Capítulo 19

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Tirei meus sapatos, e deitei a cama. Harry tirou os seus e sua blusa e fez o mesmo. Ele me puxou para que ficasse em seu peito, e assim o fiz. Meus dedos faziam trilha pelo seu abdômem definido. Suas mãos acarenciavam o meu cabelo,ele pegou o controle , ligou a televisão como o planejado. Logo depois beijou minha testa, sussurrando em meu ouvido. 

" Eu queria isso há tantos anos...obrigada por realizar meus sonhos, Anna." E dessa vez eu o beijei.  

" Não eram tecnicamente seus...eram meus tambem, Harry" ele me selou e me colou mais ainda a ele, e enquanto o barulho da televisão soava, eu lembrava de cada momento maravilhoso desta noite.

Flashback onn

Emma me pôs para beber como o esperado, ela falava coisas que eu não era capaz de entender, eu deveria ter prestado atenção no mínimo que ela disse por que quando o Jake chegou, ela com certeza não têve o mínimo de tempo para mim. Isso é cruel. Ela me embebeda e me deixa sozinha.

"Emma! isso é sério?" exclamei para que ela pudesse ouvir. Ela me ouviu, no entanto, ignorou. Suspirei e saí andando pelo boate atrás de Harry, onde ele havia se metido? o combinado era ele me encontrar aqui quando viesse com o Jake. Não. Ele não está aqui.

Saí andando o boate inteiro, fui até a pista de dança, procurei pelos cantos, procurei no bar...nada do Harry. Onde ele estava? a preocupação tomava conta de mim, e mesmo um pouco afetada pela bebida eu conseguia sentir desespero. Decidi procurar ele fora da festa..era o único lugar que eu não havia procurado.

A música foi se distanciando, as luzes e o barulho tambem, não tinha um pé de gente do lado de fora, absolutamente ninguem. Sinto alguem por suas mãos gélidas e macias em meus olhos por trás de mim.

" Buuuu" ele exclamou, aquela voz rouca, aquele timbre viciante, aquela respiração acentuada...tudo indicava ser ele. Me virei bruscamente

" Te procurei em todo lugar...qual seu problema?" fingi estar furiosa, e ele me olhou com surpresa e medo. Não consegui prender a risada e no fim, éramos dois idiotas gargalhando sem um motivo realmente concreto na frente de uma super festa ,sem qualquer tipo de ser humano perto de nós.

" Uau...você bebeu por que mesmo?" o problema do Harry é que ele me conhece demais, ele sabe que só bebo quando tem algum motivo específico. Ele tambem sabe que as vezes que ele foca as esmeraldas em mim, e faz a expressão de preocupação, ele tira qualquer coisa que esteja me entalando a garganta

" Eu...ham...não estou bêbada." ele cruzou seus braços e me olhou atento

" Claro que não...por que estaria preocupado mesmo?" ele disse um tanto quanto irônico, mas sem perder o senso de humor. Pisque meu olhou por vezes incontáveis e a resposta fluiu

" Você é bocó, Harry." fui o suficiente para que ríssemos de novo, era incrivel analisar ele gargalhar. O movimento da boca, a veia do pescoço saltitando, as covinhas pulado de seu rosto, o som apaixonante saindo de suas cordas vocais.

" Não estou ofendido.." ele colocou a mão em seu peito " deveria estar?" 

" Não, não deveria!" soquei seu ombro, e sorri logo após o gesto

" O que acha de assistir a primeirissíma temporada de How I meet your mother? " ele arqueeou a sombrancelha, ele queria me levar para casa, eu queria ir para casa. Sorri de canto de boca sem mostrar meus dentes.

" Uma ótima idéia." encostei nele um pouco mais

" Sei que sim, então vamos ok?" ele entrelaçou nossos dedos e seguimos até o carro. Ele abriu a porta para mim, e já dentro do carro, pude observa-lo dar a volta para enfim abrir a porta e sentar ao meu lado. Ele era tão...doce. Ele sentou, esfregando suas mãos de frio e ligando o aquecedor. Liguei o som e o carro deu partida.

" Anna, você já têve vontade de fazer algo que sabe que é errado?" ele me fitou, esperando ancioso por uma resposta.

"....Sim... na verdade, quando é errado parece que é melhor" respondi, olhando fixamente para ele,  e depois fitei a janela.

" Você sente não é? quando é errado, parece que seu corpo e seu coração querem aquilo, mas sua mente impede. É uma das coisas que fazem eu querer não pensar em certos momentos." ele tocou minha mão, e suas palavras foram como um cobertor em meio a uma nevasca. Não pude deixar de olhar em seus olhos.

" Sinto...são momentos espontâneos. Momentos que o coração tem que falar mais que a mente. O problema é que as consequências vemos depois." com olhos ainda fixos em mim, ele parou o carro no meio da rua, era deserto. Tudo era escuro. Ele chegou mais para perto

" Consequências não importam agora, Anna. Deixa eu fazer isso. Eu preciso disso, Anna. Desde o dia em que te conheci, preciso de você." estávamos a centimetros de distância, meu coração batia a mil por hora. 

" Mas...Harry..." ele colocou meu cabelo por trás de minha orelha, tocou meu queixo e levou suas mãos até meu rosto. Sua boca foi de encontro a minha bochecha, e de lá, cavaram uma trilha por todo o meu rosto. Eu estava parada, apenas sentindo aquilo. Era Harry, era ele ali. Era ele ali e eu não estava sonhando. Ele parou os beijos quando chegou em minha boca, afastou nossas testas, e me olhou

" Eu nãos estou nem aí para as consequências, é você. Sempre foi você. " fechei meus olhos, deixando aquelas palavras me penetrarem a mente, deixando aquelas palavras tomarem conta dos meus sentidos. Ele novamente nos uniu, seu nariz e o meu se acarenciaram, suas mãos dividiam funções, uma me tocava pela cintura, para tê-lo mais perto de mim, e outra, segurava meu cabelo. Nossas respirações se fundiram e nossos labios se colaram. Era eu ele ali. O momento mais esperado desde que admiti que estava louca por ele. Sua lingua envolveu a minha e juntas elas se misturavam, brincavam juntas.Seu gosto era maravilhoso. Era tudo perfeito, não tinha o intuito de parar.

Na verdade, não queria parar nunca. Queria prende-lo a mim. Queria tê-lo para mim.

Flashback off

HARRY'S POV

A respiração de Anna estava mais pesada, e quando a olhei, estava no mais profundo sono. Sua pele era macia, sua expressão genuina. Eu finalmente tive coragem de fazer o que eu queria ter feito a século, beija-la. Ela era quase que uma irmã para mim, e aos poucos , foi se tornando o amor da minha vida. Não sei quando essa mudança repentina aconteceu, mas eu só soube disso, pela forma como meu coração entra em parada cardíaca toda vez que ela ri, pela forma como as borboletas no meu estômago voam nas horas que estamos sozinhos, pela forma como eu luto contra a razão para tê-la. Pelo medo que sentia de ser rejeitado caso fizesse o que fiz. E agora, vejo que o melhor de tudo, é que todas as sensações que sinto quando se trata dela, são as mesmas que ela sente quando se trata de mim.



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