o que pudesse me ouvir se eu não parasse de falar.
  - Eu vou gritar se você não me soltar. - O ameaçei e ele revirou os olhos.
  - Deixa de ser teimosa, os seus ossos vão ser os próximos pra coleção nessa pilha onde você está se não ficar quieta.
  - E quem são eles? E quem é você? - Indaguei descrente de que realmente o temor do rapaz pudesse ser perigoso e ele engoliu em seco, um pouco ofegante.
  - Demônios canibais, e eu sou Park Jimin. Pode me chamar de Jimin mesmo. - Com a resposta dele fui eu quem engoli em seco, acho que demônios canibais realmente podem ser um problema, principalmente pelo fato da Alícia ter sumido, a arma dela que está preparada para demônios, não eu.

- Alícia on-

  - Ai... - Resmunguei quando consegui sentir que ainda estava viva, minha arma não estava mais na minha mão, eu estava em cima de alguma coisa, e tudo ao redor estava com quase nenhuma iluminação. Poucas coisas davam para ser vistas.
  - Alícia você está bem? - Perguntou Jung Kook levantando a cabeça e por um triz nossos lábios não se tocaram, ele estava muito perto de mim, foi então que percebi onde estava, em cima dele. Do corpo dele. Não faço ideia de como isso aconteceu, só me lembro de ter caído, e batido a testa em alguma coisa.
  - Acho que bati a cabeça. - Falei e esfreguei a testa ao sentir ela latejar de dor e Jung Kook colocou as mãos na minha cintura e deitou a cabeça novamente no chão, se afastando de mim, o que me fez suspirar de alívio, a aproximação dele tinha me deixado nervosa, e tenho certeza que estou corada. Ele é um rapaz muito bonito, tenho que admitir. Mesmo sendo minha babá.
  - Desculpa por quase ter... - Começou a dizer Jung Kook pela situação e então eu sai de cima dele, escapando de suas mãos e de seu calor corporal. Antes que ficasse ainda mais envergonhada. Dava pra sentir seus músculos através da roupa, e isso estava tirando minha concentração.
  - Temos que voltar lá pra cima e ir atrás da Mallya. - Falei ao me recopor, começando a tatear o chão no escuro a procura da minha arma e senti Jung Kook pegar na minha mão.
  - O que você está fazend... - Antes de me deixar terminar ele colocou alguma coisa na minha mão, era a minha arma.
  - Ela estava perto de mim. - Respondeu antes que eu perguntasse da arma e então nos levantamos do chão. Ignorando o que havia acontecido antes, afinal foi só um acidente, nada foi intencionado, então eu olhei pra cima pra tentar ver de onde eu cai, mas não avistei buraco nem nada, como se o lugar por omde caímos tivesse simplismente se fechado.
  - Isso é sinistro... - Comentei e Jung Kook que já estava olhando para os lados procurando por uma saída parou e me encarou indignado.
  - Assustador você quer dizer. - Corrigiu ele e eu dei de ombros, por incrível que pareça, agora eu não estava com medo.
  - Acho que vamos ter que escalar até lá em cima. - Falei apontando para uma parede cheia de ossos, que parecia mais uma parede de alpinismo de ossos do que uma parede comum de uma... Acho que estamos numa caverna.
  - E o que te faz acreditar que vamos sair pelo teto? Não estou vendo nenhuma saída por ali. - Contestou Jung Kook e eu suspirei.
  - Minha intuição, e ela quase nunca falha. - Falei, na verdade minha intuição nunca falha, mas como eu estou em dúvida se o Mark é ou não o Gap Dong, vou considerar o "quase".
  Sem mais perguntas ou questionamentos fomos até a parede e começamos a escalar, levementei receosos de cair, mas determinados a chegar até a Mallya.
  E conseguimos, e como se fosse um portal mágico o teto de ossos se abriu, tipo uma fenda, dando passagem pra sairmos de dentro da caverna.
  E assim que pisamos os pés pra fora da caverna, avistamos e acabamos no mesmo barco que a Mallya e o rapaz que estava com ela, que não sei de onde saiu, mas que tem um abs de matar, que tiro foi aquele! Meu santo Kook!
  Não tive muito tempo pra pensar no abs do rapaz que estava com a Mallya, por que assim que saímos da caverna fomos todos cercados por criaturas com mantos cinza, demônios.

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