57 - Nova Descoberta

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  Por causa de seu sorriso eu achei que ele estivesse brincando, mas então quando a água gelada de uma onda alcançou meus pés descalços eu despertei, percebendo que ele estava falando sério.
  - Vai dormir na minha cama? - Perguntei entrelaçando minha mão na dele e Tae me puxou pra perto, se inclinando para esconder seu rosto no meu ombro.
  - Quero dormir ao seu lado e acordar com você. Não importa onde, mas eu quero. - Confessou Taehyung, a voz rouca tinha ficado abafada e fez meu corpo se arrepiar.
  - Quando a gente voltar eu te deixo deitar na minha cama. - Permiti e Taehyung tirou sua cabeça do meu ombro abrindo um sorriso safado, eu conseguia ler seus pensamentos, estava praticamente escrito na testa dele isso - Nada de mão boba! - Alertei e o sorriso de Tae se desfez.
  - Você tem noção do que está me privando? - Indagou ele se fazendo de ofendido e eu dei risada.
  - A gente tem aula amanhã, quando voltarmos eu preciso dormir! - Protestei e Tae sorriu de novo compreendendo, em seguida desmanchou o abraço e me puxou pela mão, me fazendo andar pela areia molhada, estávamos refazendo o caminho de volta pra tenda. Não estava tão longe, porém não muito perto.
  Eu aproveitei pra observar a água, ela recuava e deixava nossos pés por um instante, mas logo depois voltava com espuma carregada de sal e molhava nossos pés de novo. De soslaio eu pude ver que Tae não parava de me encarar, analisando cuidadosamente alguma coisa.
  - Por que fica me olhando desse jeito? - Perguntei curiosa, será que ele encontrou alguma sujeira ou algo no meu rosto e está com vergonha de me dizer? Ou está me admirando? Ou realmente tem alguma coisa de errado com meu rosto?
  - Eu só queria entender. - Disse suspirando e eu o fitei sem desentendida, o que pelo visto o levou a emendar - Não consigo entemder por que você me atrai tanto, tem algo a mais em você, não é simplismente sua beleza.
  Por um instante fiquei sem dizer nada, não fiquei com vergonha, aoenas já estou acostumada a ouvir essas coisas, vejo com frequência os casais na minha sala ficarem dizendo isso um pro outro, parece até um ritual que eles ficam praticando sempre.
  - Isso se chama paixão. - Ressaltei e Tae negou com a cabeça ainda me encarando, estava começando a me deixar sem jeito, ele parecia querer me devorar só pelos olhos, me observando como se eu fosse sua presa e ele o predador feroz.
  - Não é isso, como já disse eu te amo, não estou simplismente apaixonado, mas tem algo em você, que eu não sei o que é. - Exclamou ele e então abaixou os olhos para olhar pra água.
  - Acho que é paixonite. - Reafirmei e de repente Tae levantou o rosto com o semblante tomado de expectativa.
  - Eu sabia que você não era humana! - Exclamou com um sorriso e então eu olhei pra água e vi que alguma coisa estava acontecendo, não comigo, com a própria água mesmo, as ondas pareciam ter ficado mais leves e menos agressivas, e a água começou a mudar de cor. O que será que está acontecendo??

- Alícia on-

  Empurrei Mark pra trás, mas sem afastar demais nossos corpos, mordiscando seus lábios e sai da escrivaninha, pondo o rapaz contra parede, minhas pernas não pareciam tão fortes quanto antes, mas eu não parei e nem Mark, que já estava colocando um dedo no cós da minha calça e me puxando contra seu corpo novamente, enquanto trocava nossas posições, me deixando contra parede outra vez, isso está virando uma disputa de quem domina mais, e acho que Mark está ganhando...
  Meu controle estava quase perdido, e terminei de perder tudo quando ele mordeu o meu lábio inferior. De repente minhas pernas ficaram bambas. Meu coração estava queimando, explodindo contra o meu peito, eu já estava sentindo isso antes, mas estava piorando a cada segundo, era mais do que simples batimentos, eu sentia que ele podia acalerar até explodir de verdade. Não estava mais quente. Estava queimando.
  Por um instante pensei que minhas roupas poderiam pegar fogo, pensei que meu corpo se incendiaria e eu seria consumida por chamas ardentes quando Mark voltou a me beijar. E eu não queria parar, ou talvez não conseguia por vontade própria...
  Meus dois braços entrelaçados no pescoço dele formigavam, estavam começando a arder, eu estava ofegante de novo, quase sem ar praticamente, eu não sabia o que estava acontecendo comigo, parecia me consumir de dentro pra fora, parecia que eu não ia aguentar mais. Quando Mark saiu da minha boca e arfou contra o meu pescoço, eu quase gritei, pendendo a cabeça pra trás e gemendo, foi como se minha pele tivesse desgrudado do meu corpo, e quando voltou, no mesmo instante que Mark parou, parecia que tinha me queimado.
  Tudo ao redor congelou, ficando frio outra vez, a dor sumiu, o quarto ficou silencioso, e toda aquela pressão, todo aquele desejo foi se dissipando como se eu estivesse libertada.
  Atônita, eu estava tremendo dos pés a cabeça, espasmos se espalhavam pelo meu corpo e eu me sentia exausta e Mark também, eu podia sentir ele tremendo também, e mesmo assim ele continuou me segurando, sustentando meu corpo para os meus joelhos não cederem.
  - Que cavaleiro do apocalipse você disse que era mesmo? - Perguntei ofegante e Mark abriu um sorriso de lado.

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