66 - Aniversário

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Me virei pra saída da caverna e lá estava ele, me observando atento com seus olhos vermelhos. Já faz tanto tempo...
Corri e ele correu pra mim e assim que me alcançou eu o abraçei, me esquentando em todo aquele monte de pelos negros. Ele não parecia estar velho, parecia ser o mesmo lobo de sempre.
Ele me derrubou no chão e começou a me lamber, como se fosse um cachorrinho e não aquele lobo grande e peludo. Eu o abraçei e acariciei seu pelo, matando minha saudade.
- Você tem certeza que você não é um lobisomem? - Perguntei mesmo sabendo que ele não me responderia, ele era apenas um lobo, desde que o conheço seus olhos são assim, porém ele sempre foi um lobo. E sempre eu fiquei curiosa pra saber se ele é somente um lobo, não consigo me conformar com esses olhos vermelhos. Sem me responder como o esperado ele me incentivou a levantar, fomos até o fundo da toca. Eu joguei a mochila num canto e me sentei, ele puxou o cobertor e me cobriu e em seguida se sentou ao meu lado, me cheirando como sempre fazia toda vez que eu vinha de algum lugar estranho.
Depois da inspeção que me causou cócegas, ele deitou sua cabeça no meu colo, pedindo carinho. E eu dei carinho a ele. Com um sorriso que eu não conseguia conter no rosto.
Mas não durou muito, ele logo se afastou e saiu da toca, indo, aparentemente buscar alguma coisa. O que ele vai fazer?
Quando voltou estava com flores na boca, segurando com muito cuidado, eram rosas príncipe negro. Lindas.

O lobo veio até mim e colocou as flores no meu colo, em seguida saiu de novo, me deixando sozinha de novo

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O lobo veio até mim e colocou as flores no meu colo, em seguida saiu de novo, me deixando sozinha de novo. Eu acabei sorrindo, essas eram as rosas que eu sempre quis pegar, mas ficavam numa parte muito perigosa da floresta, e eu por ser pequena demais nunca consegui pega-las. E ele trouxe um buquê dessas flores pra mim. Segurei as rosas nas mãos e trouxe pra perto do rosto, sentindo o aroma silvestre nas pétalas. Eram como sempre imaginei, cheirosas e belíssimas.
Quando o lobo voltou novamente, pouco tempo depois, trazia consigo um urso de pelúcia. Ele se aproximou de mim e colocou o ursinho no meu colo. Será que ele sabe que é o meu aniversário hoje?
- Você estava armando enquanto me esperava voltar né? - Perguntei num tom brincalhão e o lobo deitou no chão e cobriu o focinho com as patas, se escondendo de mim - Eu amei. - Falei me referindo aos presentes e o lobo se aproximou mais, se deitando ao meu lado. Eu peguei o ursinho e olhei pra ele, me lembrando de que eu vivia brincando com o ursinho escondida na toca enquanto esperava ele voltar com frutas e coisas pra comer, ele sempre cuidou de mim, e eu sempre tive esse ursinho perto de mim pra me fazer compamhia quando ele saia. - Eu também trouxe uma coisa pra você. - Falei e o lobo me encarou confuso, as vezes até parece que ele me entende. Eu acredito que me entenda realmente, que entende tudo que eu falo.
Tirei meu colar do pescoço, um colar na qual uma correntinha fininha segurava um pinjente, um círculo que drentro tinha um lobo uivando, parecia ser de prata, mas não era. Se fosse de prata me machucaria. Eu tinha comprado esse colar pra dar pra ele. Como uma forma de amizade, já que ele é praticamente minha família, até mais do que o meu próprio pai.

 Como uma forma de amizade, já que ele é praticamente minha família, até mais do que o meu próprio pai

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Abri um sorriso e coloquei a correntinha no pescoço peludo do lobo. Parecia uma coleira, porém linda e simbólica.

- Alícia on-

- Não morda seu lábio Alícia, permita-me morder por você. - Provocou Mark e quando se apeoximou eu coloquei minhas mãos em seu peito para para-lo. Na mesma hora me arrependi, gostei e me arrependi já que ele estava sem camisa.
- Mark eu também tive uma boa noite de sono, não precisa agradecer... - Falei e Mark segurou meu queixo.
- Por que está ficando tão corada? - Indagou Mark me provocando e me fazendo olhar em seus olhos e eu tirei minhas mãos do peito dele, meus dedos pareciam formirgar.
- A gente tem que ir pra escola lembra? - Tentei trocar de assunto e Mark negou.
- Eu só lembro que quero te beijar Alícia. - Disse Mark e avançou, não tive tempo de dizer mais nada.
Meu corpo pareceu acender, como se tivesse pegado fogo de repente. Levei minha mão na nuca de Mark, subindo seus cabelos negros, meu coração acelerou, Mark pois suas mãos na minha cintura e colou nossos corpos. Aquilo que era apenas um "beijinho", logo se tornou um beijo intenso, e Mark já estava tentando me levar pro quarto. Mordendo meus lábios, me beijando com intensidade, minha língua travava uma guerra com a dele. Eu queria mais, queria sentir cada toque dele na minha pele, por mais que parecesse arder, como se estivesse me queimando. E estava tudo esquentando cada vez mais, até chegarmos na porta do quarto e alguém nos intertomper surpreso.
- O que vocês estão fazendo? - Indagou BamBam, tinha acabado de subir a escada e eu e Mark paramos imediatamente, mas Mark não me soltou.

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