Meu Doce Melhor Amigo

Capítulo 72

Era o Harry.       (Escutem a música enquanto realizam a leitura. É a mesma daquele capítulo, mas logo vocês vão entender, baste ler :3   BOA LEITURA   <3   )

 Era ele.

Eu não sei, de verdade, o por quê de ser tão...fodida.

Eu não sei se é sacanagem do destino, ou se é um quadro de pegadinhas que já já fazem aparecer as câmeras, por que se for, apareçam logo por que já ficou pesado.

Minhas mãos tremiam em um descompasso. Ele estava tão lindo...tão Harry. O mesmo sorriso e a mesma forma de agir, agora, talvez não pelos mesmos motivos que ele costumava antes. Mas vê-lo foi uma tortura, e eu achei que poderia fazer algo parecido, mas percebi que sou totalmente frágil e descontrolada, quando o assunto é ele.

 Caminhei rapidamente pela calçada até chegar no hotel. Subi loucamente e me joguei na cama sem crer no que acabara de acontecer. Harry Styles voltou pra minha vida. Voltou? 

Tomei um banho gelado, com o intúito de fazer parar a tremenda loucura que se passava em  minha cabeça, e sobretudo, em meu coração. Foi inevitável lembrar dele me deixando, e foi inevitável lembrar daquele dia.

  "Harry... eu sinto muito" me esforcei o máximo para que aquelas palavras saíssem de minha boca, mas parecia impossível, eu queria ele ali comigo, eu queria beija-lo, abraça-lo, dizer como o amo e como fui idiota esse tempo todo. Harry olhou o chão, e tocou meu rosto 

 "Não sei se acredito em você, Anna." Me senti fraca, me senti impotente. Segurei firme seus cachos, puxei-o para perto de mim, certa do que faria. As esmeraldas verdes continuavam captando cada movimento meu, fechei meus olhos e senti seus lábios rasparem nos meus, senti a necessidade que tínhamos daquele beijo.

Era como se fosse nosso primeiro beijo. Conseguia sentir o gosto salgado de nossos sofrimentos e nossas dores misturando-se em um compasso de tempo não cronometrável.Ele segurou forte minha cintura e eu tentava junta-lo mais a mim, mesmo sabendo que estávamos completamente colados. Nossas bocas eram como quebra cabeças, eram como peças loucas para se encaixar.

Ele parou nosso beijo, me olhou nos olhos

"Tchau, Anna. Tenha uma boa vida em Seattle, divirta-se na sua nova jornada." E assim ele saiu pela porta. Ele saiu levando mais que a metade de mim, ele saiu levando tudo o que eu tinha, ele deixou apenas o arrependimento, deixou apenas a saudade dos nossos momentos. E um pedaço de papel molhado em minhas mãos. Abri sentindo minhas pernas fraquejarem e minhas mãos tremerem, de lápis, e com a letra mais inconfundível de todos os tempos, estava escrito

Eu amo você, Sempre amarei você.- H

E eu não pude conter aquele grito de dor que rodeava a minha alma. Seria pedir demais uma nova chance? Seria querer demais? Seria demais querer esquecer? O que eu queria ,afinal? Me agachei no banheiro, deixando a água passar por mim, enquanto chorava. Era um dos choros mais sinceros que eu já tivera. 

Vi a silhueta de Louis entrar, e assim que ele viu meu estado, seu rosto foi de preocupação. Veio até mim, e entrou no chuveiro, sentando ao meu lado. Mantendo-se em silêncio, ele apenas escorou minha cabeça em seu ombro, e era ali que eu deixava sair de mim, tudo o que estava entalado e tudo o que eu tentava fazer. Eu deixava o meu maior demônio ir embora, o meu maior medo, a minha maior dor. A dor de não tê-lo. A dor de ama-lo completamente.