93 - Passado Sombrio

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- Alícia on-

  Depois de tomar outro banho, eu já tinha tomado um, porém como havia me sujado demais com bolo eu tive que tomar outro. bamBam não tinha parado de rir quando a mãe me mandou tomar banho de novo e enquanto ela me dava uma bronca por ser tão viciada em chocolate, Mark ficava a todo momento tentando me limpar. E volta e meia ele mordia o lábio inferior e eu me segurava internamente pra não morrer ali, esse ser realmente tem um jeito de mecher comigo que me tira dos trilhos.
  Depois de passar por tudo isso e finalmente tomar um outro banho, eu fui pro quarto com a intenção de dormir, mas ao entrar no cômodo eu acabei me deparando com três indivíduos com humores completamente distintos. A começar pelo gatinho, este estava na minha cama, se espreguiçando preguiçosamente enquanto se virava de barriga pra cima, estava muito fofo. Já o Mark e o BamBam era outro caso. Assim que entrei no quarto fechei a porta. Analisando a expressão indignada de BamBam, e o sorriso simpático de Mark.
  - O que está acontecendo? - Perguntei confusa, na tentativa de me intrometer na conversa e entender o que se passava.
  - Esse assediador de garotas está querendo dormir com você! - Protestou BamBam como se Mark fosse perigoso e eu me segurei pra não eie já que BamBam realmente parecia furioso.
  - Como? - Indaguei e Mark se voltou pra mim com um sorriso.
  - Ele acha que eu vou me aproveitar de você enquanto estiver dormindo. - Esclareceu Mark e eu coçei os olhos num impulso nervoso.
  - Oh maninho - Chamei BamBam e me aproximei dele colocando minha mão em seu ombro de maneira fraterna - O Mark não vai fazer nada comigo, só vamos dormir, entendeu? - Expliquei na expectativa dele entender, mas ao invés disso, ele se voltou pra mim como se eu tivesse dito algo extremamente ofensivo.
  - Você tem noção do que ele pode fazer com você? - Indagou BamBam como se eu fosse uma criança imprudente e eu me afastei dele irritada. Por que ele nunca entende o que eu falo?!
  - BamBam eu já sou grandinha! Para de me encher. - Protestei e BamBam me pegou pelos ombros, e ele só faz isso quando quer dizer alguma coisa importante. Até comecei a prestar atenção, imaginando que fosse algo grave.
  - Você não pode e não vai dormir com esse assediador. - Afirmou BamBam com convicção e eu revirei os olhos e bufei, acho que me equivoquei ao pensar que ele diria algo importar. Tenho certeza que me equivoquei.
  - Por que não? - Perguntou Mark confuso - Ontem mesmo dormimos juntos. - Rebateu e BamBam arregalou os olhos.
  - Eu tinha me esquecido disso! - Disse BamBam alarmado e se afastou de mim pondo as mãos na cabeça preocupado - Vocês pelo menos usaram preservativo? - Infagou BamBam preocupado e Mark caiu na risada enquanto eu sentia minhas bochechas queimarem instantâneamente.
  - BamBam! Não usamos porcaria nenhuma porque... - Nem consegui terminar de falar e BamBam arregalou os olhos de novo, dessa vez ficando branco de preocupação.
  - Ah meu Santo Kook! Sua sem noção! - Protestou BamBam e me deu um tapa no ombro - Você tem consciência do que você fez??! - Indagou perplexo e eu esfrequei o ombro que tinha ficado dolorido. Acho que o BamBam enlouqueceu...
  - Como assim?
  - Não me diz "como assim", você tem noção do que fez? Você pode estar grávida agora sua imprudente! - BamBam começou a protestar, andando de um lado para o outro no quarto, desesperado, o que se passa na cabeça dessa criatura??!
  - BamBam... - Tentei explicar que ele estava pensando besteira mas ele me interrompeu, Mark estava ao meu lado, calado, se segurando pra não desatar a rie de novo.
  - Eu sou jovem demais pra ser tio! E você sua sem noção é jovem de mais pra ser mãe! Você tem noção disso?? - Começou a dizer e quando veio até mim na tentativa de poe a mão na minha barriga, eu o parei e tapei a boca dele, antes que dissesse mais alguma besteira.
  - BamBam eu não fiz nada do que você está pensando. - Esclareci e BamBam franziu o cenho confuso.

- Mallya on-

  Tateei o solo ao meu redor, sentindo folhas secas tocando as pontas dos meus dedos, ao longe dava pra escutar uma coruja emitindo sons freneticamente. Eu sabia que estava sentada no chão, e além de saber que era noite, tinha alguma coisa no cheiro de terra molhada ao meu redor, e na leve garoa que tocava minha pele que me fazia estremecer, uma sensação de que eu já estive aqui, mas não conseguia reconhecer que lugar que era, nem mesmo tirando aquilo que estava tapando a minha visão.
  Levei minhas mãos até o tecido que cobria meus olhos, e quando puxei a venda pra baixo, escutei um grito alto, de uma mulher, um grito desesperado e carregado de dor. Que fez um arrepio gélido descer pela minha espinha dolorosamente. Era o grito da minha mãe.

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