PRISON I

32 - Fim do Trabalho

  Mark foi tão rápido que me fez arquejar, e de uma forma fascinante eu enrubesci ao sentir o calor da pele dele irradiar das roupas e atravessar as minhas, tocando na minha pele como se ele estivesse me tocando. Ele estava muito perto de mim, mas não estava me tocando desse jeito, era como se... Como se eu conseguisse entender que talvez ele quisesse me tocar, me abraçar e me acolher em seus braços. Eu acho que estou ficando louca, acabei de conhecer o garoto e estou pirando já. Começei a rir de nervoso, melhor rir do que chorar de desespero.
  - Essa foi por pouco... - Comentei pra quebrar aquele silêncio constrangedor que se apossou do lugar, eu conseguia sentir o peso do olhar de alguns alunos que estavam mais próximos de nós, a vergonha me tomou fortemente e eu tenho certeza que estou com as bochechas muito vermelhas agora.
  Assim que Mark me puxou de volta pra cadeira, exatamente quando eu me inclinei, algo metálico e frio bateu na minha clavícula, era pequeno e me fez arquejar de novo com a vinda repentina, era um pinjente. Um crucifixo de prata delineado com arranhões que lembravam pétalas de uma flor, pendurado numa corrente de prata que estava no pescoço de Mark. A ardência veio logo depois. Me ajeitei na carteira esfregando a pele que fora atingida, não havia me machucado, mas eu tenho alergia a prata, e toda vez que eu tocava em coisas com este material minha pele ficava irritada e ardia.
  - Te machucou? - Perguntou Mark pondo sua mão sobre a minha e me fazendo tirar minha mão de cima da parte que fora afetada na clavícula.
  - Não, é que... - Comecei a explicar e Mark tocou a minha pele que estava mais sensível. Eu enrubesci mais um pouco. Minhas bochechas estavam queimando tanto que eu queria cobrir meu rosto com as mãos de tanta vergonha.
  - Ficou vermelho, tem uma marca vermelha aqui. - Informou ele e então tirou a mão de mim preocupado.
  - Não foi nada demais, eu só sou alérgica a prata. - Expliquei e ele ficou apreensivo.
  - Por acaso você é uma loba? - Perguntou ele com um sorriso tímido, não parecia que ele não sabia do mundo sobrenatural, parecia até que sabia, como resposta a sua pergunta eu neguei com a cabeça me segurando pra não rir.
  - Não, sou só alérgica mesmo. - Expliquei e então esfreguei levemente a minha pele, mais tranquila, a ardência estava diminuindo aos poucos.
  - Me desculpe. Se eu soubesse teria evitado seu contato com a corrente. -  - Disse Mark se voltando para os tubos de ensaio na mesa e eu coloquei minha mão em seu ombro o que o levou a me olhar.
  - Está tudo bem - Falei e seus olhos confrontaram os meus e eu senti meu coração disparar, mas não só o meu, parecia que eu podia sentir mais um coração batendo, como se estivesse junto com o meu. Que estranho...
  - Não está doendo? - Perguntou ele me despertando de meu devaneio e eu neguei com a cabeça.
  - De maneira alguma, já parou, não precisa se desculpar, eu que agradeço por ter evitado que eu caísse no chão. - Falei segurando o riso e Mark assentiu com um sorriso tão lindo que eu não sabia se ele estava só feliz ou se estava tentando me seduzir, meu santo Kook, esse homem é lindo...!

- Mallya on -

  Fizemos o trabalho, até que eu fui bem criativa, mesmo tendo a ajuda de Tae. Nós pintamos garrafas que pareciam ser de coca cola mas que se chamavam Nuka Cola em garrafas de vidro com o elemento químico que a professora nos indicou, e deixamos tudo colorido.
  Na mesa eu e Tae organizamos uma fileira de sete garrafas, na seguinte sequência de cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, roxo, rosa.
  Um tempo depois a turma toda terminou e a professora fechou as cortinas e apagou as luzes e tivemos o benefício de ver como os trabalhos de todos haviam ficado no escuro. Foi muito legal, as garrafas que eu e Tae trabalhamos ficaram lindas no escuro e o lustre que a Alícia e o Mark fizeram ficou brilhando muito, a professora elogiou bastante a criatividade dos alunos, e bem no fim, logo após dar as notas e fomos liberados pro intervalo. Graças ao santo Yoongi!!! Eu preciso terminar de ler aquele livro junto com a Alícia.

- Alícia on -

  Assim que bateu o final eu me levantei as presses e quando ia começar a correr pra fora da sala pra encontrar a Mallya alguém segurou o meu braço me impedindo.
  - Aonde vai com tanta pressa? - Perguntou Mark com um sorriso no rosto, tinha acabado de se levantar da cadeira. Meu coração até disparou de ansiedade.
  - Vou me encontrar com a Mallya, eu e ela vamos continuar investigando. - Expliquei um pouco eufórica e Mark deslizou sua mão pelo meu braço até segurar a minha mão.
  - E quando eu vou ter a oportunidade de te levar pra tomar sorvete de novo? - Perguntou ele mordendo o lábio inferior e eu fiquei ainda mais ansiosa, me derretendo por dentro, como esse homem pode ser tão lindo?!!