90 - Ameaça

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- Alícia on-

O jantar havia decorrido normalmente, meu pai havia conversado bastante com Mark sobre basebol e basquete, eu estava começando a ficar com sono, já eram nove e meia, e por mais que eu não goste de dormir muito cedo, pelo fato de que tive que acordar cedo, estou me sentindo cansada. Minha mãe e BamBam conversaram bastante também. E eu volta e meia entrava na conversa e depois saia, fazendo um comentário aqui e ali.
Depois do jantar havíamos degustado de um bolo de chocolate, e eu amo chocolate, então comi até não aguentar mais ver chocolate na minha frente. E então minha mãe se levantou, com um sorriso no rosto dizendo que ia levar os pratos pra cozinha pra limpar a mesa, e Mark se ofereceu pra ajudar. Acho que estava tentando fugir das conversas do meu pai. Kkkk
BamBam alegou estar cansado e junto com meu pai foram pra frente da tv, então eu me juntei a minha mãe e o Mark pra ajudar com as coisas. Eu não havia passado tanto tempo com ele durante o jantar, e nossas atenções estavam tão voltadas pra calmaria daquela jantar que mal tivemos tempo nem mesmo pra mim perguntar pro meu pai se ele descobriu mais alguma coisa sobre o Gap Dong hoje no trabalho, se bem que eu não perdi muita coisa não perguntando já que ele não ia me contar de qualquer maneira mesmo.
Recolhemos o que havia na mesa, eu voltei meus pensamentos pro caso, depois de comer bolo parecia ter açúcar demais no meu sangue, que me incentivava a pensar e repensar sobre as últimas informações obtidas pro caso. Quando fomos pra cozinha, minha mente já estava buscando coisas que pudessem tentar inocentar o Taehyung, não temos muitas coisas contra ele, mas pelo que eu e a Mallya encontramos, e analisamos de leve, tivemos uma base de que existem provas circunstanciais suficientes pra ele ser considerado um suspeito. Mas também tem muitas coisas que não se encaixam assim tão fácil no caso e o Tae. Conforme eu pensava fui me lembrando das coisas que eu e a Mallya encontramos no armário do Tae... Aquela rosa bramca manchada de sangue realmente me intrigou, eu e a Mallya precisamos dar aquilo pro Wonho e convencê-lo a analisar o sangue que havia na rosa. Tem algo naquilo, que realmente está me deixando inquieta... Parei de pensar quando minha mãe estalou os dedos na minha frente.
- Terra pra Alícia! Você está ai? - Indagou minha mãe com um sorriso brincalhão esperando eu voltar do meu devaneio e eu correspondi o sorriso dela com outro meio sem graça.
- Me desculpa mãe, eu me destrai. - Esclareci e coloquei os pratos na pia. Eu precisava arranjar tempo pra investigar mais.
- Eu estava dizendo antes, - Minha mãe retomou o assunto, percebendo que agora eu estava atenta - Que eu esqueci o bolo na mesa, você pega pra mim meu amor? - Pediu minha mãe carinhosamente e eu assenti, foi então que notei, enquanto começava a me encaminhar pra saída da cozinha que Mark havia se habilitado a lavar a louça. E então peguei o caminho pra sala de jantar.

- Mãe da Alícia-

Mark começou a lavar os pratos que estavam na pia, calmo e tranquilo e eu me voltei para o armário de louças pegando discretamente uma faca na primeira gaveta. Uma faca de caça, afida como navalha, exatamente a que meu marido usa pra caçar.
- Não há necessidade de violência senhora Elisa. - Disse Mark e vi o cabelo dele começar a mudar de cor, até ficar totalmente vermelho. E então ele se virou na pia, com um sorriso ladino nos lábios, me observando com os olhos predatórios e vazios. Idênticos aos olhos da vaca da mãe dele.
- Se você tocar nela, eu vou separar a sua cabeça do seu corpo. - Respondi calma correspondendo seu sorriso e ele alargou mais o seu, entretido e curioso enquanto erguia uma sobrancelha inquisidora.
- Sério sogrinha? Você vai me ameaçar de morte, mesmo sabendo que se tocar a lâmina em mim, a sua querida filha caçula também vai se machucar? - Indagou ele fingindo estar ofendido e eu coloquei a faca sobre o balcão, apontando a lâmina na direção dele.

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