109 - Fugitivos

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  - Temos que ir. - Sussurrou Mark abrindo um sorriso ao ver minha cara de indignação e eu coloquei as mãos no rosto cobrindo-o.
  - Mark Tuan, eu não to nem ai! Você sabe o que eu quero! - Protestei emburrada, ainda dava pra sentir as correntes elétricas nas veias, dava pra sentir o calor tomando posse do meu corpo, subindo como se eu pudesse começar a pegar fogo de verdade.
  Mark tirou minhas mãos do rosto gentilmente me fazendo olhar pra ele, e eu bufei. Havia uma fina camada de suor cobrindo seu rosto, pescoço, peito e abdômen, isso é tentação...! Mas fora isso seus olhos haviam voltado ao normal e seus cabelos vermelhos estavam desbotando a cor vermelha, até os fios se tornarem castanhos. O que me deixou curiosa sobre o que ele estava sentindo agora.
  - Olha isso. - Ele disse e me mostrou meus pulsos, as veias nos meus ante-braços estavam negras. Passei a língua nos lábios para umidece-los e cruzei os braços ao redor do busco.
  - Por ser um psicopata você deveria achar legal a ideia de me matar. - O acusei com um sorriso malicioso enquanto ele saia de cima de mim e Mark me lançou um olhar reprovador enquanto me ajudava a levantar.
  O alarme estava tocando bem alto, e isso estava me deixando perturbada e ainda mais irritada do que eu já estava. Tenho um problema sério com barulhos estridentes.
  Quando firmei meus pés no chão após me levantar senti meus joelhos cedendo, tudo ao meu redor girou e eu senti um frio no estômago, segundos depois eu estava caindo em cima do peito de Mark e ele estava me segurando pra que eu não caisse no chão.
  - Acho que você precisa de ajuda. - Comentou Mark e eu assenti, mesmo ainda me sentindo indignada, afinal ele não tinha culpa de ter parado o que estava fazendo, e também não tem, pelo menos não totalmente a culpa por eu estar fraca fisicamente, quem tem culpa foi o imbecil que apertou o alarme! Mas pensando racionalmente, foi bom que isso aconteceu, pois eu não teria parado.
  - Quero. - Respondi e tirei minha mão de seu peito desnudo e coloquei em seu ombro.
  Logo depois Mark me ajudou a pegar uma camiseta da Mallya pra vestir, falando nisso eu estou devendo uma camiseta pra ela, a que eu estava usando bem... Vamos dizer que ela sofreu um acidente chamado: Mark rasgou.

  Quando chegamos na sala de estar paramos de tentar sair da casa tentando entender onde estava o incêndio? Bem, pelo fato de não ter sentido nenhum cheiro de queimado, e muito menos ter visto fumaça por todo o caminho que fizemos até aqui, eu desconsiderei a possibilidade de um incêndio desde o início.
  E não demorou muito pra Jaebum aparecer na sala do mesmo jeito, confuso, agora ele estava do meu lado, Mark do outro, e em pouco tempo enquanto discutíamos sobre quem havia acionado o alarme de incêndio, a Mallya apareceu acompanhada do BamBam, e pelo que aparentava eles haviam corrido muito, estavam suados e precisando nitidamente de ar.
  - O que aconteceu? - Perguntou Jaebum preocupado pra Mallya indo até ela acudi-la e BamBam colocou a mão no ombro dele balançando a cabeça, tanto BamBam quanto a Mallya estavam tomando fôlego ainda.
  - Eu salvei sua irmã de três criaturas pocessivas. - Afirmou BamBam ofegante, enquanto batia no peito heroicamente e antes que Jaebum dissesse mais alguma coisa, Taehyung apareceu na sala vindo até nós. Quando nos alcançou e ia começar a falar mais dois garotos apareceram e vieram na nossa direção. Um deles era o G Dragon e o outro o Chankyun, ex da Mallya.
  - Eu vou matar você também! - Taehyung afirmou convicto apontando pra BamBam enquanto tomava fôlego, realmente parecia ter corrido muito, ele parecia bem determinado a cumprir com o que dizia, pois mal esperou se recuperar e já estava indo pra cima do BamBam, eu ia entrar no meio, mas então Jaebum o fez por mim apartando a confusão.
  - Alguém me explica o que está acontecendo??! - Protestou Jaebum segurando Taehyung de um lado e BamBam do outro e a Mallya se aproximou dele, para tentar explicar, enquanto ainda estava tomando fôlego.
  - Todos eles me beijaram, e o Tae está com ciúmes e por isso quer matar todos eles. - Esclareceu ela e Jaebum arregalou os olhos, e eu me segurei pra não rir da cara que ele fez, e acho que a Mallya também queria rir pela cara que ela fez tentando conter a risada.
  - VOCÊS FIZERAM O QUE?!! - Berrou Jaebum furioso e os meninos ao nosso redor, fora Mark ao meu lado, engoliram em seco recuando, até o BamBam e o Tae que estavam próximos dele - Eu mesmo vou matar todos vocês!
  - Você não vai matar ninguém, quem vai matar somos nós, e a vocês. - Disse alguém na porta da casa, e todos ficaram em silêncio, perplexos assim que viram quem era a portadora da voz, e com quem estava acompanhada.
  Os nossos pais estavam na porta, com os braços cruzados e semblantes carregados de raiva. Meu pai e a minha mãe, e o pai da Mallya bem descontentes vamos assim dizer.
  Droga! Por que eu não imaginei o que realmente podia estar nos aguardando? Eu deveria ter adivinhado que nossos pais haviam descoberto da festa?!! Agora vamos todos morrer!
  - Ferrou. - Foi tudo que eu consegui dizer, e então a gente começou a sair correndo.

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