100 - Fazer as Pazes

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- Mallya on-

  Me deitei na cama, sentindo meu cansaço me dominar, eu estava exausta, o dia havia sido cheio, eu realmente não gosto de fazer teatro, e mesmo que o Tae ficou o dia todo brincando comigo pra me destrair e me deixar mais calma, eu só ficava ainda mais com o coração apertado. Só problemas e mais problemas aparecem, nenhuma solução. O Gap Dong vai acabar me enlouquecendo se continuar incriminando o Tae. O Tae jamais mataria uma pessoa, ele é um bom rapaz, é um namorado muito carinhoso, e por mais que as vezes ele pareça ser de outro planeta, ele é inocente. Eu sei que é, e esse Gap Dong está me tirando do sério. Ele vai pagar caro quando eu descobrir a identidade dele! Parei de pensar na possibilidade de matar ele quando alguém bateu na porta.
  - Posso entrar? - Perguntou Wonho abrindo a porta e eu me sentei.
  - Claro. - Consenti, e Wonho entrou no quarto, vindo até a beira da cama.
  - Cadê aquele seu amigo? Não vai dormir aqui em casa com você hoje? - Perguntou Wonho e eu neguei com a cabeça, suspirando pesadamente.
  - É lua cheia, ele vai ter que segurar o G Dragon e o Tailer amarrados na casa dele. - Expliquei e Wonho me fitou com um olhar carinhoso, um olhar que só ele sabia me dar, o olhar de um pai preocupado com sua filha. O olhar de um pai de verdade, e não de um progenitor displicente.
  - E por que você está assim? - Perguntou e se sentou na beira da cama, me fitando enquanto esperava pela minha resposta.
  - O Gap Dong está acabando comigo, a ponto de nem dormir eu não consiguir mais. - Contei bocejando e Wonho suspirou.
  - Quer que eu faça companhia pra você até dormir? - Perguntou Wonho atencioso e eu assenti. E então ele se aproximou, vindo até a parte onde eu estava na cama. Meu coração se acendeu de felicidade, já tinha muito tempo que ele não me colocava pra dormir, da última vez eu ainda era uma criança, e ele um lobo. O tempo passou rápido, e dolorido.
  Wonho arrumou os travesseiros e me fez deitar, em seguida me cobriu e ao se sentar ao meu lado começou a afagar meus cabelos, acariciando minha cabeça e meu rosto. O toque era leve, e tão reconfortante.
  - Você quer contar pro Appa de quem eram as provas que você e a Alícia coletaram? - Perguntou Wonho com expectativa e eu neguei com a cabeça, escutei Wonho dar risada pela minha reação, e aos poucos senti o sono começar a me embalar, não demorei muito pra cair no sono, e desta vez conseguir dormir.

  - Pequena. - Escutei Wonho me chamar, eu estava com sono ainda, e assim que abri os olhos senti a claridade do sol adeentrar no quarto através da porta.
  - Já amanheceu? - Perguntei manhosa tentando cobrir a cabeça com o edredom e Wonho puxou as cobertas pra baixo.
  - Levante-se minha pequena, você tem que ir pra escola, e... - Wonho fez uma pausa, e eu me sentei na cama abruptamente.
  - O que houve? - Perguntei ao perceber que ele estava sério e Wonho suspirou.
  - O Jaebum e seu pai estão lá na sala, eles vieram te ver. - Avisou e eu fechei a cara.
  - Meu pai uma ova, manda ele pro inferno! - Bradei, alto o bastante pra garantir que lá da sala ele ia escutar, e então puxei as cobertas de volta pra cima da cabeça voltando a deitar. - Appa, me dá mais cinco minutinhos? - Pedi a Wonho e ele puxou as cobertas pra baixo.
  - Não dá minha pequena, você não pode ignorar o seu pai lá na sala. - Explicou Wonho tentando me persuadir e eu me sentei novamente na cama, com a cara emburrada.
  - Se você me pagar um sorvete eu vou falar com o meu progenitor. - Propus esperando a reação de Wonho e ele deu risada, me estendendo a mão.
  - Fechado. - Disse e então apertamos as mãos, em seguida ele me puxou pra fora da cama.

  - E então? - Perguntei com os braços cruzados ao encarar a figura do meu pai, cansado e com olheiras, sentado no sofá branco que praticamente combinava com todo o restante da sala de estar. E ele me fitou demoradamente, pra só depois responder.
  - Por favor filha vamos conversar, eu vim em paz. - Esclareceu, e então apontou para o sofá - Sente-se. - Ofereceu, mas eu não me sentei perto dele, me sentei do lado do meu irmão, no outro sofá que ficava de frente do sofá onde estava o meu progenitor.
  - Fala o que quer, eu não tenho nada pra falar, já ficou bem claro no meu aniversário que você nunca quis ter uma filha. - Diaparei amargurada e Jeabum colocou as mãos nos meus ombros.
  - Calma, ele não veio brigar. - Disse Jaebum e eu arqueei uma sobrancelha duvidosa. Jaebum também parecia cansado, nos viamos todo dia na escola, e ele tinha vindo mais de vinte vezes atrás de mim aqui na casa do Wonho pra tentar me reconciliar com meu pai. E agora meu próprio progenitor veio. E eu realmente estou sem paciência.

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